BUSCANDO RAZÕES

Nesta quarta-feira (11), o Athletico enfrentou o Colo-Colo e com gol logo no começo da primeira etapa perdeu pelo placar de 1 a 0

 

(Foto: Athletico Oficial)



 

Não é pela derrota. É pela apatia. Muitas vezes falamos isso dos times do Athletico: perdemos, mas de cabeça erguida. Lembro muito bem quando caímos em 2011 e o sentimento, embora de dor, era também de que a queda tinha sido de pé, ao menos no jogo final. Ontem, porém, o espírito de Apoquindo foi esquecido na gaveta, e o panorama não foi bem assim.

O time em campo foi o mesmo que começou contra o Peñarol, na primeira rodada, em jogo na Arena: Jandrei, Adriano, Bambu, Thiago Heleno, Márcio Azevedo, Wellington, Erick, Cittadini, Nikão, Bissoli e Carlos Eduardo. Ali já havíamos percebidos alguns problemas, mas a vitória e a euforia da estreia acabou por mascará-los. Destes problemas destaco dois: o meio e a efetividade do ataque.

Amaremos eternamente Bruno Guimarães, mas o saudosismo não pode ser justificativa para “passarmos pano” para o setor de meio-campo do Athletico, que nesta quarta mostrou dificuldades e deixou outros setores vulneráveis. Erick e Cittadini, responsáveis pela função que outrora foi de Bruno, não se encontraram, deixaram espaços e sobrecarregaram o capitão Wellington, que também não estava no seu melhor dia.

Nikão também não colaborou, e isso revelou a dependência do time no jogador. Se a saída do meia atacante se concretizar, teremos mais um problema para lidar.

Embora a maioria dos torcedores atribuam a culpa do gol levado aos 10 minutos do primeiro tempo a Márcio Azevedo, analisando a jogada é possível verificar que o problema é bem maior, pois com os espaços deixados no meio, a lateral ficou desprotegida e um jogador que já não é rápido, deixou o gol acontecer nas suas costas, sem ter muito recurso para fazer algo. 

Quanto ao ataque, na segunda metade do primeiro tempo até que foram construídas bastantes jogadas que poderiam ter, ao menos, empatado a partida. Mas Bissoli, desconcentrado e com o pé descalibrado, não conseguiu mandar para dentro uma bola relativamente fácil, após cruzamento de Carlos Eduardo. No segundo tempo, foi a vez de Cittadini também ter uma oportunidade de ouro, mas chutou errado e deixou Dorival Júnior louco à beira do gramado.

Aos 27 minutos da segunda etapa, Dorival colocou Jajá e o piá comeu a bola. “Ah, se ele tivesse entrado antes, a história teria sido diferente, pensamos”. Mas com o resto do time sem poder colaborar muito, a velocidade e os dribles do queridinho não surtiram efeito prático. Na última chance do Athletico, a cabeçada de Vitinho foi para fora.

Já se encaminhando para o final da partida, o único sentimento e questionamento era: se o time está morto no final do jogo, contra o Colo-Colo, imagina como será jogando na altitude semana que vem?! Para colocar a cereja no bolo da desgraça, Jandrei foi expulso após o apito final e agora um time que já não poderia contar com Santos na próxima partida, também não poderá contar com aquele que foi o melhor jogador do Furacão neste jogo.

O empate não foi de todo ruim, considerando que o Peñarol venceu o Jorge Willstermann, e agora todos têm o mesmo número de pontos, com o rubro-negro em segundo lugar no grupo C. Ruim mesmo foi ver a apatia do time em campo.

 

PRÓXIMOS JOGOS

 

O time principal entra em campo novamente pela Libertadores no próximo dia 17, terça-feira, contra o Jorge Wilstermann, em Cochabamba na Bolívia.

Antes disso, o time feminino faz sua estreia no Brasileiro A2, no sábado (14), às 15 horas, contra o Nápoli-SC, na cidade de Caçador, em Santa Catarina. Os aspirantes enfrentam o Coritiba no domingo (15), no Couto Pereira, no clássico ATHLETiba, pela última rodada do Campeonato Paranaense.

 

Pra cima Furacão!

É as Guria, não tem jeito!
Pra cima Piazada!

 

Por Daiane Luz

 

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não representam, necessariamente, a opinião do Blog Mulheres em Campo.