O MELHOR MOMENTO DO PARANÁ CLUBE FOI NO APITO FINAL


Foto: Arthur Dallegrave/EC Juventude

 

O Paraná Clube entrou em campo pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro para encarar o Juventude e saiu derrotado por 5x0. A derrota mostra que, não apenas o técnico não era o único problema, como também o clube parece ter perdido totalmente a mão em relação ao elenco.

A goleada sofrida na noite de sexta-feira (20), escancara um problema gigantesco no elenco do Tricolor. É claro que para o torcedor, todo momento é de esperança, de crença em algo maior. Mas, desde o início, se analisássemos a fundo, nosso elenco nunca foi minimamente bom.

Não temos como dizer que foi o pior jogo que fizemos até o momento. Mas além de não termos um bom elenco, hoje também tivemos o azar de o adversário acertar tudo o que tentou.

O placar de 5x0, que já foi extremamente elástico, poderia ter sido ainda pior. A desorganização do time, os jogadores afobados, perdidos em seus posicionamentos, errando passes e todas as mesmas situações que acontecem toda rodada, nos colocou em uma posição de time previsível e que está despencando na tabela.

Foto: Rui Santos/Paraná Clube

Me desculpem os torcedores confiantes e positivos, eu só consigo pensar que precisamos conquistar os 45 pontos logo para que não tenhamos que nos preocupar com uma briga contra o rebaixamento.

Sabemos que em um campeonato longo, uma queda de desempenho tão drástica assim pode trazer grandes estragos. Chega a ser cansativo ter que escrever, rodada após rodada, todos os erros que cometemos e tudo que precisamos melhorar.

Infelizmente, sem uma mudança nas peças que temos disponíveis, nada disso vai melhorar. Por mais que a maioria não concorde, Allan Aal não era nosso maior problema. Micale tem potencial para fazer um bom trabalho, mas milagre é só com Deus.

Realizamos uma partida horrível contra o Juventude. Voltamos para Curitiba amargando uma derrota dolorida, com um elenco que aparenta estar totalmente desmotivado, sem vontade de vencer e sem poder de reação.

É totalmente preocupante ver que não conseguimos reverter esse cenário. Como sempre dizemos, não iremos abandonar o time, não iremos pular do barco ou decidir não apoiar mais. Isso nunca foi uma opção. Mas chega um momento que se torna cansativo enxergar apenas erros.

Seguiremos na luta, seguiremos em busca de algo maior e melhor. Isso não significa que deixaremos de cobrar. Que a diretoria e comissão passem a olhar de maneira mais assertiva para o time e comece a agir para mudar o que está longe de ser bom.

A luta não para.

 

Por Gabrielle Bizinelli

 

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não representam, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.