É HORA DA ÚLTIMA BATALHA!

Time americano enfrenta o Avaí de olho também no resultado da Chapecoense na disputa pelo título

 

 

Foto: Twitter/América-MG

Há cerca de um ano nem o mais otimista torcedor americano (se é que ele existe) esperava uma temporada como tivemos em 2020. O ano começou com a contratação do técnico Lisca e a nossa chegada às semifinais do Campeonato Mineiro, contra o Atlético-MG. Apesar dos erros de arbitragem já conhecidos, aquele já era o início de uma caminhada que viria a ser um dos melhores anos do nosso clube.

Com a pandemia, o time começou a treinar em casa, individualmente, e, com a retomada do futebol, os treinamentos no CT Lanna Drummond voltaram. A CBF se organizou minimamente - mesmo com as merecidas críticas - e deu início ao Campeonato Brasileiro e à Copa do Brasil. 

O time americano jogou as duas competições em alto nível, fazendo uma campanha inédita na Copa do Brasil, na qual chegou às semifinais, eliminando grandes clubes do país e enfrentando o Palmeiras de igual para igual, e chegou à “final” do Brasileiro contra a Chape. Os dois times disputam, cabeça a cabeça, ponto a ponto, a liderança da tabela e, nesta sexta (29), é a grande decisão do campeão nacional. 

Ambas as equipes têm 70 pontos conquistados, 19 vitórias, 13 empates e 5 derrotas, mas o América supera a Chapecoense (por incrível que pareça) em número de gols marcados. Os alviverdes mineiros têm 41 gols anotados, enquanto os catarinenses 39. Exatamente está “leve vantagem” nos critérios de desempate, que podem definir o campeão. O alviverde mineiro tem tudo para vencer, mas para isso precisa estar concentrado, querer e se comportar de forma diferente de como jogou os últimos quatro jogos.

A expectativa e a ansiedade estão no máximo desde a derrota da Chape na última partida, deixando o América-MG novamente na liderança. Em seu último jogo, o Coelho enfrenta o Avaí, na Arena Independência, às 21h30 desta sexta-feira. Ao mesmo tempo, a Chape joga contra o Confiança, na Arena Condá. O Avaí tem remotas chances de chegar ao G-4 e subir para a série A, mas depende de sua vitória e uma combinação de resultados. Já o Confiança se mantém na série B, sem pretensões nesta partida. 

 

PREPARAÇÃO 

 

 

 

Foto: Marina Almeida/América-MG

 

Para chegar bem e em condições de levantar a taça pela terceira vez, nesta terça-feira os atletas americanos começaram a preparação para o duelo final. No início das atividades foram acompanhados pelo coordenador Gerson Rocha e o Núcleo de Performance, que realizaram trabalho físico com a equipe. Em seguida, o foco foi a mobilidade, a prevenção e a estabilidade dos jogadores. No treino tático, Lisca comandou as jogadas ofensivas, de criação e finalização, tentando extrair de sua equipe um melhor aproveitamento e eficiência nesse aspecto. O treinador tem enfatizado nos últimos jogos, como os gols e consequentemente as vitórias, fizeram falta nesta reta final.

No início do treino, os goleiros participaram de atividades separadamente, mas depois se juntaram aos atletas de linha. Matheus Cavichioli, que estava em trabalho de transição, está recuperado de lesão e participou dos treinos. Ainda fora do time e em transição, o volante Flávio trabalha à parte. O meia Guilherme continua se recuperando e também iniciou transição física. Diego Ferreira continua seu tratamento. 

Na quarta-feira, pela manhã, os trabalhos continuaram incessantemente no CT Lanna Drumond. Logo cedo o presidente do Conselho de Administração, Marcos Salum realizou uma reunião com toda a comissão técnica, departamento de futebol e atletas, para enfatizar o valor do título para o América e sua torcida, podendo fechar com “chave de ouro” essa temporada histórica. O presidente ainda ressaltou para os jogadores a importância de voltarem à consistência do trabalho que fora realizado na temporada 20/21 e agradeceu. Lisca também falou sobre a vontade de encerrar a competição com o troféu de campeão e quando a bola rolou coordenou junto à comissão, treino tático e técnico, com foco específico no adversário de sexta-feira. Mais uma vez a eficiência nos passes e posicionamento foram cobrados. Na manhã de quinta-feira, o último treino ocorreu no CT Lanna Drumond, fechando a preparação para mais este jogo tão importante na história do Coelho. 

Nosso capitão Juninho falou depois do treino, sobre a ansiedade e sentimento de gratidão, sobre a união deste grupo. Se disse feliz por fazer parte de mais um momento tão importante na história do Coelho. Ele que esteve presente nos outros dois títulos anteriores da Série B e está desde 2016 no clube.

Os jogadores relacionados para a partida desta sexta já iniciaram a concentração. Levando em conta os desfalques, para a noite de sexta, Lisca deve escalar: Matheus Cavichioli; Daniel Borges, Anderson, Messias, João Paulo (Sávio); Zé Ricardo, Juninho, Alê; Felipe Azevedo, Ademir e Rodolfo

Não queremos nem pensar nisso, mas caso todos, todos os critérios terminem empatados, os cartões decidirão o título. E nesse quesito levamos muita vantagem. Hajaaaa coração, torcida americana!!!

 

 

Por Mellina Mesquita e Rayssa Rocha, torcedoras e colunistas do América - MG 

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo