NA MINHA CIDADE QUEM MANDA SOU EU!

 

Tudo normal em Campinas. Em Campinas continua tudo normal! Foi mais na raça do que na técnica, foi no coração.

Foi aquele 1 x 0 no sufoco, doído é pesado, mas que poderia ser só meio a zero, o importante ali era só a vitória. E ela veio com um sabor maravilhoso. 

 

Foto: Ponte Preta

 

Em dez dias, a macaca foi de vice líder a décimo primeiro colocado. E nada melhor do que ganhar do seu maior rival para ver o sangue no olho do jogador. 

Hoje foi aquele dia bem atípico. Dia dos pais, aniversário da Ponte e dia de dérbi. Jogo às 11h da manhã, ninguém dorme. A barriga dói, as mãos começam a suar. 

A gente vai para o estádio sem ter muito o que falar, por que sabemos que o peixe morre pela boca e quem fala muito, geralmente faz pouco.

Nós vimos a torcida rival usar nossa camisa como tapete para ver o jogador adversário pisar, como se isso fosse enaltecer a raça de alguém. Funcionou, mas funcionou ao contrário. Serviu de apoio para o nosso elenco entrar ainda mais determinado. Serviu para o cara que foi o melhor em campo, dizer que a chateação momentânea em ver a imagem, se tornar ainda mais motivo para a vitória.

 

Foto: Alexandre Zancheta

 

Matheus Vargas que eu tanto critico aqui, deixou o dele como marca para dizer que ainda estamos na luta, que ainda podemos e que vamos sim comemorar, no dia 22 de novembro o nosso acesso.

Eu vi a alegria estampada nos olhos dos meus pais e de muitos outros pais Pontepretanos, que deixaram a família em casa para estar lá, ao lado da nossa macaca safada.

Nós sabemos a importância e o peso que essa partida tem para a torcida. Nós sabemos o quanto ela será decisiva para o fim deste primeiro turno. Não subestime meus jogadores, não subestime  minha torcida, não subestime minha macaca!

No dérbi 194, permaneceu tudo normal em Campinas.

 

Por Li Zancheta