JÁ ACABOU, PALMEIRAS?!

Alguém consegue explicar o que aconteceu ontem no Palestra? alguém sabe dizer se esqueceram de avisar ao elenco que não deveriam ter almoçado feijoada com o calor que estava fazendo e com um clássico para jogar?

Não dá pra defender ninguém, todo mundo errou ontem, o time todo foi péssimo. E ainda acham errado a torcida vaiar, como se tivéssemos que ter paciência infinita porque foi campeão ano passado.

Para variar, o ataque não conseguiu fazer seu trabalho e o Palmeiras praticamente não teve finalizações durante a partida. Manteve boa posse de bola e teve boas chances, mas que não foram aproveitadas. Até Dudu desperdiçou chances, mas foi ele mais uma vez o desafogo do time.

E o Borja? Não sei nem mais o que dizer dele, é cada lance errado, chance perdida, gol desperdiçado que a gente nem acredita que algum dia ele já foi artilheiro de Libertadores.

Felipão deveria fazer um treino só de finalização, 24hs chutando no gol, pra ver se acham o caminho, porque tá complicado.

Até saiu um gol palmeirense, mas que não valeu de nada. Aos 6 minutos Felipe Pires conseguiu mandar a bola para a rede, mas o lance já estava paralisado, devido uma trombada de Borja no goleiro santista (não faz gol e ainda atrapalha os coleguinhas).

Uma das melhores chances alviverdes veio aos 41 minutos do primeiro tempo, após cruzamento de Raphael Veiga e chute rasteiro de Victor Luis, a bola sobrou limpa e sozinha para Borja finalizar, Éverson já estava caído, era só mandar pra dentro...mas nãaaao! O colombiano se atrapalhou, e num carrinho desesperado meteu a bola pra cima do zagueiro, que tirou em cima da linha.

 

Mais um lance inacreditável.com de Borja. (Foto: Marcos Riboli)


 

Foram oito rodadas, e apenas sete gols. Um número muito abaixo do esperado. Essa má fase do Borja parece que não tem data para acabar. Deyverson cumprindo suspensão, Arthur Cabral não foi inscrito, Goulart ainda não está 100%, Felipe Pires e Carlos Eduardo ainda não mostraram ao que vieram. Aguardemos, e oremos, por dias melhores para esse ataque.

Podemos estar sendo chatos com tantas cobranças no começo da temporada, mas vale lembrar que dos grandes paulistas o Verdão é o único que ainda não teve outros compromissos fora o Paulistão, então tempo para treinar tem de sobra.

O segundo tempo foi mais equilibrado, mas também sem muitas finalizações do lado verde. A primeira oportunidade da segunda etapa foi alvinegra, mas nosso arqueiro defendeu com tranquilidade. Logo após, Raphael Veiga arriscou uma bomba de longe, que explodiu na zaga. O próprio jogador pegou o rebote, mas não conseguiu concluir a finalização. O camisa 23 foi substituído por Ricardo Goulart.

Se o ataque não está bom, graças a Deus a defesa vai muito bem obrigada, e Weverton fez ótimas defesas, protegendo bem a meta alviverde. O Palmeiras aproveitou o contra-ataque e Dudu meteu uma cabeçada à queima-roupa, que parou na impressionante defesa de Éverson.

 

Dudu e Victor Luis foram os mais regulares em campo. (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)


 

O Palmeiras ainda insistiu, e aos 34 minutos Gustavo Gómez assustou com uma cabeçada (se o ataque não faz, a zaga toma partido), mas a bola quicou no chão e facilitou a defesa de Éverson. Pensa num gol difícil de sair esse nosso, aliás impossível, porque não saiu mesmo. Terminamos com mais um empate.

As polêmicas do clássico ficaram por conta de dois lances: uma reclamação de pênalti não marcado e uma confusão entre Moisés e Gustavo Henrique. Em relação ao pênalti, pelos ângulos mostrados nota-se que o zagueiro alviverde não foi com a mão na bola, mas que foi lance de bola na mão.

Posso estar errada, mas por onde vi o lance, o pênalti não existiu. O outro lance, ainda no primeiro tempo, aconteceu após uma falta dura de Jean Lucas. As duas equipes começaram a se estranhar, e Moisés e Gustavo trocaram empurrões e puxões de camisa, até que o zagueiro santista acerta o meia alviverde no rosto, mas a cena passa despercebida pela arbitragem. Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos.

 

Teve treta no clássico da saudade, mas gol que é bom, nenhum. (Foto: Felipe Zito)


 

Moisés acabou sendo substituído aos 32 minutos do segundo tempo, sentindo dores no joelho após sofrer forte entrada de Yuri. O jogador deixou o gramado mancando e deverá ser avaliado pelo departamento médico. Outro que deixou o campo machucado foi o zagueiro Luan, que sentiu dores na coxa esquerda após disputa com González, sendo substituído por Antônio Carlos.

Após mais um decepcionante empate, esperamos que bigode máster revise o time, escalação, jogadas e principalmente finalizações. Enquanto temos a melhor defesa, o ataque é só tristeza e lamentos.

O Verdão volta a entrar em campo na próxima quarta-feira (27), contra o Ituano, às 21h30, também em casa.

#AvantiPalestra #Paulistão2019 #VamosVerdão

 

Por Vânia Souza