110 anos de raça e amor! Parabéns, Clube Atlético Mineiro!

FOTO: Bruno Cantini

 

Hoje, 25 de março, é um dia especial porque nós somos do Clube Atlético Mineiro. Em 2018, o galo doido, galão da massa, o nosso galo completa 110 anos. São anos fazendo história, de glórias e derrotas, de alegrias e tristezas, pois isso é ser atleticano. É saber que nosso maior título é o amor que temos por essa camisa e pelo o que ela representa para nós!

 

São 110 anos que jogamos com muita raça e amor! Sim, nós, torcedoras e torcedores, não entramos nas quatro linhas, mas fazemos nossa parte nas arquibancadas. Somos insistentes e não desistimos fácil porque SEMPRE acreditamos!

 

Não há amor maior que esse que sentimos pelo nosso Galo. Realmente vibramos com alegria nas vitórias e sim, choramos também. A emoção de ver o Galo ganhar vai além da euforia do riso, que se mistura às lágrimas como quando um filho ganha seu primeiro 10 na escola ou quando um amigo passa no vestibular.

 

Isso é ser Clube Atlético Mineiro, isso é sentir o peso de uma camisa que é feita de pano, mas que representa um povo, uma nação. A nação que se inspira no Galo forte vingador para seguir em frente, mesmo quando as barreiras são de “torres gêmeas” ou quando no gol se encontra muralhas.

 

FOTO: Bruno Cantini

 

Vencer, Vencer, Vencer! Todos os dias de manhã cedo quando o ônibus está lotado ou a tarde quando seu carro é levado pelas chuvas ou a noite quando seu filho não dorme! E quando chegam as quartas ou quintas, sábados ou domingos, enfim o Galo entra em campo. Mesmo com todas as tribulações você diz, de peito cheio: “não posso, tem jogo do Galo!”.

 

Travamos batalhas todos os dias, principalmente nós, mulheres atleticanas, que ainda precisamos mostrar que futebol é para todo mundo. Não vamos desistir de buscar o nosso espaço, seja nas quatro linhas, seja nas arquibancadas. Este é o nosso ideal!

 

Um ideal em que bandeirinhas e juízas possam arbitrar jogos da série A, um ideal em que o time para qual torcemos invista em equipes femininas antes de fazer futebol americano, um ideal em que a torcedora possa tocar na bateria e viajar com a torcida.

 

FOTO: Bruno Cantini

 

Nós, torcedoras e torcedores vamos juntos com o Galo, pois juntos honramos o nome de Minas no cenário esportivo mundial. Sempre que um atleticano sai das fronteiras brasileiras, ele leva na mala uma camisa do Galo e sua bandeira. Mundo afora ele mostra a sua paixão. No gramado fizemos história e ainda temos muito a fazer, mas uma coisa é certa: o atleticano estará lá ao lado do time!

 

Desde cedo somos povo de luta. Lutar, lutar, lutar! Somos aqueles que juntam dinheiro para não perder nenhum jogo no Independência. Somos aqueles que se solidarizam com o outro e ajuda mesmo quando é em nossas casas que essa ajuda é necessária. Outra vez, somos reflexo da representação que esse clube é para nós.

 

Por isso, vamos todos os dias pelos gramados do mundo a vencer, pois nós vivemos e representamos tudo o que o Clube Atlético Mineiro é e ainda tem para ser. Uma vez até morrer, nós levaremos o Galo para onde formos!

 

Nossas histórias de vida se entrecruzam com a sua história, Atlético Mineiro:

 

“Antes mesmo do meu nascimento o meu amor para com o Atlético já tinha nascido! Sentimento inexplicável que se iniciou dentro do ventre da minha mãe e que com passar dos anos só aumentou e aumenta a cada dia. É um amor, uma paixão inexplicável, só quem é atleticano sabe o misto de sensações que se vive pelo Galo — o mais louco e o mais bonito dos amores. Agradeço aos meus pais por terem transmitido esse sentimento e prometo que vou passá-lo da mesma forma para meus filhos” (Eduarda Moreira, de Matozinhos - colunista do Atlético Mineiro no blog mulheres em campo).

 

Desde pequenos ouvimos falar que nós somos campeões do gelo e logo aprendemos que o Galo dos anos 50 quebrou as barreiras do frio e se consagrou na Europa como representante do Brasil.

 

Seguem os escalados para a partida: Kafunga, Mão de onça, Afonso, Juca, Márcio Pulit, Moreno, Oswaldo, Vicente Peres, Barbatana, Haroldo, Lauro, Zé do monte, Alvinho, Lucas, Murilinho, Nívio, Vaguinho, Vavá e Zezinho. Todos sob o comando de Ricardo Diez.

Imortalizados depois de uma belíssima campanha de 6 vitórias, 2 empates e 2 derrotas.

O nosso time é imortal! Seja em 1950, seja em 1971. Viemos para fazer história em 2013 e 2014.

 

Tivemos o Bruxo, o Maravilha e o Rei. Taffarel, Marques, Telê, Isidoro, Mário de Castro, Tardelli, Kafunga e Éder Aleixo. Temos o Luan, nosso menino maluquinho, e ainda temos aqueles que estão dentro do coração de cada atleticano, que marcou cada um individualmente, pois fizemos e fazemos história juntos!

 

Nós somos campeões dos campeões, pois em 1978 deixamos Vasco e São Paulo para trás! Não vivemos apenas de títulos, vivemos do ar que o vento trás e mesmo assim nos arriscamos a torcer contra ele!

 

FOTO: Bruno Cantini

 

E vamos além, pois somos orgulho do esporte nacional! Orgulho que o atleticano carrega consigo quando pega sua camisa e sua bandeira, entra no busão às 18, depois de um dia cansativo no trabalho e chega no Indepa depois das 20. Conta as moedinhas para o tropeiro e não para de cantar: Lutar, lutar, lutar, com toda nossa raça pra vencer! Clube Atlético Mineiro, uma vez até morrer!

Hoje o dia é do Clube, fundado em 25 de março de 1908. Hojé é dia da massa que vem crescendo com cada menina e menino que vê no futebol um motivo para acreditar.

 

NÃO É SÓ FUTEBOL, não é SÓ UM TIME, é o MEU MAIOR AMOR, o CLUBE ATLÉTICO MINEIRO!

 

Por Anna Gabriela

Pelas mulheres no futebol!

 

Eduarda Moreira, Anna Gabriela e a sala de troféus do Atlético Mineiro  - colunistas do Galo no Blog Mulheres em Campo

FOTO: arquivo pessoal