OLÉ, OLÉ, OLÉ, OLÁ, LUCAS, LUCAS!

 

13 de Agosto de 1992

E não é coincidência não, o ídolos de hoje é do aniversariante do dia. Há exatamente 26 anos, nascia Lucas Rodrigues Moura da Silva, às 13 horas, de parto normal, com 3,3 kg, no Hospital Alvorada, em Santo Amaro-SP. Orgulho de Fátima e Jorge, esse menino desde cedo já dominava uma bola de futebol como gente grande, muitas vezes até melhor. Com o apoio e incentivo de seus pais, ele acreditou em seu sonho e correu atrás de seus objetivos. Levou muitos “NÃO’s”, enfrentou dificuldades, com apenas 16 anos ficou longe da família e amigos pra chegar onde está hoje em dia. Mas vou começar do princípio...

Lucas Moura criança

(Foto: perfil pessoal do atleta)

 

Lucas começou a sua carreira na escolinha do ex-jogador Lucas Miguelão, localizado em Diadema, onde passou a ser chamado de Marcelinho, devido a sua fisionomia parecida com o ex-jogador Marcelinho Carioca. Alguns meses depois, o mesmo teve uma breve passagem por outra escolinha, a SERC, localizada em Santa Maria, em São Caetano do Sul.

Com dez anos de idade, Lucas foi para o Corinthians, permaneceu nas categorias de base durante três anos. Assim que chegou ao time, recebeu um convite para fazer parte das categorias de base do São Paulo. Seu Jorge, pai do jogador, começou a se preocupar com a rotina dele nesse período. Os pais temiam que Lucas tivesse uma queda em seu rendimento escolar e também como jogador. O atleta estudava de manhã, treinava no período da tarde e só conseguia chegar em casa à noite, pois para retornar precisava pegar dois ônibus. Os familiares também se preocupavam com o método que o clube utilizava para ganhar massa muscular.

Lucas Moura no Corinthians

(Foto: Globo Esporte)

 

Os pais preocupados com a rotina do filho, e com os métodos que estavam sendo utilizados para o fortalecimento físico, pediram aos dirigentes do Corinthians que Lucas tivesse acompanhamento de uma nutricionista para ganhar massa muscular corretamente. Além disso, pediram para o clube arrumar uma escola próxima e um alojamento para o atleta. Seu Jorge revelou que a resposta dos dirigentes foi: “agora não podemos ver isso”. A família esperou por três anos uma solução e ela não veio, quando o contrato com o Corinthians acabou, o pai foi convidado a ir até Cotia, conhecer o CT do São Paulo.

O tricolor exigia que os atletas da base tivessem um bom desempenho escolar. Além disso, o pai ficou satisfeito com o método de trabalho do clube.

Ainda conhecido como Marcelinho, o craque chegou ao São Paulo com 13 anos. Na primeira semana de treino no seu novo clube, seu pai passou pela mesma situação que havia passado anteriormente. Desta vez, os dirigentes do Corinthians queriam que o garoto voltasse a treinar no clube, mas a escolha foi a mesma, Lucas permaneceria no clube em que estava treinando.

Lucas teve um crescimento no desempenho de seu futebol. Logo no primeiro ano, o jogador foi campeão paulista atuando pelo seu novo clube.

Permaneceu atuando nas categorias de base do time até chegar à faixa etária dos jogadores que disputam a Copa São Paulo de Futebol Júnior.

Depois de ser campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior em 2010, onde foi destaque, o atleta foi integrado ao elenco profissional, no mês de agosto do mesmo ano.

 

Lucas ainda usando o apelido Marcelinho

Foto: Gazeta Press

 

Profissional...

O atleta se juntou ao São Paulo ​​em 2005, depois de jogar para as equipes de base do Clube Atlético Juventus e Corinthians. A cria de Cotia fez sua estreia com o time profissional do SPFC em 2010, marcando quatro gols e proporcionando assistências, quatro em vinte e cinco aparições. Em 2011, Lucas marcou nove gols e deu quatro assistências em 28 jogos no Campeonato Brasileiro, além de treze gols e oito assistências em todas as competições.

Estreou profissionalmente no jogo contra o Atlético Paranaense, na Arena da Baixada, que terminaria empatado. Ele entrou no decorrer da partida, sob o comando do técnico Milton Cruz, que fazia sua estreia como técnico interino, após a demissão de Ricardo Gomes.

