ERA FUTEBOL, MAS PARECIA MAIS UMA SESSÃO DE TERAPIA

Um minuto de silêncio, um nó na garganta, um soco no estômago, uma dor compartilhada entre tantas e tantas famílias e muitas vidas perdidas, assim começamos o jogo desta tarde de domingo, junto com uma incômoda sensação de injustiça.

 

Pela décima oitava rodada do Brasileirão o Peixe enfrentou o Fluminense no Maracanã e saiu derrotado por 3x1. O tricolor carioca é adversário direto pelas primeiras posições, e a derrota de hoje contribuiu para a queda santista na tabela.

 

(Foto: Ivan Storti/SantosFC)

 

O JOGO

 

Se pudesse resumir a primeira etapa em uma palavra seria: desorganização. Cuca pode contar com a volta de jogadores importantes e que fazem a diferença quando estão em campo, mas optou por inventar formação, três zagueiros e dois laterais, na tentativa de criar mais chances com os laterais infiltrados no meio campo só conseguiu podar os atacantes.

 

Nos primeiros minutos um sufoco e João Paulo trabalhando muito para não deixar o tricolor abrir o placar, mas depois de duas defesas incríveis o arqueiro pouco pode fazer quando Luccas Claro subiu para cabecear aos 28 minutos. Gol dos donos da casa e uma torcedora possessa. Peixe perdendo o jogo e caindo na tabela, meio campo perdido e sem conseguir criar, Soteldo e Marinho “amarrados” pela formação e Cuca roendo as unhas, um cenário assustador. Oi, Deus!

 

Minutos depois Marinho apareceu para salvar o domingo dos idosos de plantão. Madson cruzou para o camisa onze, que hoje usou o número oitenta em homenagem a Pelé, na primeira trave, e o atacante não desperdiçou. Empate milagroso visto o desempenho santista foi ruim.

 

Voltamos para a segunda etapa com mudança na escalação, Arthur Gomes no lugar de Laércio, parece que o técnico percebeu que a invenção não deu muito certo. Nos primeiros minutos o coração já deu um leve tropeço ao ver João Paulo estatelado no chão, só um susto mesmo. Jogo sem torcida nos faz ouvir bem tudo que é dito na beirada do campo, e pelos gritos e orientações do técnico… pobre Cuca.  

 

O tricolor ampliou com Nino aos 9 minutos em uma jogada que não havia muito o que João Paulo fazer. Oremos! O Santos ainda teve dois gols anulados em menos de 20 minutos, no primeiro foi assinalado impedimento de Lucas Veríssimo e no segundo falta de Arthur Gomes. Acho que preciso melhorar meus argumentos com o cara lá de cima!

 

(Foto: Ivan Storti/SantosFC)

 

Para deixar seu nome na história, Ângelo Gabriel entrou no lugar de Lucas Braga aos 15 minutos, imagino o coraçãozinho da mãe desse menino neste instante, o segundo jogador mais jovem a vestir o manto sagrado. De olho na base e esperando mais um raio cair nos gramados da Vila Belmiro. 

 

O técnico alvinegro ainda fez outras mudanças, mas nada que fizesse alguma diferença. Nos acréscimos, Marcos Paulo encerrou a conta para o tricolor fazendo o terceiro, aquela esperada básica pelo VAR e apito final. Fim de papo no Maraca.

 

O Peixe segue com 27 pontos, agora na sexta colocação. Na quarta-feira (28) recebe o Ceará pela Copa do Brasil na Vila Belmiro. Pelo Brasileiro volta a campo no próximo sábado (31) também na Vila para enfrentar o Bahia. Seguimos.

 

Por Andra Jarcem, com o Santos onde e como ele estiver.  

 

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.