O TETRA QUE NÃO TEM TROFÉU

Saudações, torcida vascaína!

 

Alguns acreditavam em um milagre, outros já estavam conformados com o quarto rebaixamento, sei que preces não faltaram, mas do outro lado temos um time que em momento algum mostrou reação para sair dessa situação, a conta chegou. Eis o tetra que nenhum torcedor pôde comemorar.

O Vasco entrou em campo para enfrentar o Corinthians, partida válida pela penúltima rodada do Brasileirão terminou com empate sem gols.

 

Foto: Reprodução

 

SOBRE O JOGO

 

Depois de muitas reclamações da torcida sobre o comportamento de alguns jogadores no último jogo, Vanderlei decidiu barrar só o Léo Gil e manteve Carlinhos, Benítez era o desfalque certo, alegando dores na coxa (famoso pipoqueiro). 

O primeiro tempo começou com alguns avanços do Corinthians, mas a defesa fazia o que podia, para um time que dependia da vitória para sobreviver até a última rodada, o Vasco fez bem pouco, os dez jogadores estavam no campo defensivo e ao final da primeira etapa tivemos computada uma finalização a gol, isso mostra o quão bem planejada essa equipe foi.

Na segunda etapa voltamos sem alterações, os donos da casa voltaram com duas mudanças, o Vasco voltou com mais interesse em buscar o resultado, mas não existia qualidade para isso, por incrível que pareça o time parecia que estava passeando, era hora de partir com tudo, até porque um empate seria a mesma coisa da derrota, as mexidas do Vanderlei até deram um ânimo a mais, porém nosso único momento de emoção foi a bola chutada pelo Carlinhos, encobriu o goleiro, mas acertou o travessão.

Nos minutos finais foram mais na raça do que qualquer formação técnica e tática (coisa que já não tínhamos), assim decretamos nosso quarto rebaixamento, parabéns aos envolvidos, que conseguiram colocar mais uma mancha na bela história do Vasco da Gama.

 

E AGORA?

 

É o fim? Não é, já recuperamos das outras vezes e como boa torcedora devo acreditar que nesta temporada não será diferente. Caímos hoje? Negativo, nossa queda já se arrasta a cada temporada que passa, uma hora a conta chegaria, podemos dizer que a pandemia prejudicou em algumas coisas, porém a incompetência dos poderes não nos deixa dúvidas no mal planejamento que foi realizado.

Essa temporada foi dolorida, pois o time iniciou o Brasileiro de forma surpreendente, ali no começo eu não acreditava em uma possível permanência nas primeiras colocações, até porque não tínhamos elenco para tal feito, porém meu pensamento era um campeonato tranquilo, conquistando os 45 pontos de forma fácil. Fomos do topo ao fundo do poço a cada rodada, descemos parecendo estar em um tobogã, não tinha freios, chegamos na parte da zona do rebaixamento e ali ficamos. 

O final do jogo cortou meu coração, foi triste ver jogadores aos prantos, porém eles tiveram tempo de mudar essa situação, andavam em campo e pouco se importavam, agora que a ficha caiu não tem mais volta. Meu sentimento não é tristeza, sinto como se fossemos feitos de palhaços, porém o apelo é para não abandonarmos o barco, Vasco é maior que tudo e todos.

 

Vanderlei admitiu o rebaixamento em sua entrevista coletiva:

“Não tem como mentir. O Vasco tem que fazer 12 gols, o Brasil tomou de sete e foi um aborto. Não vamos jogar contra uma equipe de várzea. Temos que ser realistas e não passar mentira para o torcedor. Existia a possibilidade de manter o time na Primeira Divisão. Não tenho nenhuma preocupação com minha imagem profissional que maculou. Agora você foi para a Segunda Divisão... Tantos profissionais foram, o Vasco da Gama é um clube muito grande. É um grande orgulho trabalhar na reconstrução do Vasco da Gama. Obviamente não passa só por mim, passa pela diretoria para ver se é isso que vai acontecer.”

 

Vamos Vasco, meu amor por ti não tem divisão!!


 

Por Aniele Lacerda, colunista e torcedora do Gigante da Colina

 

*Esclarecemos que os textos trazidos nesta coluna não refletem, necessariamente, a opinião do Portal Mulheres em Campo.