ESTAMOS HÁ DOIS ANOS SEM VENCER O BRASIL DE PELOTAS

 

    Na noite de hoje (13), o Juventude foi até Pelotas enfrentar o Brasil. O retrospecto não era favorável, mas as circunstâncias eram, o rival estava/está na zona de rebaixamento da Série B, e talvez seja uma das equipe mais fracas da competição. Porém, o Juventude não gosta de ganhar deste tipo de time, lembrem do Criciúma, em maio, talvez o jogo mais feio do ano.

 

    A partida de hoje não foi tão feia quanto aquela contra o time catarinense. Porém, a diferença não foi colossal.

 

(Foto: Jonathan Silva / GEB)

 

O Juventude foi a campo com: Matheus Cavichioli; Felipe Mattioni, Bonfim, Micael e Neuton; Diones, Jair, Vidal, Tony e Leandrinho; Elias. Fred, suspenso, desfalcou a equipe. Enquanto Pará, começou na reserva por opção do técnico Julinho Camargo. Já Elias e Matheus retomaram a titularidade, ambos estavam lesionados.

 

    A equipe alviverde começou atrás. Aos 26 minutos do primeiro tempo, Sciola, o lateral artilheiro, cruzou e Neuton nem tomou conhecimento. A bola acabou com Valdemir, que chutou rasteiro, com um último desvio de Luiz Eduardo, mas não marcado pelo árbitro, por fim, a bola entrou. Mas, lance muito questionável, o jogador xavante estava impedido. Heber Roberto Lopes até perguntou à bandeira, Neuza Back, que considerou o gol regular: 1 a 0.

 

    O jogo seguiu, e aos 33, outro lance polêmico. A bola bateu na mão de Éder Sciola, a equipe de arbitragem não marcou e o jogo seguiu, para a indignação dos jogadores do Juventude. Mas seis minutos depois, o gol alviverde saiu. Leandrinho cruzou na cabeça de Mattioni, que mandou para a rede: 1 a 1.

 

    A partida seguiu sem grandes emoções, os goleiros trabalharam, mas não foi nem de longe a parte que mais exigiu deles. O empate foi ruim para ambos, que seguem na parte debaixo da tabela.

 

    O time de Julinho Camargo não é o melhor Juventude dos últimos tempos, longe disso, mas a torcida já está farta das invenções do comandante. Lateral não é meio campista, e nem zagueiro é lateral. Se o elenco jogasse com qualidade na sua posição de origem talvez as reclamações acabassem. Porém, não é o que acontece.

 

    Com mais um empate, a equipe pode acabar a rodada na zona de rebaixamento. A invencibilidade enganosa acabou ainda na rodada anterior, e os números não mentem, são 17 pontos em 42 disputados, um aproveitamento de 40,5%.

 

    A realidade está batendo na porta e está mais do que na hora do pedido da torcida ser atendido. Julinho Camargo não é técnico para o Juventude, e eu venho dizendo isso desde a sua vinda, lá em fevereiro.

 

O voto de confiança já foi dado, depois da melhora enganosa que vimos contra o Coritiba, mas eu lhes pergunto, cadê o time que jogou contra o Coxa? A melhora vista naquele jogo sumiu.

 

Luiz Carlos Winck, ex-técnico do rival, está no mercado, livre. Não seria um bom nome para o Juventude? Estou farta de clubismos, é hora de pensarmos no futuro que queremos para o Juventude. Faltam 28 pontos para atingir a zona de segurança, será que com o comodismo e a empatite chegaremos lá?

 

Espero que no próximo jogo mudanças na comissão técnica tenham acontecido. Caso contrário, a nossa chance de entrar de vez no z4 é imensa.

 

O próximo adversário do Juventude também está lutando contra o rebaixamento, o Sampaio Corrêa está, praticamente, com a mesma pontuação do alviverde. O jogo no Maranhão, que acontece na próxima terça (17),  promete fortes emoções. Espero que meu próximo pós-jogo seja de vitória, pois não lembro mais como é escrever sobre um desempenho positivo do Juventude.

 

Por: Carol Freitas