A CARA É SÃO PAULO

Nesta quinta-feira (17), o torneio mais são-paulino que existe está de volta. Às 19h de Brasília, São Paulo e River Plate se encontram, pela 3a rodada da fase de grupos da Libertadores da América, no Morumbi. O jogo vale a liderança do Grupo D. 

 

 Foto: Folha de S.Paulo Online

 

Este será o 5a confronto entre as equipes na história da competição, e a soberania é brasileira: na LIBERTADORES o São Paulo nunca perdeu para o River Plate - são três vitórias e um empate. No histórico geral foram oito jogos, quatro vitórias do time brasileiro, dois empates e apenas duas vitórias dos argentinos. 

As equipes disputam a liderança do Grupo D, atualmente ocupada pelo LDU do Equador, que venceu o Binacional na noite desta terça-feira (15), em Lima, por 1x0.

 

Foto: ge.com

 

OS PROBLEMAS DO DINIZ

 

O técnico são-paulino não deve ter dormido nas últimas noites. No retorno da competição mais importante da temporada, o treinador não poderá contar com uma lista extensa de atletas: o equatoriano João Rojas, no DM desde outubro de 2018, ainda não está a disposição. O meia-atacante se recupera de duas graves lesões no joelho direito; o garoto Walce, que subiu da base como promessa para a zaga Tricolor, também está fora por lesão no joelho; Liziero, peça importante para Diniz, rompeu um ligamento do tornozelo esquerdo no último dia 5 durante um treino, foi operado e deve ficar de fora por cerca de seis meses.

Daniel Alves, principal jogador do elenco, está há 3 semanas fora, devido a uma fratura no antebraço, sofrida em disputa com Fernando Canesin, do Athletico-PR. 

Luciano, a baixa mais sentida, cumpre o primeiro de três jogos de  suspensão pela competição. O atacante se envolveu em uma confusão no Grenal em março deste ano e foi punido pela Conmebol. 

Quem pode voltar para ajudar o treinador é o atacante Pablo que se recupera de um descolamento do músculo da costela. O artilheiro do São Paulo na temporada seria fundamental para a vaga de Luciano. 

 

(Foto: Marcello Zambrana/AGIF)

 

Uma provável escalação conta com: Volpi, Igor Vinicius, Diego Costa, Léo e Reinaldo; Tchê Tchê, Gabriel Sara, Igor Gomes e Hernanes; Vitor Bueno e Pablo (Paulinho).  

 

SEIS MESES SEM JOGAR 

 

O River Plate não entra em campo oficialmente desde 11 de março. O time voltou a treinar no dia 7 de setembro e, assim como o Tricolor, tem alguns desfalques. O atacante Inácio Scocco foi transferido para o Newell’s Old Boys; o meia Juan Quintero foi jogar na China. O volante  Enzo Fernandez e zagueiro Franco estavam no River por empréstimo e voltaram para o Defensa y Justicia. Outro zagueiro também que não faz mais parte do time, Kelvin Sibille, foi dispensado e atualmente está sem clube.

Agora os desfalques mais importantes são o do lateral Milton Casco, que foi o autor do primeiro gol do River na goleada sobre o Binacional, na Argentina. O atleta foi diagnosticado com Covid-19. Além disso, um velho conhecido nosso, Lucas Pratto, também sofreu uma lesão. O atacante é reserva no time de Marcelo Gallardo, mas entra frequentemente durante as partidas. 

 

ARBITRAGEM

 

O jogo será apitado pelo uruguaio Esteban Ostojich, auxiliado pelos compatriotas Richard Trinidad e Nicolás Taran.

Lembrando que a arbitragem de vídeo só começa a ser utilizada nas oitavas de final da competição. 

 

UNIDOS PELO SÃO PAULO

 

Sabemos que a situação do time não é das melhores. Entendemos que temos um elenco limitado, tanto quanto aquele de 2016, que contava com Denis no gol, Wesley no meio e Kardec no ataque e, se mesmo assim fomos até a semifinal, não temos motivos para desacreditar agora. 

Existe uma mística entre o Tricolor Paulista e a competição que nunca entenderemos. É como se São Paulo fosse sinônimo de Libertadores. 

Infelizmente, nossa torcida não estará lá. Não contaremos com a mais linda recepção, não pintaremos a entrada do Morumbi de Vermelho, não poderemos cantar por 90 minutos e empurrar o time, mas faremos isso de nossas casas. 

Agora, não existe pressão, não existe cobrança em cima de ninguém, queremos todos leves e tranquilos. Os mais de 18 milhões de tricolores, entraram campo com cada jogador. Estaremos conectados a cada um deles. 

O que imploramos é que todos os atletas entrem focados, com sangue nos olhos, dispostos a dar a vida. Contamos com a honra e com a garra de quem quer ter o nome gravado na história do clube brasileiro mais reconhecido do mundo. 

 

"Que hoje o São Paulo viva mais forte em nós do que nós mesmos".

 

LUTO: NO FECHAMENTO DESTA MATÉRIA O BRASIL REGISTRAVA UM TOTAL DE 133.217 VIDAS PERDIDAS, DEVIDO A COVID-19 E CADA UMA DELAS ERA A VIDA DE ALGUÉM!

 

Por Jéssica Gonçalves - Dedicado às milhares de famílias que choram a morte de seus familiares vítimas da COVID-19. 

 

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Blog Mulheres em Campo.