DERROTA, DENTRO E FORA DE CAMPO

 

Eu não sei ainda o que me deixa mais indignada, depois de perdemos para o Paraná, lanterna do campeonato, por 1x0, em casa, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. Sim, já começa por aí, que perdemos em casa pro lanterna, algo inimaginável para possível – agora quase impossível – missão do Coelho de permanecer na Série A. É simplesmente inacreditável que perdemos SEIS pontos pra eles – com todo respeito -, uma vez que perdemos também fora de casa, pelo mesmo placar, no primeiro turno.

(Foto: Guilherme Artigas/Fotoarena)

Os erros são tantos nessa campanha do América que faltará espaço no blog pra enumerar. Faço hoje um texto em desabafo, ao ver que nós torcedores, em momento nenhum somos ouvidos, e que uma sequência de equívocos em todas as esferas do clube – diretoria, coordenação técnica, treinador e jogadores – nos colocaram com um pé e meio na segunda divisão novamente.

Peço desculpas também por não fazer uma análise fria do jogo, que agora, nos colocou em posição de chacota em todo o país. Resumindo, foi aquela velha máxima do futebol: quem não faz, leva. Mais uma vez, a insistência, teimosia, burrice do técnico Adilson Batista nos colocou em maus lençóis, ao conseguir entrar em campo contra o último colocado do campeonato sem NENHUM atacante. Com todo respeito – se ainda preciso ter algum – isso simplesmente não existe no futebol, meu caro Adilson. O universo inteiro sabe disso. Mas você é um gênio, que consegue implementar essa sua insanidade sem ser incomodado pela nossa singela diretoria. E, como sempre, no intervalo da partida, mexe e coloca todos os atacantes de uma só vez. Estratégia para quê, não é mesmo? Ainda com o 0x0 no placar, o Coelho foi pra cima, criou chances, mas esbarrou na imensa incompetência de seus jogadores. Já no fim da partida, aos 44 do segundo tempo, Andrey, do clube paranaense, fez o gol da partida.

É isso que fizeram com o ano de 2018 do Coelho. Transformaram uma chance perfeita de crescimento em mais um descenso e queda – de divisão, torcida, receita, prestígio. Mas o futebol é, ao mesmo tempo, matemático e intangível. As chances mínimas insistem em não decretar nosso futuro. Ainda faltam 5 sofridos jogos. E, diferente da passividade dentro do clube, fora dele há uma explosão de amor por esse clube, que me (nos) levará a sofrer até o além.

 

Por: Rayssa Rocha