Lucas titular pela primeira vez no jogo contra o Vasco da Gama, no estádio do Morumbi, desta vez sob o comando de outro interino, Sérgio Baresi, que comandou o time até a chegada de Carpegiani.

O jogador passou a ser escalado como titular nos jogos seguintes, após manter boas atuações em campo e fazer seu primeiro gol como jogador profissional. Isso aconteceu na sua quarta partida como titular, contra o Atlético-MG, no Estádio Ipatingão em Minas Gerais. Nesse jogo, ele foi o destaque do São Paulo, pois além de ter marcado o gol de empate, a cria de Cotia ainda construiu a jogada que terminaria com o gol da virada feito por Fernandão, e que resultaria a vitória do São Paulo.

Lucas passou a ganhar destaque na imprensa, devido ao seu desempenho em campo, e até acabou virando motivo de discussão entre os presidentes do São Paulo e Corinthians.

A discussão começou depois que o presidente corintiano, Andrés Sanchez, começou a acusar o São Paulo de ter roubado o jogador das categorias de base do seu clube. Lucas esclareceu o caso publicamente, em uma entrevista para o jornal O Estado de São Paulo, e deu fim à discussão.

Depois de jogar nove partidas como profissional, sendo chamado pelo apelido de Marcelinho, o jogador pediu para ser conhecido  pelo seu nome verdadeiro. Ele contou que não havia pedido antes porque achava normal, mas resolveu mudar porque queria fazer a sua própria história no futebol, sem ser comparado com ninguém.

O primeiro jogo dele como Lucas, ocorreu no dia 16 de setembro, contra o Internacional, pelo Campeonato Brasileiro. Ainda em 2010 a FIFA citou o atleta como uma das principais revelações do ano.

O camisa 7 assinou a renovação de seu contrato com o São Paulo em fevereiro de 2011, até 31 de dezembro de 2015, tendo uma multa rescisória de 180 milhões de reais, fato que o tornou o segundo jogador mais caro do país, atrás apenas de Ronaldinho Gaúcho, do Flamengo.

No Campeonato Brasileiro de 2011, Lucas tornou-se o goleador mais jovem do São Paulo, na história da competição. Ele anotou nove gols durante a competição.

Depois de uma ótima segunda temporada, Lucas começou 2012 muito criticado pelo individualismo, mas deu a volta por cima e se tornou a principal arma ofensiva tricolor ao lado de Luís Fabiano, marcando gols importantes, como o único da vitória sobre o Coritiba na primeira partida da semifinal da Copa do Brasil. Na partida seguinte, contra o Atlético Mineiro, Lucas atingiu a marca de 100 jogos com a camisa do São Paulo.

Em outubro de 2012, em um jogo contra o Sport, Lucas marcou seu 1° hat-trick com a camisa do tricolor. Naquele jogo, o São Paulo bateu a equipe Pernambucana por 4x2.

Em 12 de dezembro de 2012, Lucas fez seu último jogo pelo São Paulo, antes de se apresentar para o Paris Saint-Germain. No jogo, Lucas fez um gol e deu assistência para o segundo do São Paulo, na vitória do clube sob o Tigre da Argentina, pela final da Copa Sul-Americana, onde seu time sagrou-se campeão. Lucas deu o sangue em campo, literalmente. Mas foi presenteado com uma festa incrível da torcida.

 

Lucas levantando a taça da Sul-Americana em sua despedida do São Paulo

(Foto: Fox Sports)

 

No dia 8 de agosto de 2012, o São Paulo anunciou a venda de Lucas ao Paris Saint-Germain por 43 milhões de euros (108,34 milhões de reais). Tornando-se esta, a segunda maior transferência em toda a história do futebol brasileiro, superando a de Oscar, que havia sido transferido para o Chelsea algumas semanas antes.

Lucas se apresentou oficialmente ao Paris Saint-Germain em 31 de dezembro de 2012. Sua estreia oficial com a camisa do PSG aconteceu no dia 11 de janeiro de 2013, contra o Ajaccio, no Campeonato Francês. Na ocasião, o PSG empatou por 0x0, e Lucas atuou durante 84 minutos. Ao ser substituído, o atleta foi bastante aplaudido, e teve seu nome cantado, a torcida cantava repetidamente: Lucas, Lucas, Lucas.

