NASCER, VIVER E NO SANTOS MORRER... DE RAIVA, COM CERTEZA!

O Peixe não venceu um único clássico esse ano, notícia velha, eu sei, ainda assim esta deveria ser uma informação a ser levada em conta quando entrasse em campo, para pelo menos tentar mudar o rumo da situação. Na noite deste sábado (12), o Santos recebeu o São Paulo na Vila Belmiro, e não sei quem se inspirou em quem, só sei que os dois sofreram um apagão: o time e o estádio. Como nas últimas partidas, Marinho fez a diferença, saiu do banco de reserva para empatar o jogo. Dois gols para cada lado e tabu intacto. 

 

(Foto: Ivan Storti/SantosFC)

 

O jogo:

Começou com meio mundo de cartoleiros putos vendo Marinho no banco. De olho na volta da Libertadores, o técnico optou por poupar o principal jogador Alvinegro. Com sete minutos de bola rolando, numa falha horrorosa de Luan Peres, o tricolor abriu o placar com gol de Gabriel Sara, 2020 realmente não é para amadores. Bora correr atrás do prejuízo né cambada de incompetentes. 

Os primeiros minutos de jogo foram de pressão São Paulina, o Alvinegro não tinha tempo nem de respirar e já via mais um ataque do adversário. Uma bagunça: meio campo lento, zaga perdida e ataque no banco. E embora não goste da ideia de depender de um único jogador, é incrivelmente absurda a diferença de postura do Santos com ou sem Marinho em campo. Ódio define este momento.

Aos vinte e nove minutos, o lateral que quase ninguém lembrou de botar no cartola empatou para o Peixe: Madson eu te amo! Além de marcar, desencantou Carlos Sánchez que nos últimos jogos estava bem sumidinho em campo. A pressão seguiu e menos de dez minutos depois de comemorar o empate, o Tricolor já estava na frente outra vez com outro gol de Sara. Fomos para o vestiário com uma derrota parcial, e neste instante você imagina que o treinador tenha lido o jogo de uma forma super inteligente e fará mudanças certeiras para melhorar o resultado em campo. Me engana que eu gosto. 


 

(Foto: Ivan Storti/SantosFC)


 

Voltamos para a segunda etapa com duas mudanças: Lucas Lourenço e Wagner Leonardo (um meia e um zagueiro) entraram no lugar de Marcos Leonardo e Arthur Gomes (um atacante e um meia), e confesso que não entendi o que Cuca pretendia com essas mudanças, mas nos primeiros minutos o Peixe quase empatou com Carlos Sánchez, estava atento o uruguaio esta noite hein, e eu já fui logo me iludindo.

O jogo seguiu em um ritmo até bom de assistir, digno de clássico. Aos vinte e um minutos a mudança que todos estavam esperando, saiu Carlos Sánchez para a entrada de Marinho. Os refletores da Vila Belmiro não suportaram a entrada de alguém tão iluminado e simplesmente apagaram (rindo de nervoso). O jogo ficou paralisado por 17 minutos e quando voltou, brilhou a estrela do artilheiro santista. Marinho sofreu falta de Hernanes, e nessas horas todo ateu vira crente. O atacante cobrou com categoria, sem condições de Volpi defender. O árbitro deu mais cinco minutos de acréscimos e o jogo seguiu na mesma pegada, mas acabou em empate. Seguimos sem vencer um clássico, seguimos dependendo de um único jogador em campo e seguimos acreditando que podemos melhorar. Sim, sou dessas!

 

Com este resultado o Peixe chega a sexta posição na tabela com quinze pontos conquistados. Hora de mudar a chavinha e focar em outra competição em que precisamos de um resultado positivo tanto quanto precisávamos hoje, na terça-feira o jogo nesta mesma Vila Belmiro é contra o Olimpía (PY) pela terceira rodada da Copa Libertadores. Seguimos.

 

Por Andra Jarcem, com o Santos e como ele estiver.


 

*Esclarecemos que o conteúdo trazido nesta coluna não reflete, necessariamente, a opinião do Blog Mulheres em Campo.