É HORA DE CORRIGIR OS ERROS ANTES QUE TODO O SALDO POSITIVO VÁ PARA O LIXO

Foto: Thiago Calil/AGIF - Agência de fotografia/Estadão Conteúdo

Para cumprir a 12ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Paraná Clube entrou em campo e enfrentou o Botafogo-SP na noite de sexta feira (2), e, após uma atuação digna de cair em esquecimento, perdeu por 1x0 e acumula 3 jogos de tropeços.

O time que veio a campo não contava com nossa zaga titular. Fabrício e Salazar foram vetados pelo DM e, claramente, o nível de segurança que tínhamos com os dois caiu de forma drástica. Roberto e Hurtado assumiram as posições e, com menos de 5 minutos de jogo, conseguiram cometer o primeiro erro e deixar o adversário abrir o placar. É difícil manter a corneta de lado quando vemos lances iguais ao que gerou o gol. Erros básicos, fundamentos que se aprende em escolinha, fundamentos que, aparentemente, deveriam ser lembrados em todos os dias de treino.

A esperança era de que o restante do time estivesse em um dia bom, que retomasse a confiança e pudesse realizar uma partida superior para buscar a virada e a vitória. Não seria uma surpresa, em outras partidas já tivemos a mentalidade de dominar a partida mesmo em um momento adverso e buscamos os três pontos. Mas contra o Botafogo, se tivéssemos 3 tempos de jogo, ainda assim não iríamos empatar.

O time estava completamente perdido, são incontáveis erros de passe, de posicionamento, de domínio de bola. São erros que não nos permitem sequer levar perigo ao gol adversário porque a bola simplesmente não chega. Quando chega, erramos também a finalização ou o último passe.

Em mais uma partida, desperdiçamos inúmeras chances claras de empatar a partida, de ter tempo para buscar uma virada e respirar um pouco mais aliviados para manter nossa posição na tabela de classificação. Mas em três rodadas, já somamos 7 pontos jogados no lixo. 

Foto: Célio Messias/Uai Foto/Estadão Conteúdo

Eu não vou criticar muito nosso técnico em relação a substituições durante a partida. Eu imagino que não deva ser fácil para Allan Aal olhar para o banco e pensar “ok, quem é o menos pior? ”. Infelizmente, sem ter os reforços à disposição para entrar em campo, nosso elenco já está passando de limitado para limitado cansado.

Fica nítido que chegou aquele momento que sempre falamos em que não daríamos conta de ter apenas 11 titulares e nenhum reserva que possa equilibrar o futebol quando precisar mostrar trabalho. E isso acaba afetando o desempenho de todos, mesmo os que vinham bem, passaram a errar mais porque não possuem o mesmo apoio de antes dentro de campo.

Com a derrota, o Tricolor estaciona em 22 pontos e já enxerga o 7º colocado com possibilidades de empatar na somatória. Tropeços seguidos que podem nos custar muito caro na continuidade do campeonato e que fazem com que nossos adversários comecem a abrir vantagem na luta pelo acesso.

Que essas três partidas sirvam de lição, que tenhamos a capacidade de analisar o que aconteceu, de observar todos os erros cometidos e encontrar um caminho de mudança de atitude em cada um que faz parte do elenco. Precisamos, mais do que nunca, atuar como time, como grupo. Somente assim poderemos retomar as vitórias e voltar a somar para o objetivo principal.

Por Gabrielle Bizinelli

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