NÃO PODE VACILAR!

 

NÃO PODE VACILAR!

 

Tricolor abriu o placar no início, mas cedeu a virada aos cariocas

 

Embalado pelo triunfo na última rodada, o Tricolor de Aço, foi a campo encarar o pressionado Botafogo, em noite de homenagens a madrinha do samba, Beth Carvalho, que nos deixou na última terça-feira (30). O ritmo empolgou os tricolores e o gol não demorou a sair.

 

O pé quente, Arthur Caíque, guardou mais um neste Brasileirão. Depois de balançar as redes do Corinthians, o atacante de carrinho, estufou as redes botafoguenses logo aos 5 minutos.

 

Foto: Botafogo

 

Com a pressão das arquibancadas, já que o adversário não vencia desde março, quando derrotou a Portuguesa por 4 x 1, o Bahia tinha tudo para ampliar, mas a equipe recuou e passou a jogar no contra-ataque. As vaias ecoaram pelo Nilton Santos. E o que tinha tudo pra ser uma boa arapuca baiana, acabou se tornando combustível botafoguense.

 

Erik e João Paulo, marcaram os gols da virada. O Bahia sentiu o golpe e como miséria pouca é besteira, tomou o terceiro golpe já nos acréscimos. Cícero que havia dado passe para o primeiro gol, guardou o dele, mandando forte para as redes.

 

A ida para os vestiários não foi a dos sonhos do tricolor. Como explicar o apagão do time e a incrível virada adversária? Baita dor de cabeça para Roger Machado.

 

No retorno os alvinegros relaxaram, deram brechas para o tricolor, que perdeu boas chances com Gilberto. De tanto insistir, Ernando diminuiu, incendiando ainda mais a partida.

 

Foi pressão baiana até o fim, mas a noite era mesmo do Botafogo. Fim de jogo, 3 x 2.

 

“A equipe vai amadurecer no decorrer da competição. Campeonato Brasileiro pune quando não define a partida quando o adversário está fragilizado. Após o gol, a torcida começou a vaiar, momento de a gente pressionar um pouco mais, para tentar fazer o segundo gol. Ao contrário, a gente cedeu campo. Permitimos que eles retomassem o controle emocional através de erros de passes e de tomadas de decisão. Gosto de ver minha equipe jogando para frente. E vou me defender marcando o adversário lá na frente. Em uma noite mais eficaz, talvez uma ou duas bolas entrassem, e o resultado seria outro. A gente fica chateado. Produzimos suficiente para sair daqui com um resultado diferente. Mas domingo tem mais, não dá para baixar a cabeça” – disse Roger Machado.

 

As palavras de Roger Machado exprimem bem, o vacilo do Tricolor. Não pode vacilar em partidas em que a vitória se oferece e em um campeonato tão longo e perigoso como o brasileiro. Agora é corrigir os erros e se preparar para o próximo duelo, diante do Avaí, no próximo domingo.

 

Por Mariana Alves