105 anos de um clube feito para amar
HISTÓRIA
Há 105 anos, no dia 29 de junho de 1913, um grupo composto por 35 jovens fundou o Sport Club Foot Ball Juventude. A iniciativa partiu da adoração que ambos sentiam pelo esporte, que não era apoiado dentro do Recreio da Juventude.
O primeiro presidente do Ju foi Antônio Chiaradia Netto. E já nas primeiras reuniões, o grupo escolheu as cores da instituição: verde e branco, que são as mesmas até hoje.
Foto: E.C. Juventude
PRIMEIRO JOGO
O primeiro jogo do clube, foi contra o Serrano, de Carlos Barbosa. A partida aconteceu pouco mais de um mês depois da fundação, no dia 20 de julho de 1913.
A equipe era formada por: José Grossi, Adelmar dos Reis, Octávio dos Reis, Carlos Zacchera, Osvaldo Ártido, Francisco Grossi, João Costamilan, Nico Chiardia, John Tibbitz, Honorino, Sartori e Guido Chitolina.
E a história já começou vitoriosa, o Juventude venceu o seu primeiro adversário por 4 a 0. Os gols foram de Tibbitz (duas vezes), Honorino e Guido.
Foto: Wikipédia
PRIMEIRO TÍTULO
No ano de 1920, a Federação Riograndense de Futebol criou uma competição exclusiva para os times de Caxias do Sul. Foi neste Campeonato que o Juventude conquistou seu primeiro título.
O Juventude venceu o Juvenil, por 4 a 1, e sagrou-se Campeão do Citadino. A equipe ganhou o campeonato mais nove vezes, foi derrotado só em 1927.
Esta partida também marcou a criação do apelido “papada”. Os rivais afirmavam que a torcida juventudista só tinha “papo” e o futebol era mediano. Então, os torcedores do Ju adotaram o apelido orgulhosamente. Aliás, até os dias de hoje a torcida alviverde é conhecida assim.
PRIMEIRO CLÁSSICO
No dia 14 de maio de 1935, aconteceu o primeiro clássico Fla-Ju. Com o placar de 3 a 1, o Juventude, através de Renato Fasoli, Mário Martini e Gringo Garbim, dava as boas vindas ao rival, que tinha sido fundado naquele ano. E deixava a história marcada: a primeira vitória em clássico é nossa!
Foto: Pioneiro
A CONQUISTA DA SÉRIE B
O ano era 1994, e o Juventude começava a mostrar para o Brasil a sua força. No dia 10 de agosto de 1994, o Ju estreava na Série B, contra o Tiradentes (DF), no Estádio Serejão, e com vitória, Édson e Mário (duas vezes), trouxerem a primeira vitória para o Juventude: 3 a 0.
A partida histórica, que está na memória de todos aqueles que estiverem presentes no Alfredo Jaconi, aconteceu no dia 04 de dezembro de 1994. Juventude e Goiás se enfrentaram no Alfredo Jaconi, e só a vitória interessava ao Ju. Isto porque, na primeira partida, a equipe tinha perdido pelo placar de 2 a 1. Mas, no Jaconi a história é outra. O Juventude devolveu os 2 a 1 e sagrou-se campeão da Série B, porque nas fases anteriores teve a melhor campeão.
“BRASIL, OLHA O JUVENTUDE, TCHÊ”. Esta frase arrepia até aqueles que não viveram 1994, possibilita que todos os alviverdes entendam a grandeza do único clube do interior Gaúcho a sagrar-se Campeão de um campeonato nacional.
Foto: E.C. Juventude
A CONQUISTA DO GAUCHÃO
Estamos em 1998, e depois de conquistar um campeonato nacional, o Juventude queria sagrar-se Campeão Estadual. E o desfecho foi ainda melhor, de forma invicta, sem perder nenhum jogo em quatro meses, o Ju tornava-se Campeão do Gauchão.
O alviverde estava acabando com a hegemonia da dupla GreNal, que já durava mais de meio século. E de forma invicta, o último time a vencer o campeonato, desta forma, tinha sido o Internacional, 24 anos antes.
Na primeira partida, o Juventude derrotou o Internacional no Alfredo Jaconi, dois gols de Flávio e um de Laurinho. Então, na partida de volta, o Ju só precisava de um empate, e conseguiu: 0 a 0. E a FESTA DO INTERIOR É NA CAPITAL!
Foto: Gaúcha ZH | Porthus Junior
A CONQUISTA DA COPA DO BRASIL
A primeira participação do Juventude na Copa do Brasil aconteceu em 1994, a estreia foi contra o Figueirense. E o Juventude já iniciou mostrando a força do Alfredo Jaconi. Foram 5 gols aplicados no rival catarinense: 5 a 0, com gols de Paulo Marcelo, Galeano e hat-trick de Mário. Mas, infelizmente, o Ju foi eliminado ainda na segunda fase da competição, pelo Paraná.
A glória veio cinco anos depois, em 1999. Tudo começou no dia 04 de março, quando o Juventude enfrentou o Guará (DF), e de novo, a equipe gaúcha aplicava 5 gols no adversário. Com gols de Dênis, Mabília, Capone e Fernando (duas vezes), o placar terminou 5 a 1. O Juventude estava classificado para a próxima fase da Copa do Brasil.
Em 1999, o Juventude queria mostrar a todo Brasil sua grandeza. Com direito a goleada no Fluminense, de Carlos Alberto Parreira, e eliminação de grandes como Corinthians, Bahia e Inter, o Ju chegava como zebra na final da competição.
Estamos no dia 07 de julho de 1999: Juventude e Botafogo, Maracanã lotado, mais de 100 mil pessoas. A equipe do interior do Rio Grande do Sul só precisava do empate, isto porque, na primeira partida, o Ju venceu o time carioca em Caxias do Sul: 2 a 1, com gols de Fernando e Márcio Mixirica.
O desfecho vocês já conhecem. O Juventude era Campeão da Copa do Brasil, calava mais de 100 mil botafoguenses, pintava as ruas de Caxias do Sul de verde e branco e entrava para a história da competição.
Foto: CBF
UM CLUBE FEITO PARA AMAR:
Muitos de nós não vivemos o períodos de glórias do Esporte Clube Juventude, mas quem disse que para amar um clube precisamos de títulos ou taças?
O sentimento que os torcedores sentem pelo Juventude é impossível de explicar, só aqueles que amam o clube na mesma intensidade entendem o que eu quero dizer. Dentro do Ju, eu conheci as melhores pessoas da minha vida, aprendi que sempre vai existir uma pessoa capaz de entender o teu sentimento, tuas lágrimas e as tuas “loucuras”.
Em todos estes anos, aprendi que nem sempre a prioridade dos outros será a minha, que às vezes o dinheiro “gasto” com o Juventude não é um “gasto”, é um investimento. Investimento em felicidade!
Ao Esporte Clube Juventude o meu muito obrigada! Muito obrigada por ser o termômetro do meu humor! Muito obrigada por me presentear com as melhores pessoas! Muito obrigada por fazer com que eu entenda que não, não é só futebol!
POR: Carol Freitas
FONTE: Almanaque do Juventude – Período de glórias | Gustavo Côrtes