NA QUINTA ESTAVA BOM, NA SEXTA PARECE QUE PIOROU!

Peixe abre o placar, relaxa e cede o empate, mas no finalzinho encontra um gol para salvar a madrugada de meia dúzia de idosos

 

O pesadelo de todo santista, além de dar de cara com o Ituano no Paulistão, é se ver diante de um time em crise e na lanterna do campeonato em um jogo importante, já que o Santos é especialista em ressuscitar defunto! Pelo tetra da Liberta, a batalha foi em Manta, no Equador, contra o Delfin em uma situação exatamente como a descrita acima, e adivinhem só!? Não é que desta vez o alvinegro venceu? O mundo está cada vez mais preocupante este ano. Com gols de Marinho e Jean Mota, o Peixe se aproxima das oitavas. 

 

(Foto: Staff Images/CONMEBOL)

 

O jogo:

 

A partida começou em uma pegada forte santista, bem posicionado em campo e no pique que gostamos de ver. Logo nos primeiros minutos Soteldo já teve uma ótima oportunidade de gol, com a bola passando pertinho da meta adversária. Antes do apito inicial, uma notícia preocupante, Madson sentiu um desconforto muscular e não ficou nem no banco de reservas, e será provável desfalque contra o Fortaleza, no domingo (27).

Aos 17’ a dupla mais entrosada dos últimos tempos, Soteldo e Marinho, acharam o caminho do gol. O baixinho fez uma jogada espetacular para o camisa onze cabecear para as redes, o primeiro gol do atacante na competição. O jogo seguiu em um ritmo digno de nos manter acordados, o adversário querendo resolver no grito e o alvinegro buscando marcar, faltou criatividade no meio campo. Aos 40 minutos, Carlos Rodríguez fez falta dura em Kaio Jorge e recebeu cartão vermelho. Minutos depois Cuca sacou Lucas Veríssimo, que já tinha amarelo e desfalca o Peixe no próximo jogo (da Liberta). Sentindo dores na coxa, Alex entrou no lugar. O Santos foi para o vestiário ainda na quinta-feira (24).

O Peixe voltou para a segunda etapa já na sexta-feira (25), e sem mudanças na escalação. Com um a mais em campo, os visitantes começaram pressionando, e os iludidos de plantão acreditaram que dava para matar o jogo. Marinho teve boa chance nos primeiros minutos, chutou muito forte e a bola foi para fora. Todo mundo tem direito de errar uma vez na vida, não é? Ao final do jogo, saiu de campo com o troféu de melhor jogador na partida, merecido.

A pressão santista não passou pela criação e não se concretizou em gols, e o futebol cobra caro por tantas chances desperdiçadas. Quem não faz, toma empate aos 29’, com gol de Rojas em uma jogada que você precisa rever o lance várias vezes de tão inacreditável. Quem não tinha dormido ainda, nessa hora xingou até a quarta geração de quem estava em campo. Incrível como santista não tem paz! 

Hora de mexer, dar um tempo para respirar e atualizar o vocabulário (vai que precisa xingar mais alguém). Saíram Carlos Sánchez e Kaio Jorge para entrar Lucas Lourenço e Jean Mota, que com um minuto em campo deixou o Santos na frente outra vez. Nunca critiquei! Brilhou a estrela do treinador, que vem conseguindo tirar leite de pedra nos últimos meses.

Como alegria de santista dura pouco, Luan Peres tomou um cartão amarelo e no próximo jogo faz companhia a Lucas Veríssimo. Os últimos minutos foram de tentar administrar o jogo, o senhor  Kevin Ortega, que pelo visto gosta muito da cor amarela, distribuiu mais alguns cartões até encerrar a partida. Fim de papo, por incrível que pareça não perdemos.

Próximo jogo é contra o Olimpia, no Paraguai, na quinta-feira (1), às 19h (de Brasília). O Peixe lidera o grupo com dez pontos e está com uma nadadeira na próxima fase. Pelo Brasileiro a batalha é contra o Fortaleza em casa e eu só consigo lembrar daquele “mas estava três a zero”... Chegou a nossa hora! Seguimos.

 

#rumoaotetradaLiberta

 

Por Andra Jarcem, com o Santos onde e como ele estiver.

 

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.