CORINTHIANS, ETERNAMENTE DENTRO DOS NOSSOS CORAÇÕES

 

 

Foto: Meu Timão!

 

1° de setembro é uma data festejada por milhões de pessoas mundo afora. Capaz de reunir desconhecidos, em prol de um bem maior, o Corinthians é uma linha tênue, entre o amor e o odio. Pode soar como exagero, mas existe algo no Corinthians que não é exagerado?

É sangue no olho, sentimento à flor da pele, teste para cardíaco em dia de jogo e uma bomba para ansiedade na véspera. É cumprimentar um estranho: ei Corinthiano! E seguir ecoando o “Vai Corinthians”!

É fazer o “corre” para conseguir ingresso, e com a torcida, partindo da estação, traçar um mar alvinegro até o estádio. Ser corinthiano é esperar por meses, contando os segundos a ida do clube para outro estado ou país, numa das raras chances de amenizar a saudade de vê-lo de perto.

Ser Corinthiano é ser louco consciente. É  se agarrar ao rádio sofrendo em um jogo de tabela, mais do que em final de campeonato. E os xingamentos? Quantas vezes nervosos, não levantamos do sofá aos berros, praguejando o treinador ou um

atleta que errou um lance crucial, como se eles pudessem nos ouvir?

Somos loucos, mais de 30 milhões. Somos mais felizes simplesmente por sermos Corinthianos, por sabermos que por pior que esteja o nosso dia, quando pisarmos os pés no estádio e ouvirmos a Fiel cantando, rapidamente seremos tomados pelo mais puro êxtase, por todo o Corinthianismo!

Falar do Corinthians pode parecer fácil, mas sendo sincera, só meu São Jorge para ter noção da aflição e de toda a apreensão que tomam conta de mim, quando tenho que explicar o que é sentimento escrito em 11 letras no meu peito.

A camisa pesa! Símbolo de luta operária, de garra de uma torcida, que nenhum jejum foi capaz de fazê-la parar. Camisa que traz a joia mais rara e preciosa de nossas vidas: o pavilhão alvinegro!

Corinthians de alegria e de dor, afinal, como esquecer a sensação do chão sumir, quando o árbitro apitou o fim da partida contra o Grêmio em 2007, e de ir ao céu em cada gol de Emerson Sheik, quando finalmente fomos libertados em 2012?

Corinthians de Doutor Sócrates e do eterno Osmar, mas também Corinthians de Finazzi e Betão. Ídolos e antagonistas, marcaram esses 108 anos. É assim mesmo meu caro, de altos e baixos, mas nunca só, jamais sem a Fiel!

É símbolo de fé, de religião! De invasão do Maracanã e do Japão, de Morumbi com recorde nosso e de treino que é jogo, e jogo que é guerra!

Corinthians do povo e para o povo! Não há barreiras que nos impeçam de seguir esse amor, não existe doença que nos prenda, quando é dia de jogo. Diagnósticos são ignorado e só conseguimos ouvir o nosso coração, mas não sem antes pedir a benção ao nosso Santo protetor.

As lágrimas chegaram aqui. É como se uma retrospectiva passasse diante dos meus olhos numa fração de segundos, refazendo os votos de fidelidade que assinei com o Corinthians, assim que nasci. Só posso dizer:  que dó de quem não é Corinthians e nunca poderá compreender todo esse turbilhão de emoções.

Nesta data, queria mais uma vez agradecer os operários, que sob o luz do lampião, no bairro do Bom Retiro, escreveram o primeiro capítulo de uma história eterna!

 

PARABÉNS CORINTHIANS, ETERNAMENTE DENTRO DOS NOSSOS CORAÇÕES!

 

Por Mariana Alves