É VERGONHA QUE FALA NÉ?!

“Nada funcionou para a gente, fizemos nossa pior partida comigo aqui, peço desculpas ao torcedor, porque queríamos a classificação. A Aparecidense foi melhor, não conseguimos encaixar nossa forma de jogar, a gente sabia que seria difícil, o campo é muito ruim. Estamos acostumados a jogar em campos melhores, nossa forma de jogar é no campo do adversário e usamos muito pouco isso. Não conseguimos encaixar em nenhum momento o bom jogo do Campeonato Paulista”, disse Jorginho em entrevista coletiva.

(Foto: Globo Esporte)

É assim que vamos começar nosso texto de hoje, lendo essa entrevista no mínimo bizarra. Vamos tentar dissertar essa situação.

Pois é meu caro treinador, nada funcionou. E se nada funcionou, boa parte de toda essa culpa é sua. De onde foi que o senhor tirou que a melhor estratégia seria entrar em campo com dois volantes, para enfrentar no contra-ataque a forte Aparecidense? De onde tirou que Nathan e Giovani são jogadores? De onde saiu a ideia de que o Thalles ainda pode render alguma coisa?  Damos graças a Deus por vossa imensa glória de termos um “trio” na defesa que vem segurando a bronca. Por que sinceramente do meio para frente, é de doer as vistas.

“Não conseguimos encaixar nossa forma de jogar” – ora, ora, mas que forma? A única partida no mínimo competente, foi contra nosso ex-rival porque geral entendeu que ganharmos esse jogo era obrigação – graças a Deus foi uma vergonha a menos.

“O campo é muito ruim. Estamos acostumados a jogar em campos melhores” – sobre essa frase, apenas um comentário – aos domingos a galera joga o amador nos campos dos bairros de Campinas. Deem uma passadinha, percam (ou ganhem) algumas horas e vão entender que quando o cara é bom e gosta de jogar bola, ele joga até na lama, no asfalto, no terrão. A desculpa de que o gramado estava em péssimas condições, só serve para confirmar o quanto o nível técnico dos nossos jogadores é de chorar de nervoso e rir de raiva.

“Não conseguimos encaixar em nenhum momento o bom jogo do Campeonato Paulista” – Oi? Que jogo? Se me recordo, bem como disse acima, tivemos um único jogo que prestasse e enchesse os olhos. Do resto, foi na sorte, para não dizer que o nível das demais equipes do campeonato eram baixas também.

“Isso aí é você que está falando. Não existe vergonha. Acho que você está sendo mal-educado comigo. Assim não se pergunta. Sou homem, pessoa séria, um profissional muito dedicado. Nós lutamos pelo melhor e vamos dar a resposta na Série B. Eu sei que você é daqui, por isso vocês estão machucados”, completou o treinador após ser perguntado por um repórter.

Com todo respeito que tenho pelo campeão mundial e hoje treinador da macaca, foi SIM a maior vergonha que nos fizeram passar.

Fizeram um auê danado na justiça, nos fizeram virar uma chacota durante quase dois meses, principalmente quando comparavam nossa situação a do Fluminense.

Tudo isso para que? Para chegarmos em Goiás e apresentar o futebol apático de sempre? Acho que nem em 2013 eu senti tanta vergonha de ser PontePretana como senti ontem. Pode não ter sido vergonhoso para os jogadores, para a comissão técnica, diretoria, roupeiro, cozinheira, o tiozinho que dá segurança, do gramado, mas para nós torcedores foi vexatório.

Nos fizeram acreditar que seria possível e mais uma vez fomos iludidos. Pelo amor de Deus, nós não aguentamos mais. Já estamos ultrapassando o limite da bizarrice.

Vocês mancharam uma história linda construída por uma torcida apaixonada e cansada de tanto sofrer. De agora em diante seremos lembrados como o time que conseguiu ser eliminado duas vezes em uma única competição, se isso não for vergonhoso eu não sei mais o que é.

Agora é ter paciência para aguentar a zueira e “seguir o baile”, a Série B vem aí e como Jorginho disse que esse seria nosso foco junto com a Copa do Brasil, espero que dessa vez ele não esqueça de avisar aos demais sobre essa prioridade também.

Ainda em tempo, a Ponte Preta volta a campo no próximo domingo (07), no estádio Moises Lucarelli, para enfrentar o Oeste pela segunda partida da semifinal do Campeonato do Interior.

Por Li Zancheta

Preto e Branco é minha cor.