AMERICANAS BATEM RECORDE COM GOLEADA SOBRE A TAILÂNDIA
Foto: Divulgação - FIFA
A superioridade da seleção americana diante da equipe da Tailândia, com quem disputou o seu primeiro jogo na competição, era notória até por conta da tradição do futebol apresentado pelas tricampeãs da modalidade. No entanto, elas alcançaram uma marca bem além do que poderiam esperar e aplicaram a maior goleada na história das Copas do Mundo de Futebol Feminino ao vencer por 13 x 0, em Reims.
Foi um desempenho perfeito e sublime de uma equipe que chegou ao torneio com o status de forte candidata ao título. Num jogo taticamente perfeito, a talentosa Alex Morgan marcou cinco e cada um mais bonito do que o outro, reafirmando sua capacidade inerente de artilheira. Com isso, ela empatou o recorde de gols numa partida com Michelle Akers, autora do mesmo em 1991. Para fechar a goleada, Lavelle fez dois e Horan, Mewis, Rapinoe, Lloyd e Mal Pugh deixaram um tento, cada uma. Uma noite inesquecível para o elenco americano.
Eleita a melhor jogadora em campo, Alex Morgan, destacou a importância da preparação de todo o grupo para a competição. A jogadora teve uma boa surpresa, pois recebeu o troféu Visa Player of the Match das mãos de sua mãe.
"Foi maravilhoso receber o prêmio de minha mãe, que sempre me apoiou e está aqui para acompanhar os jogos. Estou me sentindo ótima e em plena forma. Nosso treinamento para o Mundial foi fundamental para chegarmos aqui com tamanha disposição. Toda a equipe se sente em grande forma física e mental. Ter o pré-acampamento no centro de treinamento do Tottenham nos ajudou a construir a união e o espírito de grupo”, afirmou.
A técnica americana Jill Ellis
Foto: Divulgação - FIFA
No final do confronto, Jill Ellis, a técnica americana, disse que seu elenco foi fantástico para conseguir alcançar o patamar em que se encontra e fez questão de frisar o máximo respeito ao oponente.
"Ser respeitoso com os oponentes é jogar duro contra eles. É um torneio onde o diferencial de gols é um critério. Muito disso é sobre construir ímpeto. Eu respeito à Tailândia e falei para algumas jogadoras depois do jogo que elas devem manter a cabeça erguida. Isso faz parte do crescimento da equipe”, declarou.
Muito criteriosa, Ellis comentou que sempre busca melhorar alguns pontos e, para isso, vai rever a partida com seu grupo e analisar possíveis erros.
"Sempre há coisas que você pode refinar e polir. Não sei exatamente o que nosso próximo adversário, o Chile, e acredito que trabalhar para quebrar equipes é importante para nós continuarmos a crescer nesse sentido”, enfatizou.
Alex Morgan levou seu carinho a uma das jogadoras tailandesas
Foto: Divulgação - FIFA
As americanas foram extremamente carinhosas com as tailandesas depois do duelo e ofertaram seu carinho a cada uma delas. O fato foi recebido com afeto pela treinadora da Tailândia, Neungrutai Srathongvian, e durante a coletiva de imprensa fez questão de destacar a elegância do gesto.
"Depois da partida, as americanas viram que nossas jogadoras estavam muito decepcionadas e foram falar com elas para encorajar a continuar lutando. Agradecemos muito a elas por isso”, declarou.
Sobre o resultado final, a técnica colocou que sua equipe não fez o suficiente no combate com as poderosas americanas e que aceitou o placar com humildade.
"Elas são muito fortes e foram excelentes em todos os momentos. Aceitamos nossos erros e vamos melhorar. Quanto às emoções das minhas jogadoras, elas esperaram muito por esse momento e, com razão, ficaram bastante desapontadas porque o placar tão elástico não era o que elas esperavam", ponderou.
No final da partida, a linha defensiva tailandesa saiu exausta e não pôde conter as constantes tentativas ofensivas da atacante dos EUA, Alex Morgan. Apesar do resultado, as jogadoras da Tailândia aprenderam muito neste duelo contra as melhores do mundo. Esperançosamente, elas podem se recuperar no próximo jogo contra a Suécia, em Nice.
Carla Andrade