ESPETÁCULO DE HORRORES

Partida desastrosa fez Fluminense perder por 3 x 0 para o Colorado em pleno Maracanã

 

Pior é ter a certeza de que poderia ter sido uma derrota por um placar bem mais elástico. A goleada não veio, pois, com a graça dos Deuses do futebol, Júlio César resolveu atuar como um goleiro de verdade e salvou o time do vexame. No intervalo, o querido Jádson teve a coragem de declarar:

“Tomamos gols em desatenções, mas não adianta lamentar agora. Temos que voltar mais atentos e minimizar. Do jeito que eles fizeram três gols, temos capacidade para empatar o jogo”.

Faz-me rir. Não, Jádson, as falhas, sua, do Digão e do Gilberto, foram bem mais do que uma simples desatenção. Foram erros inadmissíveis para um jogador que defende a camisa do Fluminense. Prefiro colocá-las como falta de futebol e incompetência. Soa mais adequado. Mas não fique triste, você não foi o único com atuação lamentável. O time quase todo esqueceu de jogar futebol e colaborou para o resultado final. Sornoza andou em campo; Gum entregou uma bola para o Pottker que o deixou na cara do gol e se não fosse Júlio César seria o quarto; Junior Dutra foi péssimo.  O resto da defesa nem merece comentários.

Salvo Pedro, pela garra e vontade demonstrada até o final. Mas com um meio-campo nulo, o que ele podia fazer? Matheus Alessandro foi outro que tentou criar mais foi muito marcado pela defesa rival e, por isso, incapaz de ajudar a reverter a situação.

Time fez uma partida muito ruim

(Foto de Lucas Merçon)

Por falar nele, não entendi o motivo de ter começado no banco. Não entendi a escalação do Junior Dutra. Equivocou-se Marcelo Oliveira ao colocar um time tão ofensivo para encarar o Internacional. Pagou caro.

O jogo começou equilibrado e o Fluminense buscou brechas na defesa adversária. Foi até bastante disputado. Pedro participou das duas melhores chances que o tricolor teve de marcar e não o fez. Aos 11 minutos, recebeu bola na entrada da área. Mesmo desarmado na primeira finalização, controlou a bola e tentou novamente. Pena que o chute explodiu na marcação. Com 17, ele subiu pelo lado esquerdo e cruzou para a área. Junior Dutra pegou a bola e passou para Marcos Júnior, que chutou para uma defesa incrível de Marcelo Lomba.

Tudo parecia dentro do controle até que, aos 22, o bonitinho do Jádson errou um passe ao tentar sair jogando e perdeu a bola para Rodrigo Dourado. Esse arrancou e deu passe para Nico López chutar cruzado com o pé esquerdo e abrir o placar. Essa foi uma das desatenções.

Como ele estava inspirado, falhou de novo com o passe, aos 33, e deixou Pottker livre para chutar. O arqueiro Tricolor salvou. Cinco minutos depois, a segunda desatenção. Desta vez do bonito Gilberto que errou na marcação, após lançamento longo, e perdeu a bola para Iago que chutou rasteiro, para trás, onde estava Jonatan Àlvez. O uruguaio não perdeu a chance e deixou o dele, o segundo do Colorado.

Pouco antes do final da primeira etapa veio a terceira desatenção com Digão. Ele afastou a bola e a deixou nos pés de quem? De Nico López e ele mandou para o fundo da rede. Detalhe que Sornoza também deu uma ajudinha de amigo neste lance, pois deixou López girar como queria.

Sornoza em noite sem brilho

(Foto de Lucas Merçon)

O segundo tempo começou com um quase quarto gol do rival e, de novo, Júlio César esteve presente para o alívio da torcida. Com cinco minutos, Airton recebeu atendimento médico e teve que ser substituído. Entrou Luciano em seu lugar e, durante os 45 minutos, nada fez.

17 minutos e veio outra desatenção, que por Júlio César não resultou no quarto gol do Internacional. Gum errou muito feio e colocou Pottker em ótima posição para chutar. Somente aos 27, Marcelo Oliveira decidiu tirar Junior Dutra, que saiu de campo embaixo de vaias, e colocou Everaldo. A troca não surtiu efeitos. Já estava predestinado que a noite não era favorável para o Fluminense.

Deixo aqui todo o amor para minha torcida que, apesar do fiasco em campo, não abandonou o time em momento algum. Cantou durante os noventa minutos para tentar levantar os jogadores e fazê-los acreditar no impossível. Quem AMA o FLUMINENSE somos NÓS.

 

Por Carla Andrade