NA TRAVE

 

 

Foto: @oaugustooliveira


 

Saudações Azulinas, 

 

Na noite desta sexta-feira (29), às 21h30, o CSA esteve em Recife enfrentando a equipe do Náutico, pela última rodada da série B de 2020. A partida valia o acesso para a série A de 2021, mas infelizmente não deu para o Azulão do Mutange, pois além de vencer, ele precisava de um tropeço do Juventude diante da equipe do Guarani.

Como sabemos, o futebol é uma caixinha de surpresas, às vezes boas, às vezes ruins, mas nesse caso em específico não creio que nós azulinos tenhamos tantos motivos para ficarmos tristes. Afinal de contas, o time chegou mais uma vez à final, brigando por acesso.

Se levarmos em consideração o começo da competição, onde o time marujo começou aos trancos e barrancos, com o elenco quase todo infectado por Covid, na parte de baixo da tabela, chegando a ser o lanterna da competição, entenderemos que o CSA foi gigante em chegar à final da forma como chegou.

Em compensação, o nosso coração de torcedor sempre quer mais. Achamos que sempre tem o que melhorar e cobramos isso sempre que possível, mas como eu disse acima, o futebol tem suas surpresas e uma delas é a frustração.

Faço esse pós-jogo com a sensação de dever cumprido, apesar do time ter de fato, deixado a desejar nessa reta final, mas, quando falo em dever cumprido é sobre o orgulho que nós azulinos devemos ter de ver que o time foi guerreiro em boa parte da competição. 

Quem, em sã consciência, imaginaria que o Azulão chegaria à final desta forma? Muitos torcedores, na metade da competição, já davam o time como um dos rebaixados à série C, e mesmo com tantos obstáculos, conseguimos restabelecer a confiança no elenco e chegar a esta final com esperança de acesso.

Acredito que se não fossem os vacilos cometidos na fase final da competição, teríamos alcançado mais este objetivo, mas o futebol é isso. Uns erram, e outros se aproveitam dos erros. Foi o nosso caso CSA vacilou em partidas tidas como "fáceis" e deixou a equipe gaúcha se aproximar.

Tanto que, na partida desta sexta (29), não dependíamos apenas de nós mesmos como aconteceu em 2018, era preciso ir além. Vencer e torcer para um vacilo do Juventude, o que não aconteceu.

O Náutico, como já sabíamos, não facilitou a vida do CSA e o Guarani como era esperado, não dificultou a vida dos gaúchos, mesmo com o time tentando uma vaga na Copa do Brasil. E assim terminou a última rodada, Náutico x CSA empatados em 1 a 1, e o Juventude venceu o Bugre por 1 a 0, ficando com a última vaga do G4.

Agora é se organizar para a temporada 2021, que está às portas. Tentar começar o ano diferente de 2020, levantar a cabeça e entender que não tem nada perdido. Pelo contrário, mostramos mais uma vez porque somos conhecidos como o Maior de Alagoas.

Fica aqui o meu mais sincero agradecimento a ti Azulão do Mutange, por ser esse time guerreiro, que não se deixa abater na primeira dificuldade, e que já mostrou a todo o Brasil que não é fácil como pensam nos enfrentar.

Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima. Competição é isso, ter a consciência de que podemos ganhar ou perder, e acima de tudo a dignidade de entender que nem tudo é como a gente espera que seja, mas que não é o fim do mundo.

 

Avante Azulão!

 

Por Jenniffer Oliveira

 

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo