LEMBRO DE 2018

 

Texto emocionado da torcedora Ana Flávia Weidman retratando o momento épico que vive o Clube Atlético Paranaense.

 

(Foto Site Cap)

 

"Hoje é um daqueles dias que “passa um filme na cabeça da gente...”.

Ficamos emotivos quando estamos prestes a colocar a mão num caneco. Ainda mais quando o caneco é da grandeza de uma competição continental. E daí é natural que nos venham à memória outros grandes momentos dessa vida atleticana.

Lembro com riqueza de detalhes do meu 1º jogo na arquibancada. Era outubro de 1993 e eu tinha 10 anos. Foi na Vila Capanema. Vencemos o Paraná por 4 X 0. Choveu. Eu lembro de absolutamente tudinho daquela tarde que forjou a minha alma atleticana!

Lembro de quando pisei pela primeira vez na Baixada e de como fiquei por um bom tempo sentada em cima daquele escudo de azulejos que tinha ao lado do ginásio, apreciando cada detalhe do nosso estádio.

Depois, lembro do ano da virada, 1995, das arquibancadas tubulares, da campanha Atlético Total (eu ainda tenho aquela camisa – e ela é das ganhadeiras!). Lembro dos tijolinhos da antiga Baixada. Dos polacos e do helicóptero. Da camisa suja de sangue do Ricardo Pinto em 1996.

Lembro do 1º título que vi o Atlético ganhar de dentro do campo, em 1998 lá no Pinheirão. Lembro da explosão de alegria com a isolada do Régis e com o canhão de Dedé. Foi também a primeira vez que tenho lembrança de ter visto gente chorando na arquibancada. Eram 4 amigos, todos certamente com mais de 60 anos. Essa é das imagens de estádio que não me saem da cabeça.

De 2001 sinto arrepiar cada pedaço do corpo com as inúmeras lembranças!

Tivemos ainda 2004 e 2005. Minha nossa, vivemos Erechim e passamos muito frio naquela 1ª partida em Porto Alegre. Essas são lembranças que ainda machucam. Daquelas que julgo insuperáveis.

Tivemos 2013 e ficou de boa lembrança o show da nossa torcida no Maracanã, que por sinal, é muito nosso!

Vão passar os anos e eu vou acrescentar a essa lista – 2018. Vou lembrar de Tiago Nunes, um cara que parece que nasceu ali no Água Verde e cresceu vendo os jogos do Atlético ao lado do avô, de tanto que o cara entende e vive o Atleticanismo. O Atlético do “Seo" Tiago Nunes é o Atlético da nossa alma, é exatamente o que muito bem ele cunhou de TIME DE GUERRA.

O fim desse 2018 entrará para a história. Esse Atlético entrará para a história. Não sei explicar muito bem, mas não parei de sorrir um só minuto enquanto escrevia esse texto. Certamente não deixarei de sorrir quando me lembrar dele. O caneco vem!"

 

Por Daiane Luz