E A CENA SE REPETE...

 

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Foto: Tribuna do Paraná


 

Três de dezembro de 2017. O jogo era Chapecoense x Coritiba, na Arena Condá, em Chapecó. A partida daquela tarde ensolarada de domingo era válida pela última rodada do Campeonato Brasileiro da série A. O placar estava 1x1, e o resultado ia livrando o Coxa do rebaixamento até então. Mas nos acréscimos, mais precisamente aos 49 minutos do segundo tempo, Túlio de Melo, jogador da Chape, marcava o gol que decretava a vitória deles e o rebaixamento do Verdão para a Série B. 

Mas e por quê lembrar dessa partida da qual a maioria dos coxa-brancas querem esquecer? A explicação é simples... Na noite fria desta terça-feira (09), a cena ocorrida há um ano e meio atrás, se repetia: O Verdão vencia, mas recuou, deu espaços ao adversário que cresceu no jogo, empatou a partida... e viria, nos acréscimos, exatamente aos 49 minutos, o gol da virada, no mesmo estado, contra o mesmo treinador (Gilson Kleina era o técnico da Chapecoense na época, e agora é o atual comandante do Criciúma)...  Coincidências? Infelizes. Mas a realidade é que entra ano, sai ano, entram jogadores, saem jogadores, entra comissão técnica, entra diretoria... e as “coincidências” continuam: os recuos, os erros de passes, as desatenções da zaga... A noite fria de 09 de julho de 2019 em Criciúma lembrou, e muito, aquela tarde quente em Chapecó em 03 de dezembro de 2017. O Coritiba continua sendo o time que recua quando faz o gol. E time que espera o adversário em seu campo de defesa já sabe o que acontece, não é?

 

O JOGO:

 

A partida da noite desta terça-feira (09), começou com o Verdão pressionando o adversário, mas sem precisão nas finalizações. Aos poucos, o time da casa foi achando espaços e construindo as jogadas, mas também pecava na hora de arriscar para o gol. E o primeiro tempo ficou em 0x0, em um jogo morno e com pouca técnica.

Na segunda etapa, as equipes entraram em campo mais atentas, e logo o Coxa abriu o placar: Thiago Lopes chutou na entrada da área e contou com um desvio amigo, e a bola entrou no gol. Era o que faltava para o jogo melhorar, e tanto o Verdão quanto o Tigre começaram a arriscar mais. Aos 33 minutos, após uma grande defesa de Wilson em um belo chute de Daniel Costa, Léo Gamalho recebeu a bola na área alviverde e não desperdiçou, empatando a partida. Mas o Coxa ainda estava vivo, e logo em seguida Rodrigão mandou na trave. 

 

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O meia Thiago Lopes comemorando seu gol com seus companheiros. Foi o primeiro gol dele na competição. Foto: Instagram @coritiba.

 

O jogo continuava aberto, com chances para os dois lados. Mas quando a partida se desenhava para o empate, o Criciúma sofreu falta no último lance, e após a cobrança, Liel cabeceou para o fundo das redes, sem chances para o arqueiro alviverde. Era o gol da vitória dos catarinenses, e o início do martírio do Coritiba, que com o resultado se distanciou cada vez mais do G4 da competição.

Agora, o Coxa terá uma sequência de dois jogos diante da sua torcida, que mesmo decepcionada com o que vem assistindo dentro das quatro linhas, promete comparecer e apoiar o seu time nas arquibancadas do Major. Mas o que esperamos (e eu me incluo como torcedora nessa espera) é ver alguma evolução dentro e fora de campo, e não apenas fotos do presidente nas arquibancadas dos jogos da Copa América.

 

REAGE, VERDÃO!

 

FICHA TÉCNICA DA PARTIDA:

CAMPEONATO BRASILEIRO SÉRIE B – 9ª RODADA

CRICIÚMA 2 X 1 CORITIBA

Local: Estádio Heriberto Hülse

Cidade: Criciúma – SC.

Horário: 21h30

Árbitro: Wanderson Alves de Sousa.

 

Criciúma: Luiz, Marcos Vinicius, Platero, Derlan, Marlon, Liel, Wesley, Eduardo (Daniel Costa), Reis, Leo Gamalho, Vinicius (Julimar).

Técnico: Gilson Kleina.


Coritiba: Wilson, Sávio, Walisson Maia, Sabino e Fabiano; Vitor Carvalho, Luiz Henrique, Thiago Lopes (João Vitor), Juan Alano, Rafinha (Lucas Tocantins) e Rodrigão Wanderley). 

Técnico: Umberto Louzer.

 

GOLS: Thiago Lopes (Coritiba); Leo Gamalho e Liel (Criciúma).

 

Cartões amarelos: Wesley e Reis (Criciúma); Wilson, Sabino, Vitor Carvalho e Juan Alano (Coritiba).

 

Por Viviane Mendes.