HÁ EMPATES EM TUDO QUE EU VEJO

O Brasil viajou até Santa Catarina para encarar o Figueirense nesta sexta-feira (24) no Estádio Orlando Scarpelli, em confronto válido pela 23ª rodada da Série B. Jogando com um time misto, porém, o rubro-negro emplacou o quarto empate seguido e não conseguiu deixar a zona de rebaixamento para trás.

 

O xavante até teve o domínio dos primeiros minutos de partida. Com o gramado alagado por conta das chuvas que caíram sob a região sul do país nesta sexta, as melhores chances do Brasil foram de bola parada. Aos cinco minutos em cobrança de escanteio, Pereira cruzou com efeito e por muito pouco não marcou um belo gol olímpico.

 

Foto por Marco Favero/Diário Catarinense

 

No entanto, o Figueirense começou a gostar do jogo da primeira metade da etapa inicial em diante e deu um jeito de escapar da marcação xavante. O time da casa inverteu a posição de seus atacantes que surgiam pela lateral e nisso um nome que acabaria com a alegria rubro-negra na noite começou a ganhar força: Felipe Amorim. Falaremos dele mais adiante, infelizmente.

 

A bola erguida na área seguia sendo o maior trunfo do Brasil, e foi dela que saiu o gol. Aos trinta e oito, Nirley acertou a trave após cobrança de falta e no rebote o garoto Zé Augusto colocou para dentro do gol. Menos de um minuto depois, fomos duramente lembrados que alegria de xavante dura pouco. O tal Felipe Amorim, na falha de marcação de Cametá, empatou com um chute indefensável.

 

Na volta para o segundo tempo, parte da força do Brasil foi esquecida no vestiário. Ou ao menos, foi o que pareceu. O adversário ditou o ritmo, não virando o placar por muito pouco. Teve defesaça de Pitol, bola na trave, bola cruzando rente ao gol, bola tirada em cima da linha. Só não teve bola no gol, felizmente. E o Brasil volta para Pelotas com mais um empate na bagagem.

 

Aguenta coração!

 

O futebol dos primeiros minutos foi uma miragem, aquela coisa que te dá alguma esperança até que de repente cai na real. O time cansou, mas não se pode esperar muito menos de uma equipe composta em sua metade por atletas sem ritmo algum de jogo. Ainda assim, dá pra enxergar um lado bom na situação.

Será que não é a hora de uma mudança? Tivemos boas atuações hoje em campo apesar dos pesares e temos muita gente que poderia muito bem ceder vaga no time titular. Bater na mesma tecla não adianta nada, dar novos ares ao grupo pode trazer resultados.

O empate fora de casa acabou sendo lucro, no fim das contas. Poderia ter sido bem pior. A questão é não cometer deslizes no nosso território e o jogo contra o Coritiba na segunda tem que provar isso. Pra cima deles!

 

FICHA TÉCNICA DO JOGO

FIGUEIRENSE X BRASIL

CAMPEONATO BRASILEIRO - SÉRIE B

 

Escalações:

Figueirense: Denis; Matheus Ribeiro (Maikon Leite); Nogueira; Eduardo Bauermann; João Paulo; Zé Antônio; Pereira (Betinho); Gustavo Ferrareis (André Luis); Felipe Amorim; Elton; Juninho. Técnico: Milton Cruz.

 

BRASIL: Marcelo Pitol; Rafael Vitor; Nirley; Heverton; Tiago Cametá; Zé Augusto; Gilson; Pereira (Valdemir); Alex Ruan; Lourency (Michel); Léo Bahia (Welinton Júnior). Técnico: Gilmar Dal Pozzo.

 

Gols: Zé Augusto (38min) e Felipe Amorim (41min) do primeiro tempo.

 

Cartões amarelos: Pereira e Nogueira pelo Figueirense; Léo Bahia, Alex Ruan e Heverton pelo Brasil.

 

Avante com todo o esquadrão!

Por Alice Silveira