A FABULOSA SELEÇÃO CAMPEÃ DOS ESTADOS UNIDOS
(Foto: Getty Images)
A seleção americana chega para a disputa do mundial com o status de favorita para reafirmar seu posto de primeira colocada no ranking da FIFA, já que é a atual e a maior campeã com três títulos. Saiu vitoriosa na primeira edição do evento, em 1991, na China, e repetiu a façanha dentro de casa, em 1999. O terceiro prêmio veio em 2015, no Canadá, com vitória sobre a equipe do Japão, uma espécie de retorno pela derrota para as asiáticas em 2011.
Os Estados Unidos estão no Grupo F, ao lado da China, Suécia e da estreante Tailândia, com quem joga a primeira partida da competição, na próxima terça (11), às 16hs, em Reims. Um adversário considerado fácil para as poderosas que venceram as seis últimas partidas amistosas, antes do início do mundial, com 23 gols feitos e apenas três sofridos. Uma senhora marca.
A trajetória de glórias das estadunidenses vem de longa data e contou com a ajuda de uma liga muito forte e com grandes investimentos em sua preparação. Aos poucos e com excelentes resultados, consolidaram seu poderio dentro da historia do futebol feminino. Atualmente é treinada pela inglesa Jill Elis que relacionou as melhores para a nova empreitada, numa lista que incluiu novos talentos e manteve grandes craques.
O elenco dos sonhos
(Foto: AFP)
Elis contará com um ataque dos sonhos com Alex Morgan, Tobin Heath e Megan Rapinoe, talentosas a ponto de deixar qualquer defesa zonza para marcá-las, sem deixar de destacar a exímia capacidade de todas na hora de marcar gols. A treinadora está muito bem no quesito atacantes e tem como reforços a veterana Christen Press, o jovem em ascensão Mallory Pugh ou Carli Lloyd, heroína do tricampeonato de 2015.
O meio de campo é outro destaque do time e é liderado por Lindsey Horan, jogadora mais votada da Liga Nacional de Futebol Feminino em 2018, e pela arrasadora Julie Ertz e a criativa Rose Lavelle, além de ter como opção o talento nato de Sam Newis.
A zaga americana tem Crystal Dunn e Kelly O’Hara, duas defensoras habilidosas e capazes de complementar o ataque e a experiência de Becky Sauerbrunn, que disputará sua terceira Copa.
Alex Morgan luta por igualdade no esporte
(Foto: AFP)
As jogadoras americanas também são engajadas na luta pela busca de melhores condições de trabalho e igualdade salarial com os jogadores. No último dia 8 de março, data onde se comemora o Dia Internacional da Mulher, as 28 jogadoras da seleção de futebol feminino dos EUA deram entrada num processo contra a Federação de Futebol do país por discriminação de gênero.
Esta não foi a primeira mobilização das atletas. Em 2016, cinco jogadoras apresentaram uma queixa à Comissão de Igualdade de Oportunidades por discriminação salarial, mas a falta de uma decisão por parte da organização motivou o processo em um tribunal federal. Caso vençam a batalha judicial podem receber uma indenização de milhões de dólares por danos e prejuízos
"Cada uma de nós é extremamente orgulhosa de vestir o uniforme dos Estados Unidos levamos seriamente a responsabilidade que isso implica. Acreditamos que a luta pela igualdade de gênero no esporte faz parte dessa responsabilidade", disse Morgan à época ao "Wall Street Journal".
Tobin Heath
(Foto: Divulgação FIFA)
Um Raio-X de algumas das melhores jogadoras do mundo:
Carly Loyd
Na final do Torneio de Futebol Feminino das Olimpíadas de 2008 entre as seleções femininas de Brasil e EUA, marcou na prorrogação o único gol do jogo que deu a vitória e a medalha de ouro para a seleção norte-americana.
Em 2015, foi uma das responsáveis pela conquista do tricampeonato na Copa do Mundo, realizada no Canadá, sendo autora de três gols na vitória sobre o Japão por 5 x 2, na final. Detalhe que um desses gols foi uma pintura feita do meio do campo.
Alex Morgan
Faz parte da seleção desde 2010, tendo atuado em 159 partidas. Foi campeã do mundo em 2015, conquistou o ouro nos Jogos Olímpicos de 2012, é tricampeã da Algarve Cup e foi campeã mundial sub-20 em 2008.
Morgan foi agraciada com a Bola de Prata e Chuteira de Bronze na Copa do Mundo sub-20 em 2008, conquistou a Chuteira de Prata na Algarve Cup em 2011 e foi escolhida por três vezes como a jogadora do ano pela Concacaf.
Tobin Heath
A atacante tem a agilidade nos pés e disputará sua terceira Copa pela seleção dos Estados Unidos. Ela marcou um dos gols na goleada histórica sobre o Japão, na final de 2015.
Lindsay Horan
Seu rendimento espetacular nas últimas temporadas mostrou que ela vive o auge de sua carreira com apenas 24 anos e tem tudo para brilhar na competição. Extremamente competente como atacante ou meia é peça chave na formação da atual seleção.
Carla Andrade