Em jogo sonolento, Juventude conquista empate e precisa pontuar na última rodada

 

Depois da partida pífia deste sábado, creio que boa parte da torcida esteja convencida que o problema não está na casamata

Neste sábado (16), o Juventude foi até o estádio do Vale enfrentar o Novo Hamburgo pela penúltima rodada do Campeonato Gaúcho. Precisando da vitória para não correr grandes riscos diante do Avenida, o alviverde não fez a lição de casa e volta para Caxias do Sul com apenas um ponto na bagagem.

No último momento, o Papo conseguiu efeito suspensivo no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) para que Victor Sallinas entrasse em campo. Sendo assim, o técnico Marquinhos Santos escalou: Marcelo Carné; Vidal, Genilson, Victor Sallinas e Felipe; Moisés, Mateus Santana, Denner, Caprini e Breno; Dalberto.

O jogo começou com atraso de dez minutos, em decorrência da falta de ambulância, que impossibilitava o apito inicial. Depois deste tempo, tudo estava nos conformes e o Senhor Lucas Horn sinalizou o começo do jogo.

No início da partida, nenhuma equipe se destacava. O Nóia era pouco superior, mas não conseguia levar perigo ao gol alviverde. O Juventude, por outro lado, tentava mostrar porque era o melhor mandante do Campeonato.

Aos 20’, Dalberto foi derrubado próximo a área. Falta em prol do Papo e cartão amarelo para Luis Gustavo, zagueiro adversário. Bola parada. Nossa chance de abrir o placar. Afinal, quando Denner está em campo esta é uma de nossas melhores armas. E foi ele que cobrou!

O meia jogou na área. A defesa anilada não foi capaz de acompanhar Mateus Santana, que estava lá para marcar o primeiro dele no ano. De peixinho, o meia muito criticado, inclusive por mim, abriu o placar. Com o 1 a 0, o Juventude garantia mais três pontos e anulava qualquer chance de rebaixamento.

 

Mateus Santana comemorando o gol alviverde

(Foto: Arthur Dallegrave/E.C. Juventude)

 

Agora era só manter o placar… mas, quando se trata de Juventude, não podemos criar muitas expectativas. Aos 40’, Neuton, ex-alviverde, empatou o jogo. A jogada foi oriunda de uma cobrança de lateral, que fez com que a bola acabasse dentro na área. O jogador bateu de canhota. Carné falhou (mais uma vez). E o placar estava igualada. 1 a 1 que não era nada favorável para nós. Afinal, continuávamos precisando pontuar na última rodada.

O primeiro tempo foi resumido a isso. O Juventude não teve nenhuma outra chance. Uma finalização. Um gol. Efetividade. Mas, se continuássemos com esse ritmo, não teríamos nem qualidade, nem mérito para conquistar os três pontos. O técnico Marquinhos Santos teria 15 minutos para pensar em alguma solução que garantisse o triunfo alviverde.

A segunda etapa começou sem alterações nos titulares. Sendo assim, a expectativa ficou por conta da conversa no vestiário. A esperança alviverde era que a percepção do novo comandante fosse certeira e que o gol da vitória aparecesse ao longo dos 45 minutos complementares.

O começo do segundo tempo foi parecido com o primeiro. Ninguém assustava muito. Isto é, até os 9’, quando Ednei cobrou escanteio mandando a bola para Neuton. O lateral chutou, mas, para a felicidade do Papo, a cobrança parou no travessão.

Vendo que o jogo não era muito criativo e que precisávamos do novo para ficar na frente, Marquinhos Santos lançou Braian Rodríguez ao time titular. O atacante entrou no lugar de Caprini. Agora, com o camisa 17, a expectativa aumentava. Afinal, ele veio para decidir e só foi capaz disso na primeira fase da Copa do Brasil, quando marcou o gol da vitória sobre o Palmas.

O Nóia era mais ofensivo. A equipe comandada pelo técnico Bolívar chegava mais próxima da área adversária, tinha mais escanteios, mas não era, suficientemente, perigosa para converter as chances em gol.

Aos 19’, Fred se confundiu, achou que ainda era jogador do Ju e quase ampliou para os visitantes. Ele desviou para trás, mas, infelizmente para o lado verde do confronto, a bola saiu para escanteio.

Neste jogo, não vimos criatividade por parte de nenhuma das equipes. Monótono. Sonolento. Pífio. Estes são os adjetivos que caracterizam a partida. Mais do mesmo. Agora, é foco total na última rodada.

Na minha humilde opinião, a culpa da falta de ofensividade da equipe não é do técnico. Aliás, continuo batendo na tecla de que Winck não era o problema. Se a equipe está empatando, o comandante olha para o banco e não encontra um jogador capaz de decidir a partida. Pode parecer corneta, mas Robersons, Zulus, Hugos Almeida, Tiagos Marques e companhia, fazem muita falta no nosso plantel. Um desses e parte dos nossos problemas estariam resolvidos.

Enfim, como mencionei anteriormente, o Juventude enfrenta o Avenida, no Alfredo Jaconi. Dependendo dos resultados deste domingo, podemos entrar em campo já garantidos na Elite. Mas, na pior das hipóteses, precisaremos de pelo menos um ponto diante da equipe santacruzense.

Agora é foco total! Até porque é inadmissível que um time do tamanho do Juventude esteja flertando com a divisão de acesso há três anos! Temos que nos colocar no nosso lugar e voltar a lutar por, pelo menos, o título de Campeão do Interior nas próximas edições do Gauchão!

 

Por: Carol Freitas