A CHAPE NÃO LEVOU GOL, É VERDADE ESSE “BILETE”

 

Uma partida sem muita técnica e estratégia de jogo convincente; um duelo de desesperados com resultado digno de lanterna e vice-lanterna.

A partida ocorreu na quarta-feira (05) às 21 horas (horário de Brasília) no estádio Durival de Britto, em Curitiba-PR, válida pela 23ª rodada do Brasileirão Série A 2018.

A Chape entrou em campo com: Jandrei; Eduardo, Rafael Thyere, Nery Bareiro e Roberto; Márcio Araújo (substituído para a entrada de Diego Torres), Elicarlos (cartão amarelo e desfalca o Verdão na próxima rodada), Canteros e Augustín Doffo (Substituído para a entrada de Capixaba); Bruno Silva (cartão amarelo) e Victor Andrade (substituído para a entrada de Marquinhos).

As mudanças propostas para fortalecer o sistema defensivo não têm surtido efeito. A última partida em que a Chape saiu de campo sem levar gols foi contra a equipe do Santos pela 14ª rodada do Brasileirão, de lá para cá foram 12 gols sofridos em 9 jogos, uma média de 1,3 gols por partida.

Como tem sido costume nas últimas partidas, o Verdão do Oeste saiu atrás no placar e teve que penar para buscar algum resultado. Estava razoavelmente bem no jogo – se é que podemos afirmar que este time sabe jogar bem -, e em um lance polêmico viu o adversário balançar a rede. Na cobrança de escanteio da equipe do Paraná, Elicarlos teria sido empurrado por Leandro Vilela, que desviou a bola que sobrou para Grampola abrir o placar, a polêmica ficou por conta da suposta irregularidade no gol devido a falta em Elicarlos, sendo que muitos especialistas afirmam que o jogador da Chape tentou forjar uma falta sem sucesso; por fim, o gol foi validado e a Chape saiu no prejuízo.

Sobre a arbitragem, bem, também não podemos afirmar que foi maravilhosa e competente, já que interferiu e muito em lances decisivos do jogo, principalmente no pênalti não marcado em cima de Capixaba. Aos 25’ do 2º tempo Grampola balançou as redes novamente, porém o árbitro marcou impedimento. A Chape agradece.

O torcedor já estava largando desesperançoso e revoltado (para não falar palavrão) quando Diego Torres aos 41’ do 2º tempo empatou o jogo para a Chapecoense, em uma cobrança de falta perto da área de ataque - o atleta que vem se destacando na equipe -. O empate veio e o torcedor vibrou como se fosse uma vitória, afinal, foi o mais perto de um resultado positivo que chegamos ultimamente. A Chape até teve oportunidades de virar o jogo, mas a incompetência foi maior que a qualidade de jogo e encerrou a partida segurando o empate pra não voltar novamente com uma derrota.

Este é o primeiro ponto conquistado pelo Verdão do Oeste no returno do Campeonato Brasileiro e mais uma vez, a equipe catarinense encerra um jogo fora de casa sem saber o que é vitória. A Chapecoense encerra a 23ª rodada na vice-lanterna do Brasileirão, com 22 pontos, à frente apenas do Paraná.

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(Foto: Divulgação/globoesporte.com)

 

HORA DO DESABAFO...

Estamos no rebaixamento e este nunca assustou tanto como agora, e sabe por quê? Porque sabemos que as previsões e expectativas não nos favorecem.

Estamos vendo nosso verdão na vice-lanterna e o medo do rebaixamento é terrível, pois sabemos de todo o esforço que fizemos para estar onde estamos, sabemos de todas as dificuldades que passamos para estarmos disputando uma Série A de Campeonato Brasileiro e agora ter que ver um bando de gente se mostrando incompetente e deixando nosso time nessa situação, é simplesmente inaceitável. Nem em nosso pior ano, no ano em que uma campanha ruim seria compreensível para o torcedor, fomos tão surrados e humilhados pela incapacidade de uma equipe.

As críticas são incansáveis, o torcedor se vê enganado por um time fraco, com futebolzinho bem sem vergonha, sem raça e sem amor a camisa. O time mais caro da história da Chapecoense e o mais miserável dentro de campo. Campanha instável, desequilibrada, time apático, pouquíssima criatividade, sem ousadia, sem paixão. Uma equipe onde a vitória é evento raro, futebol bem jogado mais raro ainda e o elenco ainda tem a capacidade de sair de campo dando entrevista achando que o time foi bem, que errou em alguns lances e nunca ser capaz de corrigi-los, pois sempre se repetem.

Raras foram às ocasiões onde o torcedor foi para a Arena Condá sem estar apreensivo e incerto de um resultado positivo, pois infelizmente o atípico tem sido a vitória, esta que nunca comemoramos fora de casa nesta edição do campeonato.

O torcedor sempre esteve ao lado do time, nos melhores e piores momentos e sabe o que mais nos deixa indignados? É saber que não é falta de dinheiro, não é falta de investimento, não é falta de estrutura física, não é falta de apoio, é falta de resolubilidade, pulso firme e vergonha na cara.

 

Por: Ana Carolina Teixeira