O MELHOR DIA DA VIDA DE UM ATLETICANO

 

(Foto: Gabriel Castro)

 

 

Vinte e quatro de julho de dois mil e treze, após tantas provações, orações, apoio para reverter placares, pênalti defendido aos 47 do segundo tempo e gritos de "Eu acredito" ecoando na garganta de todos os atleticanos pelo mundo afora, nós tínhamos chegados ao ápice de uma final de Libertadores, nada que passamos foi em vão. Tudo, desde do início, tinha o propósito de nos levar àquela final que seria histórica.

Eu me lembro muito bem de cada jogo daquele ano, me lembro das lágrimas derramadas, dos terços em minhas mãos, de toda emoção sentida e a cada fim de jogo quando a gente alcançava o nosso objetivo e poderíamos comemorar e mostrar que não era milagre e sim Atlético Mineiro.

O jogo contra Olímpia começou com a soberba por parte deles. Eles ganharam o primeiro jogo por 2-0 e embarcaram para Belo Horizonte com a arrogância na mala, e uma festa toda pronta no Paraguai, mal sabiam eles que a força e a crença que unia a nossa torcida aos jogadores seria maior que tudo aquilo.

 

(Foto: Globo Esporte)

 

Às vinte e uma horas e quarenta e cinco minutos a bola rolou, deu início ao jogo que poderia nos levar ao céu ou ao inferno, o Mineirão estava lotado, vozes ecoando "NÓS SOMOS DO CLUBE ATLÉTICO MINEIRO..." para mostrar aos jogadores que estávamos todos unidos em um só elo para alcançar aquele objetivo, as mesmas vozes gritavam, em pleno pulmões: "EU ACREDITO". O apoio era constantes e os olhos ficavam vidrados na bola rolando, porém o primeiro tempo acabou em um mísero 0 x 0, o que dava o título a eles, mas nós não iríamos e nem podíamos desistir, tínhamos chegado longe demais para abandonar ou desacreditar naquela altura do campeonato.

O apito para o segundo tempo soou e junto com ele atleticanos pelo mundo voltaram a sua concentração e seu apoio. Foi então que uma das melhores coisas aconteceu: Jô marcou o nosso primeiro gol, logo no início do segundo tempo.

Todos nós fomos a loucura, pois o nosso sonho estava mais vivo do que nunca. Porém, ainda faltava mais um gol, mais um golzinho só. E esse acabou saindo quando a aflição já estava tomando conta, antes do tão esperado, Ferreyra ficou cara a cara com Victor, perto de fazer um gol que destruiria um sonho tão bonito, porém ele simplesmente escorregou, eu prefiro acreditar que o vento que nós tanto lutamos contra, dessa vez, ficou a nosso favor e passou como um vendaval derrubando o jogador adversário. Aos 41 do segundo tempo Léo Silva apareceu e fez o gol que deu o passe para a nossa libertação.

 

(Foto: Globo Esporte)

 

Aquele gol nos levou para  a prorrogação, vimos Bernard jogando sacrifício, com cãibra, e quando ele não aguentava mais, Cuca num ato desesperado fazia massagem, a fim de ajudar o atleta. Com o placar de 2x0 mantido, nós iríamos aos pênaltis, naquele momento cada torcedor do Atlético se encontrava com sua fé, o primeiro a bater foi Miranda que viu Victor defender; o segundo foi com Alecsandro que bateu com maestria, Ferreyra bateu mal; o próximo seria Guilherme que não perdoou. O próximo da lista seria Candi que infelizmente fez para eles; para nós foi o artilheiro da competição na época: Jô e como um bom artilheiro ele fez o dele; Aranda foi para bola sem chance alguma de defesa  e era vez de Léo Silva, o zagueiro converteu e se juntou aos demais colegas para ver o pênalti de Gimenez, aquele momento era do tudo ou nada, se ele errasse ou Victor pegasse era tudo nosso.

A bola acertou o travessão, aquele abençoado travessão, ali fomos libertados, consagrados campeões. Todo mundo sabe que 13 é Galo, mas naquele ano esse número se confirmou, nenhum atleticano espalhado por esse mundo consegue segurar a emoção de falar dos dias 24-07-2013 que foi onde tudo começou e do dia 25-07-2013 onde tudo termino. Onde tudo mostrou que valeu a pena acreditar!

(Foto: Globo Esporte)

 

Valeu a pena Galo, valeu a pena Galo, vamos ser Campeões!

 

Por: Eduarda Moreira