HORA DE SACUDIR A POEIRA, ANALISAR OS ERROS E CORRIGIR

 

HORA DE SACUDIR A POEIRA, ANALISAR OS ERROS E CORRIGIR

 

É, ninguém gosta de perder, ainda mais em casa. Quem dirá para rival, piorou ainda se o rival não anda bem das pernas nos últimos tempos. Mas o futebol tem dessas. Nem sempre ganha o melhor, ou o que gastou mais, ou o que é julgado favorito. Ganha quem se esforça mais, e numa disputa de pênaltis, quem tem mais preparo ou mais sorte. Para a diretoria pode ser um Paulistinha, mas torcida nenhuma quer ver seu time entrar num  campeonato e ser eliminado em casa. Quem acha isso normal deve ter algum problema.

 

O  esquema já manjado de Felipão com tantos volantes gerou muitas críticas, mas sabemos que esse é seu estilo e dificilmente irá mudar.

 

A torcida como sempre fez sua parte: lotou estádio, fez mosaico, incentivou os 90 minutos, mas dentro de campo não tivemos a mesma resposta. Claro que o adversário tem seu mérito, mas o Palmeiras que vimos não foi um Palmeiras determinado a se classificar.

 

Terminamos com mais um empate, 0 a 0 que poderia ter sido 1 a 1, porém tivemos os gols anulados dos dois lados. E polêmica, claro, como não poderia deixar de ser. Apesar da afirmação do VAR, as anulações foram duvidosas. A partida foi para os pênaltis, como se já não estivesse sofrida o bastante.

 

Após mais um empate, Palmeiras perde na cobrança de pênaltis e dá adeus ao Campeonato Paulista. (Foto: Bruno Ulivieri/O Fotográfico)

 

A derrota e eliminação estão aí, e com ela começamos a caça às bruxas. Os dedos se apontam para quem julgamos culpados. Mas, é possível ganhar todas? Sabemos que não. E tenho certeza que a insatisfação maior não é nem a eliminação em si, mas o futebol que é apresentado por um elenco recheado de jogadores caros.

 

O primeiro tempo foi de velocidade, muita correria e algumas chances de gol. O Verdão pressionou no início, mas não conseguiu manter o ritmo que devia, afinal estávamos em casa, com apoio da torcida, tem que ir para cima e impor o ritmo de jogo, tentar anular o adversário. Dudu decepcionou mais uma vez numa partida importante e teve uma atuação totalmente abaixo de sua média. A defesa do São Paulo estava fechada, e a ofensiva do Palmeiras não era eficaz. A situação do ataque está tão ruim, que a primeira chance veio com Gustavo Gómez, que subiu para cabecear após cruzamento de Deyverson. Aos 12 minutos Ricardo Goulart pegou um rebote e mandou para a área adversária, mas a bola foi travada pela zaga. Porém o time alviverde não desistiu, e aos 15 minutos, Deyverson recebeu livre após cobrança de escanteio, mas mandou para fora. No entanto, após tantas tentativas, o rendimento palestrino caiu. Aos 44 minutos, Prass salvou um chute de Antony. E foi essa toda a movimentação da primeira etapa. A defesa alviverde precisa como sempre, só que além de não tomar gols, a gente precisa fazer, afinal, empates não garantem vitória.

 

Na volta do intervalo não tínhamos mudado muito o jeito de jogar, enquanto o adversário estava se arriscando mais no ataque, até que Liziero conseguiu furar a defesa e marcar, porém o gol foi anulado após o VAR ser consultado. Demorou até a decisão ser tomada, mas jogo que segue. E o susto parece ter acordado o Verdão, que resolveu jogar para frente e se arriscar também. Deyverson chegou a desviar perigosamente para o gol, mas Volpi conseguiu espalmar e evitar o gol alviverde. Logo na sequência foi a vez de Scarpa carimbar a trave. Parecia que finalmente o Palmeiras tinha entendido qual era o objetivo.

Até que nosso alívio veio, e foi embora logo em seguida. Deyverson recebeu de Diogo Barbosa e mandou para o fundo das redes, mas a posição de impedimento foi assinalada e confirmada pelo VAR, e o gol anulado. Na tentativa de melhora, Scolari tirou Scarpa para colocar Zé Rafael.

O Verdão insistiu nos minutos finais, e o camisa 8 chegou a assustar com um chute cruzado, mas o jogo infelizmente se encaminhou para os pênaltis.

Deyverson merece destaque na tarde desastrosa, foi quem procurou alternativas e buscou jogar pra frente. (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)


 

Não bastasse a decisão nos pênaltis para termos mini infartos, Felipão ainda resolveu esconder a lista de quem ia bater. Os escolhidos ficaram sendo conhecidos somente ao se dirigir para as cobranças. Para nossa surpresa, nem Dudu nem Deyverson estavam entre os batedores. E para nossa infelicidade, perdemos nas cobranças alternadas.

 

Bruno Henrique, Gustavo Gomez, Luan e Diogo Barbosa converteram as cobranças alviverdes, enquanto Ricardo Goulart e Zé Rafael viram as suas pararem nas mãos de Volpi. Prass ainda defendeu uma (de Volpi inclusive), mas não foi o suficiente para que pudéssemos seguir.

 

Felipão xiou, reclamou do VAR, que no jogo de ida invalidou um pênalti a favor do Verdão. Mas precisamos reclamar menos e trabalhar mais. Precisamos acertar o ataque, calibrar as finalizações. O  Palmeiras não foi eliminado apenas no jogo de volta, não fomos suficientes no de ida também.

 

Zé Rafael ficou abalado após ter sua cobrança defendida, mas de todos os “culpados”, ele é quem tem menos culpa, mal jogou no campeonato e entrou no meio da fogueira. Sabemos que penalidade depende de uma combinação de treino sorte e emocional. O certo era ter matado o jogo nos 90 (180) minutos.

 

Agora é acertar os erros e virar a chave para a Liberta. O Palmeiras enfrenta o Junior Barranquilla no dia 10/04, às 21h30, no Allianz Parque.

 

#AvantiPalestra #Paulistão2019acabou #VamosVerdão

 

Por Vânia Souza