Botafogo vence na estreia na Copa do Brasil com direito a gol de placa

 

 

O alvinegro de General Severiano foi à Campina Grande na noite de ontem (13) e mostrou para a torcida que o time não jogaria por vantagem de empate de visitante, conforme o regulamento, e venceu por 2x0. Classificado para a segunda fase da competição, teremos o Cuiabá como próximo adversário.

A torcida compareceu em bom peso e alguns torcedores sairam do Sul do país para apoiar o time. Antes de mais nada, parabéns e obrigada a vocês, que prometeram na canção: vou te apoiar até o final!

 

Acervo Pessoal Cristiano Amorim

 

Não foi difícil e, no segundo tempo, ficou foi muito bonito. Nem parece que estou falando de um jogo do Fogão, mas quem acompanhou a partida de ontem entre Campinense e Botafogo pela Copa do Brasil, sabe do que estou falando.

Zé Ricardo repetiu o time escalado no último jogo. A verdade é que o treinador não contou com tantos (e bons) reforços assim para a temporada. Mas a estrela dele brilhou, quando pôde contar com Gabriel e Jonathan para deixar a partida ainda mais segura. Guardem esses nomes.

O primeiro tempo foi bem equilibrado e o Campinense surpreendia na velocidade e na força nos contra-ataques. O goleiro também repunha a bola com pressa, fazendo ligação, e a sorte do time visitante era a fraca atuação dos jogadores alvinegros, que erravam muitos passes e finalizaram mal. Mas foi ainda na primeira etapa que o Glorioso abriu o placar, com Pimpão, de cabeça, após cobrança de escanteio.

Gatito pouco fez, com exceção da defesa em cabeçada à queima roupa de Romeu e uma defesa de chute cruzado no finalzinho. O arqueiro teve em Carli e Gabriel a segurança necessária na cobertura da grande área alvinegra.

Falar do retorno do Carli é fácil. O experiente jogador voltou a atuar e o Botafogo não mais perdeu. Coincidência? Não. É liderança somada ao potencial de um menino que mostrou para o que veio. Tem até nome de arcanjo, que é pra fazer a gente acreditar em proteção, literalmente. Gabriel é um zagueiro bem mais habilidoso, diferente de Carli, e tem mais velocidade para sair jogando. Não teve um botafoguense que não tenha elogiado a sua atuação. Tem jogador que chega para cair mesmo nas graças. Assim como o menino que veio da base, aquele outro que eu pedi pra vocês não esquecerem.

Na segunda etapa, logo aos 8’, Alex Santana colocou pra gritar até o mais tímido e/ou pessimista dos torcedores. Ele recebeu a bola com o pé direito, calculou o quicar da redonda milimetricamente e, de peito de pé, chutou certeiro. Go-la-ço! O goleiro adversário não tinha mesmo o que fazer além do golpe de vista. Nada mal para o primeiro gol do meio campista com a camisa preta e branca, hein!?

 

Foto: Botafogo

Enquanto Francisco Diá já havia utilizado suas três alterações pelo Campinense, à espera de um milagre na altura que se encontrava o jogo, nosso Zé ainda não havia feito qualquer mudança na equipe, mas decidiu atender ao pedido da torcida alvinegra presente, e tirou o imprestável, insuportável e inadmissível Kieza de campo para a entrada de João Paulo.

Juro que sou aquela que sai da arquibancada quando a torcida tá xingando jogador, que não gosto de maltratar ninguém, mas... O tempo do Kieza já acabou e a aceitação desse fato é fundamental para poupá-lo de ser execrado por nós e para dar ao Botafogo a oportunidade de ter um jogador mostrando serviço, qual, em minha opinião, seria Leandro Carvalho (que voltou do empréstimo para o Ceará). A hora é agora, já não mais aguentamos ver em campo esse jogador sem sangue, sem moral e que desperta na gente vontade de esganar aquele pescoço tatuado.

Parecendo concordar com tal constatação, Zé Ricardo sacou Pimpão para a entrada de Leandro Carvalho, aos 29’. Muito tarde! Mas antes tarde que nunca.

Alan Santos também teve a sua oportunidade em jogar nessa estreia, entrando no lugar do também Volante, Jean.

A partida acabou com o quase terceiro gol, dessa vez, pelos pés de Luiz Fernando, em boa defesa do goleiro Wagner.

Por último, mas não menos importante: precisamos falar do Jonathan. Natural de Nova Iguaçu/RJ, esse menino de 20 anos que joga na lateral esquerda já fez a torcida esquecer de Gilson, graças a Deus. Ingressou na base do Botafogo em 2017 e já está mais que entrosado com o time principal e tem contrato até 2021.

Eu tô feliz. De vez em quando é bom, né, Botafogo?

 

Por Livia Torres.