CLÁSSICO REXPA ACABA COM VITÓRIA DO PAYSANDU
Clube vence duelo com o Remo, por 1 x 0, gol de Uchôa, em jogo realizado no domingo (23), no Mangueirão
Foto: Samara Miranda – Ascom Remo
O Leão lutou com muita garra, mas deixou a vitória escapar, aos 29 do segundo tempo, quando o volante Uchôa foi oportunista e aproveitou uma sobra de bola dentro da área azulina, uma falha da defesa cabe ressaltar. Com o triunfo, o Papão voltou a vencer depois de oito jogos e o Remo amargou sua segunda derrota consecutiva na nona rodada da Série C do Brasileiro.
Com o resultado, o Remo passou a dividir a liderança do Grupo B da Série C com o Juventude, com 15 pontos, mas perde no saldo de gols, 10 contra 9. O Paysandu voltou ao G-4, com 13 pontos, ficando na quarta colocação. Na próxima rodada, o Remo tem um duelo fora de casa contra o Boa Esporte no sábado, às 19h15, no Municipal de Varginha.
Depois do jogo, o técnico Márcio Fernandes concedeu entrevista coletiva e fez sua análise da partida, sem deixar de destacar a boa atuação feita pela equipe.
“O gol surgiu num descuido da nossa zaga, numa bola parada e isso ocasionou a derrota, num momento onde estivemos bem melhor em campo. Mesmo assim, não tira o brilho da nossa campanha e continuamos na liderança do campeonato, claro que um gol a menos. Fizemos 9 e tomamos seis. Os jogadores estão de parabéns, pois fizeram o seu melhor e não é sempre que vamos conquistar a vitória”, ressaltou.
Momento de disputa de bola
Foto: Samara Miranda – Ascom Remo
Fernandes comentou que sua equipe jogou como deveria e seguiu suas orientações técnicas dentro das quatro linhas. Ele destacou a qualidade da equipe adversária no confronto.
“Não mudamos nossa forma de jogar, até por estar dando certo. Foi um jogo de igual e a equipe adversária é forte e mostrou vontade. Nossa chave é parelha. Não vamos começar a achar “chifre em cabeça de cavalo” para não destruirmos todo um trabalho feito ao longo da competição”, fez questão de colocar.
Sobre suas substituições, o técnico afirmou que um clássico é decidido em detalhes e ele detectou certa lentidão de seus jogadores nas saídas de bola e, por isso, optou pelas mudanças.
“A entrada do Djalma ocorreu para recuperarmos o meio de campo e evitar a flutuação de jogadores rivais nas costas dos nossos volantes. Ganharam um poder de posse maior do que nosso e ele entrou para acertar isso. A entrada do Marcão já era programada”, avaliou.
Outro momento do clássico
Foto: Samara Miranda – Ascom Remo
O jogo
O Paysandu começou a partida com aproveitamento maior da posse de bola e criou boas jogadas ofensivas, principalmente pelo meio, com chutes de Uchôa e Tiago Luís que foram defendidos com vigor pelo goleiro azulino.
Com o correr dos minutos, o Leão acordou e passou a explorar brechas pelos flancos laterais e apostou na velocidade de Gustavo Ramos e Carlos Alberto, que criaram boas oportunidades. No entanto, pecaram na qualidade dos cruzamentos e, principalmente, nas finalizações. As melhores jogadas saíram da linha de fundo, com passes rasteiros para o meio da área, mas a bem posicionada zaga do Papão, travou as tentativas.
O Remo voltou para a segunda etapa com mais disposição e com uma postura mais aguerrida em campo, acertou mais na marcação e aumentou a pressão. Logo aos cinco minutos, Carlos Alberto aproveitou uma bola que sobrou e cruzou para Vançan, mas ele isolou a bola. Minutos depois, o mesmo Carlos Alberto subiu pela esquerda, cortou e chutou com precisão, mas Mota defendeu.
Aos 29, veio o gol do Paysandu, que deu números finais ao confronto. Uchôa aproveitou uma bola levantada na área e a confusão da zaga do Leão, e mandou no canto. O Remo não se intimidou e cresceu para cima do rival, mas os bicolores seguraram o avanço, assim como a vantagem do placar. Fim de jogo, 1x0.
Mariana de Moraes