LA NOCHE DE BENEDETTO
“MINHA MÃE SEMPRE ME APOIOU, DEVE ESTAR CONTENTE LÁ EM CIMA, ELA É MEU PILAR. MINHA ESPOSA, MINHA FAMÍLIA, TODOS QUE ESTIVERAM COMIGO NA LESÃO. SOU AGRADECIDO A ELES TODOS.”
Pipa Benedetto
Fonte: @bocajrsoficial
Uma noite magistral, uma noite espetacular. La Bombonera lotada, milhões de corações esperançosos com um triunfo para encaminhar mais uma vaga à final de uma Copa Libertadores.
O futebol é mágico, nos proporciona momentos intensos de alegria, fazemos loucuras por esse amor e quem é que entende? Somente quem compartilha da nossa paixão!
MAS SERÁ O BENEDETTO?
Sim, o dono da noite foi ele, Darío Benedetto. Há 339 dias não gritavamos um gol dele. Ele se lesionou gravemente, voltou às atividades, sentiu a lesão novamente e foi voltando aos poucos, tanto que começou no banco de reservas. Nunca deixamos de bancá-lo. Nunca deixamos de acreditar que ele veste nossa camisa como ninguém. Não víamos a hora da volta dele, de gritar como nunca esses gols. Pipa sabe o que significa ser Boca. Pipa vive a lo Boca.
O JOGO
A proposta xeneize foi colocada em prática. Se lançar ao ataque, pressionar o adversário, mostrar quem era o dono da casa. Pablo Pérez apoiava o ataque e levava perigo. O Boca atacava e lançava bolas na área. Dudu pelo lado palmeirense também tentava, mas lá atrás tinha o paredão Rossi, que estava em noite inspirada e defendeu tudo e mais um pouco. Olaza também arriscou chute de fora da área, mas Weverton estava seguro e também fazia grandes defesas.
Aos 23 minutos do segundo tempo por sorte os brasileiros não abriram o placar. Dudu recebeu a bola no meio, armou o chute e a bola foi para fora, assustando a todos nós.
O milagre estava por acontecer. Era chegada a hora de Pipa Benedetto entrar na partida e fazer-nos soltar o grito de gol que estava entalado na garganta.
Aos 36 minutos, cobrança de falta a nosso favor. Numa cobrança magistral, Weverton se esticou todo e fez uma defesaça, mandando a bola para escanteio. A hora do gol chegou. Bola lançada na área, Pipa ganhou a disputa no alto e foi só correr para o abraço. Tinha passado a agonia. As tribunas explodiram, em todo canto era gente gritando gol e chorando de emoção. Queríamos mais? Siiiiiiim. Aos 43 ainda em êxtase pelo gol que já tínhamos em vantagem, Pipa recebeu a bola na frente da grande área, cortou, ajeitou e... cantálo cantálo cantálo cantálo.... gooooooooooool. Weverton deve estar procurando essa bola até agora.
Foto: @libertadores
Nessa hora quem estava chorando de alegria, de emoção era eu. Nao aguentei.
Depois de 339 dias gritamos não um, mas dois gols dele.
E pensar que o Palmeiras teve a chance de nos deixar de fora e não o fez...
Foi uma vitória linda. Uma vantagem boa de gols de diferença conquistada na raça, na garra, no comprometimento, com os jogadores deixando a alma e o coração dentro das quatro linhas. E nós aqui fora.... aaaaaah, nós aqui estamos com a ilusão de conquistar a sétima taça. Nunca deixamos de apoiar o time nas horas ruins. Esses foram os primeiros noventa minutos dos cento e oitenta que serão jogados, mas não deixamos de confiar que a vaga será nossa.
Em entrevista após a partida, o dono da noite Benedetto falou:
“Gostei muito do segundo gol, mas fico com o primeiro. Foi um desabafo para mim depois de muito tempo voltar a marcar, ainda mais em uma semifinal.”
Guillermo também falou:
“A equipe foi inteligente. Ganhamos uma partida mas Ainda faltam noventa minutos a serem jogados.”
Nós torcedores estávamos ansiosos por esse jogo. Ansiamos por mais uma final de Libertadores e por mais um título.
Queremos dar a volta. Não deixaremos nunca de acreditar nos nossos jogadores. Vemos o empenho, a alma e os "huevos" que colocam em campo.
Foto: @bocajrsoficial
Muitos não entendem meu choro, mas é um choro de alegria. Uma emoção incontrolável ver meu time vencer a primeira das duas partidas. Não me importa o que digam, pelo Boca eu deixo a vida.
Vivo essa loucura que é ser Boca da melhor maneira possível. E no dia que eu morrer, vou alentar o meu time de onde eu estiver.
A Lo Boca Se vive Mejor
Por Adriene Domingos