LA CASA DE PAPEL MINEIRA – UM ASSALTO, “DESARMADO E AMPARADO”, EM CAMPO!
Foto: Mourão Panda/ América FC
O clássico comemorativo dos 300 anos de Minas Gerais, na noite desta quarta-feira (2), não poderia ter um desfecho pior… Não pelo placar desfavorável ao América, por 2 a 1, contra o Cruzeiro – MG, mas pelas circunstâncias do jogo. Campeonato Brasileiro da Série B, 25ª rodada, o vice-líder recebendo o 16º colocado, na Arena Independência. O clássico foi marcado não pela data comemorativa, não pela vantagem americana e momentos opostos pelos quais os rivais passam, tão pouco pela recente recuperação dos visitantes… Não! Mais uma vez, em uma série de cinco jogos, a arbitragem conseguiu “roubar”, literalmente, a cena e protagonizar o maior e mais escandaloso dos últimos “assaltos” ao América!!
A polêmica começou cedo… nos primeiros minutos, houve uma jogada na área e Adriano, do time azul, bateu a mão na bola, o juiz apenas seguiu e não assinalou a penalidade para o América, mas o pior estava por vir… o time alviverde dominava a partida, inclusive tinha mais do dobro de posse de bola (67% x 33%), enquanto o time azul fazia faltas e parava as jogadas americanas quase que “na porrada”.
O Coelho pressionou desde o primeiro minuto, foi para cima do rival, criando chances, só que aos doze minutos… o juiz Dewson Fernando Freitas da Silva (vamos destacar o nome do árbitro desta vez, na nota e no pós) marcou um pênalti não existente para o Cruzeiro. Rafael Sobis bateu a penalidade e abriu o placar, 1 a 0 para os visitantes. Lisca, que não é de ficar calado, principalmente quando está certo - por isso é “tachado de doido”, questionou a arbitragem insistentemente pelos lances… resultado? Levou um cartão amarelo e em seguida o vermelho. Lisca foi expulso logo aos 16 minutos e o time se desestabilizou, claro, mas não deveria ser assim! É preciso ter equilíbrio emocional nessas horas…
Como psicóloga, não posso deixar de pontuar que Lisca precisa se controlar nesse quesito, principalmente para que o time continue seguro, mas são recorrentes as falhas da arbitragem contra o América e ninguém tem “sangue de barata”, nem torcedores, nem jogadores, muito menos técnicos! O técnico americano seguiu assistindo a partida da arquibancada, enquanto pode. Muitas câmeras, jogo sendo transmitido por vários canais, sem V.A.R...falhas gritantes da arbitragem! No entanto, o jogo seguiu e o América continuou criando chances, mas sem conseguir igualar o placar e tentar a virada.
Na volta do intervalo, o que aconteceu foi o adversário aumentar o placar com Manoel, em uma cobrança de escanteio. Com a cabeça mais fria...(talvez?), os donos da casa não se intimidaram e permaneciam pressionando e buscando o resultado. Até que, aos 15 minutos, a partir de cobrança de falta de Daniel Borges, Anderson marcou de cabeça o único gol americano da noite. Márcio Hahn, auxiliar de Lisca, fez algumas substituições e, apesar da força e pressão americana, o placar ficou mesmo 2 a 1.
Ok, que mesmo com o resultado adverso, a equipe continua na vice-liderança, mas a partida foi comprometida e esses três pontos podem fazer toda diferença futuramente. Agora, após essa "tragédia", esperamos que a diretoria se posicione e seja mais ativa em relação a essas atitudes que prejudicam, diretamente, o desempenho do clube no campeonato.
Sem tempo para mais questionamentos, é respirar fundo, se preparar bem e focar no compromisso de sábado (5), às 18h30, contra o CSA – AL, no Estádio Rei Pelé, em Maceió (AL), e torcer para que, dessa vez, os protagonistas sejam os jogadores e a bola, não a arbitragem.
América 1×2 Cruzeiro-MG
Campeonato Brasileiro Série B – 25ª rodada
Local: Arena Independência, Belo Horizonte
Árbitro: Dewson Fernando Freitas da Silva (CBF/PA)
Auxiliares: Marcio Gleidson Correia Dias (CBF/PA) e Helcio Araujo Neves (CBF/PA)
Gols: Rafael Sobis e Manoel (Cruzeiro-MG); Anderson (América)
Cartões amarelos: Juninho, Lisca, Rodolfo, Léo Passos (América); Matheus Pereira, Rafael Sobis, Airton, Lucas França, Jadsom, Ramon, Manoel (Cruzeiro-MG)
Cartão vermelho: Lisca (América)
América
Matheus Cavichioli; Diego Ferreira (Daniel Borges), Messias, Anderson e João Paulo; Flávio (Marcelo Toscano), Juninho (Felipe Augusto) e Alê; Felipe Azevedo (Calyson), Ademir e Rodolfo (Léo Passos).
Técnico: Lisca
Cruzeiro-MG
Fábio; Raúl Cáceres, Ramon, Manoel e Matheus Pereira; Jadsom Silva, Adriano e Filipe Machado (Jadson); Airton, William Pottker e Rafael Sobis (Thiago).
Técnico: Luiz Felipe Scolari
Por Mellina Mesquita, torcedora e colunista do América - MG
*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo