FOI DE ARDER OS OLHOS. SAUDADES, ATLETIBAS RAIZ!


 

 

Foto: Twitter @coritiba

 

Clássico sempre foi considerado um campeonato à parte. Independente da situação dos times, podemos dizer que nunca há um favorito para vencer a partida. Clássico é sinônimo de jogo disputado, pegado, de 90 minutos de muita emoção aos torcedores, não só de Athletico e  Coritiba, mas dos amantes de futebol em si. Porém, no início da noite deste sábado (9), quem esperava um jogo cheio de momentos bons e dramáticos, se decepcionou.

Do lado alviverde, o que vimos foi entrega. Precisando vencer desesperadamente, o Coxa foi para cima e aproveitou a fragilidade do adversário, que estava desfalcado de seus principais jogadores. Com mais posse de bola, o Verdão bem que tentou marcar seu gol, mas ora pecava nas finalizações, ora parava nas mãos do goleiro Santos.

A aguardada estreia do treinador Gustavo Morínigo teve que ser adiada, já que seu nome não foi publicado a tempo no BID. O interino Júlio Sérgio foi novamente o comandante, mas o time já tinha outra cara, a começar pela escalação: o menino da base, Guilherme Biro, ganhou nova chance na equipe titular e entrou na lateral esquerda. No meio, Sarrafiore também ganhou a titularidade e, no ataque, Cerutti completou as novidades.

 

 

Foto: Coritiba

 

As mudanças surtiram efeito e vimos um time mais organizado, que buscava o jogo e seu gol. Porém, ainda ficou evidente que a principal carência do time é o ataque. Ricardo Oliveira começou jogando e, mais uma vez, passou em branco. No segundo tempo, Pastor deu lugar a Pablo Thomaz, que sequer chegou perto da área adversária.

Nossa maior esperança de gols vem sendo mesmo Robson - que fase. O atacante, que é o artilheiro da equipe e vem alternando entre boas e más fases, marcou contra o Goiás e foi dono do melhor lance do AtleTIBA. Já na segunda etapa, aos 9', aproveitou a falha de saída de bola do rival, se livrou da marcação e mandou uma bomba de fora da área, que explodiu na trave. Neste momento, a torcida alviverde foi à loucura.

Na reta final da partida, um lance que definiu como foi o duelo: Mailton cobrou lateral e jogou a bola nas costas do bandeirinha (???). Lance bizarro, jogo bizarro, que acabou em 0x0. Um empate nada bom para ninguém!

 

No Lance a Lance, o GE definiu a partida.

Foto: globesporte.com

 

Após a partida, em entrevista ao Esporte Interativo, o goleiro Wilson, principal jogador alviverde, desabafou sobre o momento que o clube atravessa:

 

“Eu sou um cara que me cobro muito, que me dedico, que cobro os companheiros e todos sabem que nos momentos bons eu estou sempre querendo mais e procurando melhorar, e agora imagina nessa situação? Com toda a situação e com toda a identificação que eu tenho. Estou tentando ajudar os companheiros, são noites sem dormir pensando no que fazer, tentando cobrar até a mais. Agora teremos uma semana com o novo professor (Gustavo Morínigo) para desenvolver mais o trabalho dele, porque até agora tivemos apenas um treino e foi na base da conversa. Vamos tentar terminar de uma maneira melhor”, disse.

 

Não teve um torcedor que, após o fim da partida, não sentiu falta daqueles Atletibas dos anos 90, que tinha raça de sobra dentro das quatro linhas. A qualidade técnica das duas equipes deixaram - e muito - a desejar. Foi de arder os olhos.

Com o resultado, o Coxa permanece na lanterna com 22 pontos e cada vez mais perto de ser rebaixado. Agora, um novo confronto direto, desta vez contra o Vasco, no próximo sábado (16), às 21h, em São Januário.

 

REAGE, VERDÃO!

 

Por Viviane Mendes, coxa doida de coração.

 

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.