AINDA BEM QUE NÃO É MATA-MATA

 

Acho que meu coração não aguenta mais um jogo de classificação. Pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro, o Santos recebeu na Vila Belmiro, neste domingo (09), o Atlético-MG e, com a última derrota ainda entalada na garganta, foi buscar a vitória. Com gols de Eduardo Sasha, Jean Mota e Carlos Sánchez a vitória veio e eu me pergunto: custava ter feito isso na quinta-feira?

(Foto: Ivan Storti/Santos FC)

 

O alvinegro entrou em campo com praticamente o mesmo time que enfrentou o Atlético (na última quinta-feira). E já começou a partida no campo de ataque, Marinho quase abriu o placar aos 8 minutos, a bola foi na trave e meu coração veio na boca. Ainda não entendi porque insisto em ver esse time jogar! Com doze minutos de jogo Sampaoli levou cartão amarelo por reclamação, não critico, reclamo e muito também, só que ninguém ouve. Segui xingando com a tv até que finalmente Sasha me ouviu. Aleluia!

Com 38 minutos de bola rolando, o atacante santista abriu o placar. Jean Mota cobrou falta e Eduardo Sasha subiu mais que a zaga adversária para cabecear para o gol, Victor não pôde fazer nada além de ir buscar a bola no fundo das redes. O Peixe seguiu pressionando, com maior posse de bola (que para mim não faz diferença alguma) não deu espaço para o time mineiro jogar.

Antes de acabar o primeiro tempo Aguilar quase marcou contra, neste instante juro que quis matá-lo. Passou, porque de repente tinha um VAR no caminho, e “do nada” marcou pênalti para a equipe santista. Está bem, não foi assim do nada, em um lance anterior, Fábio Santos tocou com mão quando Sasha cobrou escanteio. Embora nenhum santista tenha reclamado do lance, como estamos acostumados a ver em jogos pelo país afora, não passou despercebido ao árbitro.

Jean Mota, artilheiro da equipe santista e que não marcava um golzinho há muito tempo, converteu e ampliou para o Peixe, aos 49 minutos. Fomos para o vestiário com um placar tranquilo em um primeiro tempo sem muito brilho, porém, produtivo. A torcida presente no estádio gritando que Brasileiro não é mais que obrigação é o retrato da minha insatisfação. Fazer o que, não é?

 

(Foto:Ivan Storti/Santos FC)

 

Para a segunda etapa, o Santos voltou sem mudanças e logo no início do jogo o VAR apareceu outra vez, mas não marcou nada. Sasha ainda perdeu um gol incrível. Posso com isso? Aos 20’, Sampaoli resolveu mudar e Carlos Sánchez entrou no lugar de Marinho, o atacante saiu bastante aplaudido, tem gosto para tudo. Jean Mota tentou mais um e perdeu na cara do gol, sem goleiro. Oremos.

O Galo acordou e decidiu incomodar um pouco, e aos 25 minutos diminuiu com Alerrandro, que tinha acabado de entrar no lugar de Ricardo Oliveira, será que podemos chamar de “lei do ex por tabela”? Melhor não. Everson, que vinha fazendo uma boa partida até então, não pode ser responsabilizado sozinho. O ritmo do alvinegro praiano caiu bastante e o adversário seguiu tentando o empate. E quase conseguiu.

Neste instante, de apagão santista, Carlos Sánchez marcou um golaço. Cobrança de falta perfeita, sem clubismo juro. Victor só olhou. No finalzinho do jogo o uruguaio ainda perdeu mais um, debaixo da trave. Outro que quis matar por um momento. O jogo foi até os 48 minutos e ficou nisso, uma vitória para tentar engolir a eliminação amarga da semana passada.

Com este resultado, o Peixe chega aos 17 pontos e sobe para a segunda  posição na tabela. O próximo confronto é no dia 12 (quarta-feira), contra o Corinthians na Vila Belmiro, às 21h30 (de Brasília). Seguimos.

 

Por Andra Jarcem, com o Santos onde e como ele estiver.