GOLEADA QUE NÃO VALIA NADA

O São Paulo Futebol Clube, já eliminado da Libertadores, recebeu no Morumbi nesta terça (20), a equipe do Binacional, também já eliminado, para a última partida da fase de grupos, valendo uma vaga na Sul-americana.

 

Foto: São Paulo Futebol Clube 

 

Já adianto que esse pós jogo não será nem um pouco feliz pelo resultado da partida, convenhamos que ganhar de 5x1 uma partida depois de ser eliminado é praticamente chamar o torcedor de palhaço. Quando deveria fazer gols, não fez. Quando precisou ganhar, perdeu. Graças a Deus PELO MENOS a vaga na sul-americana nós conseguimos, como nós sairemos na competição? Isso todos nós já estamos cansados de saber, mas não custa acreditar que podemos nos superar e não passar mais um vexame. 

Foi um constrangimento eterno ver o São Paulo jogar, parecia aquelas peladas infinitas, eu assisti por amor, porque não consigo deixar de lado, mas a grande maioria da torcida assistiu por obrigação, para ser leal ao escudo, se não for a gente, quem será? Todo contexto da partida é vergonhoso, levando em consideração que só o São Paulo perdeu para o Binacional na competição, nossa camisa e nossa casa não mereciam, mas mesmo assim nós assistimos como se fosse sério, como se fosse um jogo valendo vaga para a próxima fase. 

 

A rede balançou logo no início do jogo, Vitor Bueno marcou com um chute de fora da área, mas o tricolor passou longe de dominar o Binacional no primeiro tempo, o segundo gol só saiu aos 34’ em jogada que parecia mais um treino, Igor Gomes tentou, Vitor Bruno tentou, duas vezes, mas foi Brenner que colocou no fundo do gol, quase sem goleiro. Aos 39’ o time do Peru marcou um. 

Quando um jogo parece bizarro, ele é bizarro do início ao fim, no segundo tempo, pasmem, Pablo finalmente desencantou, aos 5’. E você ainda vai dizer que não acredita em milagre? Até o zagueiro que tá mais do outro lado do muro do que aqui, marcou. Com a vitória garantida, Diniz resolveu rodar o time e fez três alterações de uma só vez: Entraram Tréllez, Paulinho e Rodrigo Nestor. Saíram Brenner, Igor Gomes e Daniel Alves. É isso mesmo que vocês leram, ele finalmente tirou o Daniel Alves e ainda pediu “perdão”. Se o Diniz não cair agora depois de tirar o dono do time de campo, não cai mais, risos. E não dá pra deixar de comentar que ele improvisou o Tchê Tchê de lateral, prefiro não me prolongar comentando isso. No fim, Pablo fez mais um e fechou o placar. 

 

Seria lindo se fosse com a vaga para as quartas garantida né? Seria lindo se não fosse trágico, nunca se encaixou tão bem. 

O São Paulo não marcava quatro gols desde fevereiro (contra o Oeste, pelo Paulista). E não marcava cinco gols desde abril de 2017 (Linense, pelo Paulista).

 

Foto: créditos na imagem 

 

O São Paulo volta a campo no próximo domingo para enfrentar o Fortaleza, às 20h30 (de Brasília), no Morumbi, pelo jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil. O jogo de ida terminou empatado por 3 a 3, na Arena Castelão. E agora é a hora de jogar bola valendo algo.

Sabemos que o Rogério Ceni está anos luz mais preparado que Diniz para essa partida, improvisou jogadores no brasileiro já pensando na partida de domingo. O Fortaleza não é o Binacional e não vai desperdiçar a chance de enterrar o São Paulo dentro de campo e garantir  a classificação. Cabe a nós mesmos mostrar que em casa quem manda somos nós. É hora de ter garra e jogar para vencer. Não é hora de testar jogador, não é hora de deixar o ego falar mais alto. É hora de entrar em campo e lembrar da equipe vitoriosa que somos, do peso da nossa camisa e ter ganância por lutar pelo único título que ainda não possuímos na nossa sala de troféu. 

Rogério Ceni que nos perdoe, mas ele mesmo nos ensinou que o São Paulo é maior que qualquer jogador, não existe a possibilidade de torcermos contra o tricolor, mesmo diante do seu ídolo, somos São Paulo, respiraremos São Paulo e que o São Paulo viva mais forte em nós, do que nós mesmos.

 

É com muita tristeza que nos despedimos da nossa competição querida, até breve Libertadores. Nós vemos ano que vem, se Deus quiser. Ainda te reconquistaremos, pode escrever, porque no fim, você sempre vai voltar para os braços do seu grande amor, esperamos ansiosamente por esse reencontro. 

 

Por amor ao tricolor,

 

Raiane Vieira 

 

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.