ESTÁDIO INDEPENDÊNCIA: 69 ANOS DE HISTÓRIA
Foto: Arena Independência/Site Oficial América Mineiro
Um dos palcos do futebol belorizontino e mundial, completa neste dia 25 de Junho, mais um ano. O Estádio Independência, fundado como Estádio Raimundo Sampaio, nesta mesma data em 1950, faz uma viagem ao tempo aos saudosistas e contempla a nova geração com sua modernidade.
O Independência foi fundado no bairro do Horto para fazer parte dos estádios da Copa do Mundo realizada no Brasil. A construção começou em 1947 e foi autorizada pelo então prefeito de Belo Horizonte, Otacílio Negrão de Lima, que era torcedor do América. A inauguração do estádio, em 1950, sediou o jogo entre Iugoslávia (3) x Suíça (0). O Independência também foi palco de Estados Unidos (1) x (1) Inglaterra e terminou a primeira fase recebendo Uruguai (8) x Bolívia (0), no ano em que a Celeste se tornaria campeã do mundo.
A casa do Coelhão
Foto: Estádio Independência antes da reforma (Fonte: Wikipedia)
O estádio Raimundo Sampaio pertencia ao Governo de Minas, mas passou a ser propriedade do clube Sete de Setembro, após a inauguração do Mineirão em 1965. O Coelho fez um contrato inicial com o Sete de Setembro para utilizar o estádio por 30 anos, em 1989, e renovou por mais 50 anos, até incorporar de vez o nome de Independência e se tornar patrimônio do América.
Ele também passou por uma reforma com reinauguração em 2012, trazendo modernização e, como sempre, polêmica entre os americanos. A partida de inauguração foi um amistoso com vitória do América contra o Argentinos Juniors, por 2x1, jogo também em comemoração aos 100 do Coelho. O pontapé inicial foi dado pelo ídolo americano Jair Bala e a partida foi a despedida do atacante Euller.
Na nossa casa, o Coelho conquistou boa parte dos títulos atuais, como a série B de 1997 e 2016, além da série C, em 2009.
Nossa história no Indepa
Foto: Rayssa e Mellina/Arquivo Pessoal
Eu (Ray), faço parte dos saudosistas do nosso estádio, que frequentei muito por perturbar meu pai para me levar aos jogos. Na lembrança, fica o nosso assento do lado direito, naquele cimento quente, mas que dava a ele a visão que queria do campo. Ficam também as idas de moto e os cumprimentos de “doutor”, quando ele estacionava o carro. Não conseguíamos comer ou sequer beber durante os jogos, devido ao nervosismo das partidas. No Indepa, ouvi papai contar histórias de Yustrich e importunar o goleiro adversário para ajudar os nossos atacantes. Minha mãe ficou na missão por ele de me acompanhar nos jogos e defende as nossas cores com todo amor.
Hoje, morando fora de BH, a saudade de ver meu Coelho jogando é grande e vou ao meu querido estádio sempre que visito minha terra natal. Seja com amigos, amigas, ou familiares, o meu lugar e o meu coração sempre estarão no Horto.
Eu, Mellina (Mell) por minha vez, conheci o Independência em 2015, quando me mudei para Belo Horizonte e passei a frequentar os jogos do Coelhão. Esse “jovem senhor” foi palco de tristezas e alegrias em minha vida....Onde vi o América subir para a primeira divisão, cair para a segundona por duas vezes! Lá fiz muitos amigos, comecei a participar das torcidas organizadas que me acolheram com muito carinho, em várias ocasiões fui sozinha aos jogos e saía de lá com muitas histórias para contar! Levei também minha mãe para acompanhar alguns jogos e ela também vibrou a cada conquista, e ficou triste junto comigo, nas derrotas! Naquelas arquibancadas verdes, chorei, sorri, discuti, beijei! É… hoje a nossa casa faz 69 anos… e que idade sugestiva, hein “Indepa”?! O que desejamos é que você continue sendo esse estádio acolhedor e que seja o local preferido para nosso Coelhão brilhar e sair vitorioso, sempre!!
Por Rayssa Rocha e Mellina Mesquita