FECHANDO O CAIXÃO
O Furacão jogou neste domingo (23) contra o Paraná Clube e ganhou por 3 a 0, sem qualquer dificuldade. A partida era válida pela 26ª rodada do Brasileirão.
Ainda que o confronto entre Atlético e Paraná não seja clássico, jogar contra outro time da capital cria para os torcedores uma atmosfera diferente do normal. O atual momento do “coirmão” garantia uma folga, mas ainda deixava apreensivos aqueles que acreditam no bordão: “O Atlético tem a mania de ressuscitar morto”.
Desta vez o Furacão ajudou a enterrar!
Destaque para o trio que fez a alegria de domingo na Arena da Baixada: Raphael Veiga, que marcou o primeiro da partida, fechando quatro gols em três jogos, sem contar as belas assistências. Pablo que manteve o alto nível que vem apresentando, marcou o segundo e Marcelo Bolt das Araucárias fechou o caixão do lanterninha do Campeonato.
(Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)
COMO FOI O JOGO
O Furacão iniciou com Santos, Jonathan, Zé Ivaldo, Thiago Heleno, Renan Lodi, Bruno Guimarães, Raphael Veiga, Wellington, Nikão, Marcelo Cirino e Pablo. Após a maratona de jogos, foram cinco em catorze dias, Tiago Nunes optou por poupar Léo Pereira, Lucho González e Marcinho (que entrou em campo no segundo tempo, apenas).
Logo no início da partida já deu pra perceber que o Furacão vinha bem melhor tecnicamente, conseguia cadenciar o jogo com passes precisos e ao mesmo tempo aproveitando a velocidade de Cirino enquanto o Paranazinho patinava.
Aos sete minutos de jogo veio o primeiro. Bruno Guimarães lançou para Jonathan, que ergueu bem a cabeça para localizar quem vinha na área e com toda a experiência mandou bem no meio da marcação tricolor, de onde saía Raphael Veiga para bater de primeira, abrindo o placar na Arena.
O Paraná tentava, mas esbarrava principalmente nas laterais, tendo dificuldade com a velocidade de Renan Lodi e a marcação impecável de Jonathan.
Ainda no primeiro tempo o Furacão ampliou. Renan Lodi cruzou e Pablo cabeceou com segurança, marcando o segundo gol do Furacão.
(Foto: Site Oficial do Atlético)
Jonathan deixou o campo sentindo fortes dores no tendão do pé, dando espaço para o lateral Diego Ferreira, integrante do time Campeão Paranaense.
Já no segundo tempo, cabia ao Atlético apenas administrar a partida e trabalhar no contra-ataque. Nikão chegou a perder uma chance que deu na trave do goleiro paranista e o Paraná teve apenas uma boa oportunidade neste momento, mandando a bola por cima do gol de Santos, que pouco trabalhou neste jogo (apenas um chute perigoso de Alex Santana, mas que foi barrado pelo arqueiro).
Mas no finalzinho veio o terceiro gol para fechar o caixão do Paraná e garantir o seu retorno para casa (Série B). Após cabeçada de Rony e defesa do goleiro, Marcelo Cirino aproveitou o rebote e marcou o terceiro do Furacão. Atlético 3 a 0.
(Foto: Site Oficial do Atlético)
Os cartões amarelo do jogo saíram apenas para o time do puxadinho: Jhony, René, Rayan e Caio Henrique foram os penalizados.
Sobre a decisão de ter poupado alguns jogadores Tiago Nunes explicou:
“Foi mais para oportunizar os atletas mais inteiros fisicamente. O Léo, Marcinho, jogaram praticamente todos os jogos. O Lucho é extraordinário, pela idade que tem e pelo que produz tem que ter um descanso. É difícil tirar o gringo do jogo, ele fica rabugento de sair, mas merece nosso respeito. Ficamos felizes porque os caras deram a conta do recado”.
O elenco terá agora uma semana para descansar, já que o próximo jogo será apenas no próximo domingo (30) na Vila Belmiro, contra o Santos.
CENAS LAMENTÁVEIS
A Polícia Militar mostrou mais uma vez sua absoluta falta de preparo para agir em casos de brigas e tumultos entre torcedores. Ao que parece, prevalece entre eles a máxima do “todo torcedor é bandido”, “se estivesse em casa isso não teria acontecido” e “lugar de mulher e criança é em casa e não em estádio” – tendo ouvido este último pessoalmente.
Durante a partida, houve uma briga nos arredores da sede da Torcida Os Fanáticos e após a chegada da polícia, um dos envolvidos correu para dentro da sede. A polícia invadiu o local jogando bomba de gás e spray de pimenta, mesmo com os gritos dos demais torcedores informando a presença de muitas crianças ali.
Vários relatos contam o terror e medo que as crianças passaram sem entender o que estavam acontecendo. LAMENTÁVEL.
Por: Daiane Luz