INCRIVELMENTE BIZARRO PERDER UM CLÁSSICO ASSIM

 

Segundou com mais uma derrota do América-RN diante do seu rival, no Maria Lamas. Por 2x1, venceu o time de Diá. Com o resultado desta segunda-feira (31), o Alvirrubro pode dar adeus ao estadual, a menos que opere um milagre na próxima segunda (07). Mas, particularmente, eu não acredito em milagres.


FOTO: Canindé Pereira/América FC

 

Soa clichê dizer que o gosto da derrota, por si só, é amargo. Mas, de fato, é essa amargura que vocês irão sentir nas entrelinhas desse texto. Não há muito o que falar dessa apresentação medíocre, onde pairou a desordem e a imprecisão.

Definitivamente, Lelê não merece vestir a camisa 10 e tem mostrado isso em vários jogos. Zé Eduardo vale ouro e não desperdiça oportunidades de marcar. E, Romarinho, além de ter dado uma movimentada no jogo, assustou o goleiro alvinegro. Mas, infelizmente, o desempenho abaixo do esperado (e ideal) resultou na nossa derrota.

Visivelmente a equipe adversária estava mais organizada, jogando com aquela “vontade”. Sabe qual é? Vou explicar... Há um entendimento pacificado de que um clássico transcende a competição na qual está inserido. E nada importa mais do que vencer, principalmente, se outras coisas dependem de tal resultado. É o caso.

Estarmos na final e termos calendário em 2021 para Copa do Brasil e, na pior das hipóteses, Série D, conta muito. Mas o torcedor americano tem um profundo sentimento pela Copa do Nordeste, até pelo fato de sermos o único time do estado com o título Campeão dela (1998). Então, a possibilidade de ficarmos fora é extremamente dolorosa.

Enquanto houver 1% de chance, teremos fé. Porém, não serei hipócrita em negar: minha fé está abalada. Pois, apesar de saber que temos um bom elenco e um investimento pesado para alcançar nossos objetivos, ver uma sequência de jogos mornos, com vitórias meia-boca e falhas tão bobas, é desestimulante.

Me preocupo com a individualidade de alguns atletas, que querem resolver sozinhos, e acabam não fazendo um trabalho dinâmico como deveria ser. Até que ponto isso pode nos prejudicar? Longe de mim afirmar qualquer coisa, mas será que esse tipo de atitude não está mais pro lado da “promoção pessoal” do que somar à equipe? ESPERO QUE NÃO.

Já é muito triste a ideia de que possa existir jogador egoísta, mas, me espanta ainda mais algumas conversas sobre possíveis panelinhas dentro do elenco. Contudo, o fato é que as coisas vão mudar por aqui.


FOTO: Pedro Vitorino/ACERN

 

Com o resultado negativo, tivemos a dispensa do técnico Roberto Fernandes. E, prontamente, Paulinho Kobayashi chega nesta terça-feira (01), à capital para comandar o grupo. Claro que ele precisará de tempo para implementar seu modelo de jogo, mas me conforta saber que ainda temos algum tempo até o início da Série D.

Koba é conhecido pela torcida (que há algum tempo já cogitava seu nome), e tem se destacado à frente de vários clubes brasileiros. Notadamente, uma das principais referências é o Imperatriz-MA. Conhecendo o seu trabalho, penso que a escolha pode ser muito benéfica ao Dragão e desejo boas vindas ao professor.

Sem mais, desejo que esse “show de horrores” tenha se encerrado hoje. Precisamos de comprometimento e dedicação total, do contrário, tudo será em vão. Lembrando que se houver um trabalho conjunto, poderão escrever uma linda história no Mecão e isso agrega a todos.

 

Honra essa camisa, meu Poderoso Mecão!

 

Por Amanda Oleinik

 

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna, não refletem, necessariamente, a opinião do Blog Mulheres em Campo.