NADAMOS TANTO E MORREMOS NA PRAIA

 

Em um jogo onde fomos amplamente dominados, nosso caixão foi lacrado aos 44 do segundo tempo e demos adeus a um sonho.

 

(Foto: @nauticope)

 

Salve nação Timbuzeira!

 

Esse é um pós jogo escrito com um misto de emoções: tristeza, revolta, indignação e tudo o que mais tiver de triste. O sonho de toda uma vida foi jogado pelo ralo. Esse título da Copa do Nordeste era tudo o que queríamos. Fizemos jogos maravilhosos, vimos nosso ataque conseguir furar bloqueios adversários de uma maneira maravilhosa. Ficamos invictos durante vários jogos. Cada degrau que víamos o time subir era uma alegria intensa.

 

Impossível não chorar ao lembrar daquela derrota tenebrosa de ontem. Com o elenco que temos não era para passarmos sufoco com ninguém. Temos atacantes de qualidade, porém a defesa, que vinha mostrando solidez se deixou dominar de uma maneira inacreditável. Os donos da casa faziam o que queriam, dominavam todos os espaços, envolviam nossa equipe de tal forma que eu não podia acreditar. Infelizmente foi o fim da linha para nós.

 

O JOGO

 

Desde o apito inicial vimos um jogo onde as equipes estavam sedentas para chegar à final do Nordestão.

As chances de gol logo surgiram. Contamos com a sorte de Camutanga salvar em cima da linha o chute de Juninho. Também contamos com a sorte quando na cobrança de falta de Marcos Aurélio a bola explodiu na trave e foi para fora.

 

Nosso alvirrubro acordou e foi para cima com nosso ídolo Wallace Pernambuco, que teve a infelicidade de desperdiçar duas chances claras de abrir o placar. O Botafogo ainda teve tempo de atacar, mas os seus centroavantes (afobados), na hora de concluir a jogada, mandavam a redonda na direção da galera (para nossa sorte).

 

No segundo tempo viveríamos o horror e a frustração, mas não sem antes passar pela alegria. De tanto insistirem, os mandantes conseguiram abrir o placar com Nando, que saiu de frente para o gol, chutou, Bruno conseguiu defender em um primeiro momento, mas no rebote o atacante estava esperto e mandou para o fundo da rede. Botafogo 1x0 Náutico.

 

Não deu nem tempo deles comemorarem e nossos meninos trataram de correr atrás do nosso gol, que foi marcado cinco minutos depois por Tarcísio Martins, que chutou cruzado. O defensor Fábio Silva ainda tentou afastar, mas o nosso gol já estava anotado. Empate em 1x1 e o jogo pegou fogo.

 

Aos 22 minutos teve pênalti a favor dos paraibanos. E brilhou a estrela do nosso goleiro Bruno que defendeu (com maestria)  a cobrança feita por Fábio Silva.

Mas aí, depois de passarmos pelo purgatório e voltarmos para o céu, vivemos o inferno. Aos 44 minutos (cantando pouca coisa para acabar o jogo) fomos castigados. Em bola alçada na nossa área Juninho cabeceou e Bruno não conseguiu fazer a defesa. A vitória do time da casa por 2x1 foi decretada e não tivemos tempo suficiente para tentar igualar novamente a partida.

 

Vimos nossa chance de chegar pela primeira vez na final do regional ser jogada no lixo. Voltamos para Pernambuco com uma dor inexplicável. Seria algo histórico para nosso futebol pernambucano. Não é fácil, a derrota vai sim repercutir por bastante tempo mas chegou a hora de focar 100% no Brasileirão e ter o objetivo de colocar o Náutico no lugar dele, que é a Série A.

 

Na minha singela opinião o nome da noite foi nosso goleiro Bruno, que mesmo sofrendo dois gols, conseguiu fazer defesas lindas e importantes. Se não fosse por ele, o placar teria sido mais elástico. Eu o aplaudo e agradeço demais por tudo o que ele fez durante toda a competição. Foi por suas defesas que chegamos tão longe. Também foi em conjunto com os gols e assistências do nosso querido Wallace que tivemos a oportunidade de chegar onde chegamos.

Estou triste e magoada sim, mas vocês, rapazes, honraram nosso manto alvirrubro.

 

Somente com uma única competição a ser disputada pelo restante do ano, o Timbu volta a campo no próximo domingo (12), às 18 horas quando recebe o Ferroviário, no Estádio dos Aflitos.

 

Ah meu Timbu, como te amo.

 

#AquiÉNáutico

 

Adri Domingos