MAIS UMA GOLEADA E O CORTE DE CABEÇAS

 

Foto: Rui Santos/Paraná Clube

 

A apatia mais uma vez foi o principal personagem em uma partida do Paraná Clube. O Tricolor entrou em campo para encarar o Vitória e, mais uma vez, amargou uma derrota. O placar elástico de 4x1 para o adversário foi o suficiente para acabar de vez com a paciência do torcedor e derrubar o técnico Rogério Micale após 6 rodadas no comando do time.

Fica um pouco complicado fugir das críticas mais duras quando estamos há 6 rodadas sem apresentar o mínimo esperado de futebol para um elenco que se diz profissional. Desde a entrada de Micale no comando, tivemos apenas 5% de aproveitamento. São 5 derrotas e 1 empate na conta do treinador e do elenco.

Nós sabemos que, com as peças que temos hoje, existem muitas limitações e, nem de longe, estamos entre os melhores times da competição, mas sabemos também que ninguém desaprende o que sabe jogar. Se não estamos entre os melhores, não estávamos entre os piores – ou, pelo menos, não estávamos até os jogadores decidirem que não queriam mais jogar.

Ficou muito nítido que o time inteiro não aprovou a chegada de Micale e, da noite para o dia, não sabem mais dominar a bola, passar, correr, chutar, e esse é o maior problema. Esse é o erro que pode nos levar a um ponto tão crítico que se torna irreversível.

 

Foto: Rui Santos/Paraná Clube


Pessoas chegam e pessoas vão. O Paraná Clube sempre fica, e é pelo Paraná Clube que nós, torcedores, precisamos lutar. Criticar e reclamar não é sinal de falta de amor ou falta de apoio. As nossas críticas surgem exatamente porque sabemos que podemos mais, sabemos que é necessário fazer mais e que temos capacidade para isso. Não podemos mais ser coniventes com absolutamente tudo como se estivesse tudo bem.

Cabe aqui também um momento de indignação com a fala de Fabrício em relação à arbitragem. Sim, amigos, concordo que tivemos erros na partida, mas querer terceirizar a culpa pela derrota, ao meu ver, chega a ser uma piada das piores possíveis.

Nossa situação é a de um time sem garra, sem vontade, sem identidade e que não almeja nada. A esperança agora é de que, com a chegada de um novo técnico, o time todo coloque a mão na consciência e passem agir como os profissionais que são pagos para ser.

Que não sejamos mais coniventes com todos os erros e absurdos que acontecem no Paraná Clube.


Por Gabrielle Bizinelli


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