FIM DA ERA CARILLE

Com forte presença alvinegra no Maracanã, Corinthians volta para casa com a derrota na mala e sem treinador

O que era previsível, aconteceu. O Corinthians entrou em campo às 16h deste domingo sabendo bem quais eram as suas possibilidades e com um clima de completa pressão. Os poucos jogadores que se atreveram a falar com a imprensa na chegada da equipe ao Maracanã expressaram, em meias palavras, a insatisfação com o momento do time em campo e principalmente com as declarações de Fábio Carille após a derrota para o CSA, na última quarta-feira, onde o treinador se eximiu completamente da culpa pela má fase e distribuiu a culpa entre os jogadores. Pessoalmente falando, acredito, sim, que os jogadores tenham sua parcela de culpa, mas um treinador que expõe para imprensa os problemas internos e não defende sua equipe, já mostra que não tem o menor espírito de liderança.

(Foto por Carlos Ezequiel/Agência Pixel Press)

A partida foi desastrosa. Sinceramente, não tem muito o que falar, senão lamentar pela fase pavorosa na qual o Corinthians se encontra. Nem nas fases áureas do "empatite", lá no esquecível 2013, eu vi um time tão apático, sem coragem e entregue. O Corinthians entrou em campo hoje para sair derrotado e, fico feliz que tenha saído só com 4x1 na mala, porque a sacolada poderia ser bem maior. 

Menção honrosa ao pênalti que resultou no primeiro gol do Flamengo, que na minha opinião, não foi pênalti. Cássio defendeu bem, mas continua com a mania de soltar a bola, o que acabou dando a chance do gol acontecer no rebote. Em um dia em que nem o único que vinha tendo um pouco a mais de raça, pareceu lutar por um final diferente, não há muito o que fazer.

O único gol do Timão, ironicamente, veio de Mateus Vital, aquele que vem sendo queimado há meses pelo treinador que acha que no time dele, moleque (os mesmos moleques que em tantos jogos, carregaram o time nas costas) não tem vez.

O excelentíssimo presidente Andrés Sanchez, sequer esperou chegar em São Paulo e demitiu Fábio Carille ainda no vestiário. Em entrevista, Sanchez disse que novas demissões ainda poderão acontecer; declaração que me faz ter quase certeza que as próximas vítimas serão Emerson Sheik e Vilson, diretores de futebol.

Cá entre nós, a contratação de Sheik para o cargo, é compreensível pela história feita no clube e até por uma "dívida de gratidão" (que na minha opinião foi paga quando ele retornou para encerrar a carreira), mas a de Vilson nunca fez o menor sentido, levando em conta que foi um jogador mediano e que nunca teve a mínima identificação com a torcida. Caso as demissões realmente aconteçam, serão um acerto em meio a tantos erros da diretoria.

Sem Carille, o Coringão agora, ao menos durante essa semana, será comandado pelo técnico interino, Fabinho. O que esperar? Não sabemos. Os nomes mais cogitados são Tiago Nunes, do Athletico e Sylvinho. Aguardemos e veremos.

O Corinthians ocupa agora a oitava posição na tabela e fica a espera de um milagre para salvar este segundo semestre pavoroso.

Saravá, São Jorge! Oremos! 

Por Victória Monteiro, maloqueira e sofredora, graças a Deus!