HAJA CORAÇÃO, TORCEDOR RUBRO-NEGRO

Torneios internacionais e disputas mata-mata já mexem com o nosso coração normalmente, sem precisar de muito esforço. Mas torneios internacionais com disputa mata-mata e decisão por pênaltis é para testar a saúde cardíaca do torcedor atleticano.

O Furacão se classificou na noite desta quarta-feira (31), na Arena da Baixada, eliminando o Bahia, mesmo tendo perdido pelo placar de 1 a 0, por ter vencido o primeiro jogo, pelo mesmo placar. As cobranças certeiras de Jonathan, Raphael Veiga, Lucho e Pablo, a abençoada mão de Santos e a mandinga dos torcedores para que o chute de Zé Rafael fosse para o espaço foram os fatores determinantes nesta classificação sofrida.

Com a derrota, o Atlético perdeu a invencibilidade na Arena da Baixada, que mantinha há 12 jogos seguidos, melhor marca desde 1999.

Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

COMO FOI O JOGO

O Atlético iniciou a partida com Santos, Jonathan, Renan Lodi, Paulo André, Léo Pereira, Raphael Veiga, Lucho, Wellington, Nikão, Pablo e Marcelo Cirino.

O Bahia começou pressionando o Furacão que teve dificuldades para colocar a bola em jogo. Mesmo assim, o primeiro lance em direção ao gol, antes mesmo do primeiro minuto de jogo foi o Furacão.

Marcelo Cirino não estava bem no jogo, o que dificultou também as finalizações e jogadas pela direita. Aos 25 minutos o jogo já se apresentava bastante aberto, com 4 finalizações do Atlético e 3 do Bahia e maior posse de bola do Furacão.

Os dois times pareciam nervosos, e aos 46 minutos veio o balde de água fria na cabeça dos atleticanos: Após cobrança de lateral jogada na área, Grolli abriu o placar marcando para os visitantes.

Na segunda etapa, deu para sentir que o Bahia estava mais tranquilo e o time do Atlético, embora não quisesse transparecer o nervosismo, não conseguia encaixar o ataque.

Aos 9 minutos um voleio de Nikão quase empatou o jogo. Já na segunda metade do segundo tempo, o Furacão partiu pra cima, colocando o tricolor baiano todo em seu campo de defesa, crescendo no jogo com o apoio da torcida que compareceu em razoável número ao Estádio.

Mas o Atlético não conseguiu converter e teve que decidir nos pênaltis. Todos os chutes foram convertidos pelo lado do Furacão, com especial destaque para os chutes de Lucho e Pablo que finalizou a sequência de cobranças em grande estilo.

Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

 

Pelo Bahia, logo na primeira cobrança um presente dos deuses do futebol para um “Santos”: Vinícius (atleticano de berço) chutou no canto direito, no que o arqueiro rubro-negro pulou para o mesmo lado, impedindo a conversão.

Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

 

Em seguida, Zé Rafael mandou um balaço por cima do gol, convertendo apenas com Edigar Júnio (ex-Atlético).

Assim, com o placar de 1 a 1 e 4 a 1 nas cobranças de pênalti o Furacão conseguiu a classificação para a semifinal do torneio Sul-Americano de 2018.

Estamos entre os quatro melhores da América com méritos e candidatos, sem dúvidas, a irmos à final, disse Tiago Nunes em entrevista coletiva.

 

O Atlético enfrentará o Fluminense na semifinal, sendo que o jogo de ida acontecerá na Arena da Baixada, já na próxima semana.

O INFERNO É AQUI

Sem poder fazer a festa no seu lugar de origem, a torcida Os Fanáticos organizou uma recepção aos jogadores na entrada da Baixada.

Com sinalizadores, fumaça, foguetes, bandeiras e bateria – tudo o que é proibido e abominado pelo Presidente MCP – os torcedores mostraram onde fica o inferno: AQUI.

Foto: Isabelle Salemme/Atleticaníssimas

 

Pra cima Atlético!!!

Por Daiane Luz