MINHA IDADE NÃO PERMITE MAIS ESSE TIPO DE JOGO

Oi Deus, sou eu de novo. Sei que ultimamente minha listinha de pedidos anda extensa, mas é o Santos e neste caso toda ajuda é bem vinda! Prometo não xingar muito durante os noventa minutos... 

 

(Foto: Ivan Storti/SantosFC)

 

Na tarde deste domingo o Peixe recebeu o Flamengo, na Vila Belmiro, e o destaque da partida foi aquele senhor que veste amarelo e corre no meio dos jogadores ora para prejudicar ora para atrapalhar. Com dois gols anulados no primeiro tempo, cartão amarelo a torto e a direito, reclamação e uma enrolação sem fim, saiu vitorioso! Placar final: árbitro 135 x 0 Santos.


 

O JOGO

O Peixe entrou em campo com Raniel no lugar de Kaio Jorge e eu só consegui pensar na promessa de não xingar muito. Quando Pará encontrou o atacante alvinegro livre e ele abriu o placar meu coração quase parou, não é possível que queimaria a língua logo nos primeiros minutos. O gol foi logo anulado pelo árbitro com ajuda do VAR, e aqui eu soube que meu domingo seria tenso.

 

Um Santos muito, muito melhor em campo, continuou buscando os três pontos. Logo, mais um gol na conta do árbitro. Seis minutos depois Marinho marcou o segundo que seria o primeiro e acabou não sendo nenhum. Jobson, que nem tocou na bola, estava impedido. Tudo isto com quinze minutos de bola rolando.


 

O tempo perdido com a análise do VAR é ridícula, esfria o jogo, estressa o torcedor e acaba com qualquer perspectiva de espetáculo em campo. Um jogo chaaaato, enrolado, demorado, todos os ados que este ser (imaginem aqui um elogio que a ética não me permite escrever) merece, aliás ele estava mais de enfeite e para atrapalhar do que para qualquer outra coisa.

 

No final do primeiro tempo, num contra ataque fatal Gabriel abriu o placar para o adversário e ironicamente desta vez o gol valeu. Depois disto bate boca e cartão amarelo para todo lado, sobrou até para o técnico santista, por reclamação. Marinho cobrou falta nos acréscimos já, mas nada que mudasse meu humor. Atrás no placar, fomos para o vestiário. 

 

Voltamos para a segunda etapa com a mesma formação e tão impaciente quanto o primeiro tempo, o jogo começou truncado, alvinegros pilhados e o bendito senhor de amarelo disposto a atrapalhar. Deus, por favor! Cinco minutos e ele já estava parando o jogo de novo, para analisar coisa nenhuma.

 

Aos vinte e cinco minutos Cuca começou as mudanças na esperança de organizar o sistema ofensivo do Peixe, Carlos Sánchez e Jobson saíram para a entrada de Jean Mota e Lucas Braga. O Jogo deu uma boa esfriada. Kaio Jorge entrou no lugar de Raniel que, acredito eu, precisa dar uma estudada sobre regras de impedimento, mas com certeza foi um dos melhores em campo esta tarde. Nos últimos minutos Ivonei entrou no lugar de Felipe Jonatan, mas o jogo, embora muito bom, não trouxe o gol do empate. Finalmente o ser apitou pela última vez, sobrevivi e perdi minha vaga no céu.

 

Destaque:

Para o meu goleiro lindo, é claro! O que é este menino, deoos? O Santos se comportou muito bem em campo, todos buscando, criando oportunidades e chances claras de gol, mas não posso deixar de enaltecer a contribuição de João Paulo. Salvou o Peixe em vários lances e merece titularidade absoluta na meta alvinegra.

 

Com este resultado o alvinegro soma sete pontos e está na décima posição na tabela. Na próxima rodada recebe o Vasco, na Vila Belmiro, na quarta-feira às 20h30 (de Brasília). Texto escrito na força do ódio. Seguimos.

 

 

Por Andra Jarcem, com o Santos onde e como ele estiver.

 

*Esclarecemos que o conteúdo trazido nesta coluna não reflete, necessariamente, a opinião do Blog Mulheres em Campo.