BEM ABAIXO DO ESPERADO

 

Depois de aguardar por quase 3 meses o retorno do time principal a campo, em uma partida oficial, a estreia não foi bem como os atleticanos imaginavam.

 

Em jogo que aconteceu na terça-feira (05), em Ibagué, na Colômbia, o Athletico perdeu pelo placar de 1 a 0 para o Tolima. Afora a derrota, pior mesmo foi a decepção com a atuação do time. A lesão de Madson logo nos primeiros 10 minutos de jogo nos trouxe um problemão: Zé Ivaldo.

 

(Foto: Jonathan Campos /Gazeta do Povo)

 

A derrota foi um balde d’água fria para os mais deslumbrados com o título da Sula, mas com certeza serviu de lição. Acorda time! É Libertadores!!!

 

Como foi o jogo

 

O Athletico iniciou com Santos, Thiago Heleno, Léo Pereira, Madson, Renan Lodi, Camacho, Bruno Guimarães, Tomás Andrade, Nikão, Rony e Marco Rúben.

 

A partida começou equilibrada em Ibagué, mas nos primeiros minutos o Tolima já havia mostrado o porquê de estar ali, e porque havia sido Campeão Colombiano em 2018. Foi inclusive em um lance de perigo do time da casa que o lateral direito Madson estirou um nervo da virilha e aos 10 minutos teve de ser substituído por Zé Ivaldo.

 

Improvisado na posição - sua origem é a zaga -, o jogador complicou na direita. Mesmo tendo perdido 12 quilos nas férias, numa espécie de “SPA” do CT do CAJU, parecia ter ganho 50. Por um momento me fez lembrar Zezinho Calça Jeans - Deus nos dibre -, pois não aguentava o pique dos colombianos. Não de graça, foi daquele lado que saiu o gol dos caras.

 

Após Zé Ivaldo não conseguir parar o adversário, Camacho foi obrigado a fazer a falta em Albornoz. González cobrou uma bomba, e Santos - que não costuma fazer dessas - rebateu a bola para o meio da pequena área, e Banguero mandou para dentro do gol. 1 a 0 para os donos da casa.

 

(Foto: Jonathan Campos /Gazeta do Povo)

 

No segundo tempo, mesmo voltando sem alterações, o Furacão melhorou. Porém a melhora não bastou para ao menos, empatarmos o jogo. Marco Rúben, que havia tentado bastante no primeiro tempo, apagou no segundo, e Rony, o incansável Rony, embora tenha seus méritos pelo tanto de desarme que efetuou, pipocou em um lance que se tivesse batido de primeira, dentro da pequena área, teria convertido.

 

(Foto: Site Oficial do CAP)

 

Com a vitória parcial, o Tolima se fechou, dificultando os passes curtos do Athletico, forçando as bolas aéreas. Daí outro problema: com um time tão alto como o colombiano, ficava difícil alguma boa jogada nestes moldes.

 

Renan Lodi e Nikão começaram a tentar chutar de fora, mas as bolas pararam todas no goleiro Montero, que foi eleito o nome do jogo. Ao final, ainda deu tempo de dar uma gelada na espinha da torcida rubro-negra. Com o time todo em seu campo de defesa, o Tolima aproveitou uma furada de Thiago Heleno e mandou ver no contra-ataque. Santos fechou, mas não alcançou a bola, que passou venenosa do lado da trave direita, porém para fora. UFA!

 

Destaque negativo para o tanto de impedimentos: eu contei pelo menos uns três. Demora para soltar a bola, falta de visão de jogo e toque para jogador que está voltando, tudo, ao que parece, por falta de ritmo e entrosamento, justamente em razão de o Athletico não participar do Paranaense com seu time principal.

 

Anote-se a atuação do árbitro da partida que, embora tenha deixado o jogo rolar, marcou muito mais faltas para o time da casa do que para o Furacão. Os cartões amarelos saíram para Thiago Heleno e Léo Pereira do Athletico, Robles e Arboleda do Tolima.

 

Tiago Nunes defendeu que o problema da derrota não foi a falta de ritmo:Colocar (a derrota) na conta do ritmo de jogo não é o mais justo. Naturalmente faz falta mais jogos, mas poderíamos ter um melhor rendimento. Demoramos a entender o ritmo do jogo, iniciamos bem, o Tolima nos respeitando. Tivemos algumas situações de ataque e depois passamos a ter dificuldades nos enfrentamentos individuais. Demoramos para encaixar e na bola parada eles acabaram construindo a vitória. São situações que vamos corrigir. Serve como aprendizado e lição importante para os jogos que se aproximam.” Aguardemos os próximos capítulos para confirmar a fala do professor.

 

O outro confronto do grupo, entre Boca Juniors e Jorge Willstermann, terminou empatado em 0 a 0, o que leva o Furacão à última colocação do grupo G.

 

A próxima partida será na quinta-feira (14), às 21 horas, na Arena da Baixada, contra o Jorge Wilstermann, e o Athetico contará com sua torcida para empurrar o time. Serão 3 jogos seguidos em casa na Liberta, razão pela qual o rubro-negro não pode vacilar, mas deve converter os 9 pontos.

 

É Libertadores!

É Time de Guerra! O que vem contra tem que saber que a bola é minha e o campo é meu!

Pra cima Atlético!

 

Daiane Luz