O BANGUENSE NÃO TEM UM DIA DE PAZ

 

 

A frase que dá nome a este texto é ouvida entre os torcedores desde o primeiro turno do Estadual, mas nunca tinha sido tão bem exemplificada como na derrota de sexta-feira (06), contra o Boavista no estádio Elcyr Resende, pela segunda rodada da Taça Rio. Em um jogo de baixo nível técnico, em que todos os gols envolveram falhas dos defensores, o Boavista venceu por 2x1, com gol nos acréscimos. 

 

Logo no início do primeiro tempo já ficou claro que as coisas não seriam nada fáceis para o Alvirrubro. O Boavista saiu na frente aos 9 minutos com uma falha absurda do goleiro Matheus Inácio, que não encaixou bem ao defender cobrança de escanteio direta de Tartá, e soltou a bola nos pés de Douglas Pedroso. O camisa 5 só precisou dar um toquinho na bola para abrir o placar para os donos da casa. Com a vantagem no placar e um time tecnicamente superior ao do Bangu, o Boavista seguiu dominando o jogo e conseguiu segurar a vitória até o fim da primeira etapa. 

 

Foto: João Carlos Gomes/Bangu

 

No segundo tempo, o time da Região dos Lagos se manteve superior na partida, menos por seus próprios méritos e mais pelas deficiências do time do Bangu. O meio-campo alvirrubro se mostrava incapaz de criar ou dar sequência aos lances. Juan Felipe, que normalmente armava as jogadas com os pontas Jairinho e Rocha, dessa vez pouco apareceu - e quando o fez, foi errando lançamentos mais longo. A única possibilidade de um time como esse marcar um gol seria em bola parada ou alguma falha grotesca do adversário, e foi exatamente o que aconteceu aos 24 minutos. Em cobrança de escanteio de Juan Felipe, o goleiro Klever saiu muito mal e coube a Rodrigo Yuri, de costas para o gol, com uma puxeta, empatar para o Bangu. 

 

O momento de empolgação dos jogadores alvirrubros e de desestabilização dos adversários após o gol de empate chegou perto de empolgar o torcedor banguense. Mas não o fez de fato, e durou pouco. Logo o Bangu voltou a mostrar apatia de sempre, e o Boavista novamente tomou conta da partida. A quantidade de vezes que o goleiro Matheus Inácio foi acionado na parte final do jogo foi um sintoma bem claro disso.

 

Com o Bangu jogando mal e o Boavista empolgado, o final do jogo dava pinta de que seria daquele jeito que o banguense, infelizmente, está acostumado. Mas o torcedor talvez não contasse que seria da pior forma possível: gol do Boavista nos acréscimos, com uma sucessão de falhas na defesa - uma delas, bizarra, do zagueiro Rodrigo Lobão, que furou ao tentar dominar uma bola muito fácil. A jogada seguiu com uma antecipação do atacante Mosquito ao goleiro Matheus Inácio, e terminou com o atacante Erick Flores, com menos de 1,70m de altura, ganhando no alto do zagueiro Michel, de 1,86m. 

 

Com a derrota, o Bangu segue com 3 pontos na Taça Rio, a frente apenas da Portuguesa. O próximo desafio do Alvirrubro é contra o Botafogo no domingo, dia 15, às 16h no Estádio Nilton Santos (Engenhão).

 

 

Boavista 2x1 Bangu - Taça Rio, 2ª rodada 

 

 

Local: Estádio Elcyr Resende de Mendonça (Saquarema/RJ)

 

Árbitro: Pathrice Maia

 

Assistentes: Marcus Vinicius Brandão e Ivan Silva Araújo

 

Boavista: Klever; Wellington Silva, Douglas Pedroso, Victor e Jean; Fernando Bob, Erick Flores e Michel (Mosquito, 33'/2ºT); Tartá (Luís Soares, 40'/2ºT), Jefferson Renan e Caio Dantas (Renan Donizete, 38'/2ºT). Técnico: Paulo Bonamigo.

 

Bangu: Matheus Inácio; Juliano, Michel, Rodrigo Lobão e Dieyson; Felipe Dias, Josiel (Rodrigo Yuri, intervalo) e Juan Felipe; Octávio (Léo Pimenta, 33'/2ºT), Jairinho e Rocha (Thompson, 38'/2ºT). Técnico: Eduardo Allax.

 

Cartões amarelos: Michel (BOA); Josiel (BAN)

 

Gols: Douglas Pedroso, 9'/1ºT (1-0); Rodrigo Yuri, 24'/2ºT (1-1); Erick Flores, 47'/2ºT (2-1)

 

 

Por Gabriella Lima

 

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Blog Mulheres em Campo.