 

O jogador fez seu primeiro gol pelo Paris Saint-Germain contra o Olympique de Marseille em 24 de fevereiro. No dia 12 de Maio, o PSG venceu o Lyon e conquistou o Campeonato Francês, sendo o primeiro título de Lucas no clube parisiense.

Na vitória por 3x1 diante do Lille, Lucas foi um dos destaques, fazendo seu gol e ajudando nos dois gols marcados por Marquinhos e Matuidi. Novamente, ele se consagrou Campeão do Campeonato Francês, seu segundo título pelo Clube e o quarto do PSG.

No jogo que marcou a entrega da taça do Campeonato Francês, Lucas deixou o seu gol na goleada por 4x0 diante do Montpellier.

Na temporada 2014-15, foi confirmado que Lucas usaria a camisa de número 7, a preferida desde que começou sua carreira no futebol. Seu primeiro gol na temporada 2014-15, foi contra o Bastia, no dia 16 de agosto de 2014. A partida terminou 2x0, sendo que o primeiro gol foi marcado por Lucas.

Na vitória do PSG por 1x0 sobre o Saint-Étienne, em 25 de janeiro de 2015, Lucas completou 100 jogos pelo clube.

No dia 24 de janeiro de 2017, na partida contra o Bordeaux, ele chegou a marca de 200 jogos com a camisa do Paris Saint-Germain. No jogo, o PSG venceu por 4x1.

Em 31 de janeiro de 2018, foi anunciado como novo jogador do Tottenham, assinando contrato até 2023. Estreou em 13 de fevereiro, entrando nos minutos finais no empate em 2x2 com a Juventus, partida de ida das Oitavas de Final da Liga dos Campeões. Em sua primeira partida como titular, marcou seu primeiro gol pelo clube, no empate em 2–2 com o Rochdale, pelas Oitavas de Final da Copa da Inglaterra.

 

Lucas em sua despedida

(Foto: Fox Sports)

 

Lucas casou, teve um filho e continuou sendo o “moleque” lá da base do tricolor. Isso só deixou mais claro o que todos nós já sabíamos, o menino lá de Cotia continua sendo aquele que é protetor, amigo e acima de tudo, FAMÍLIA. A família sempre esteve presente em todos os momentos de sua vida, desde a base, até hoje. Eu costumo dizer que isso fez de Lucas o homem que é hoje. Ao lado de Larissa, sua esposa. Miguel, seu filho, seus pais e irmãos, tem evoluído de uma forma admirável. Não me canso de admirá-lo, como pessoa e como profissional. Uma das melhores pessoas que eu já conheci em toda a minha vida. Falo com responsabilidade.

 

Todo começo tem seus ápices, altos e baixos, que nos fazem repensar se devemos continuar correndo atrás de algo que pode não valer a pena, nem por um segundo. Todos os seus dias de lutas, incansáveis tentativas frustradas e muitos "nãos" pela caminhada... Via portas se fecharem a todo instante, mas o sonho que habitava nele não o deixava desistir.

Era incrível o dom daquele pequeno, desde que "se entende por gente", faz o que mais ama, joga futebol. Encanta. Transborda amor a cada jogo, a cada gol, irradia o mundo com o seu talento, faz o coração de qualquer um gelar sempre que sorri. Sim, a busca interminável valeu a pena! Vale a pena até hoje, nos seus 8 anos de profissional.

Deus tem honrado a sua fé todos os dias, desde que pisou pela primeira vez em um campo profissional, e Ele há de honrar cada vez mais! Porque quando existe amor puro assim, dentro de milhares de corações, só se multiplica amor, e a troca nunca termina. Estou por você, além da eternidade. Porque ela ainda é pequena quando comparada ao sentimento que habita em cada um de seus fãs. Nunca se esqueça de lembrar!

Tem fome de bola, tem sede de gol, moleque do gol, moleque do gol, porque a vida é um jogo e ele é um jogador!

Gratidão por tudo, Lucas. A torcida São Paulina torce pela sua volta. O Morumbi sempre será a sua casa.  

Pra finalizar, é o “nosso” sétimo 13 de agosto “juntos”, e ainda sinto a sensação do primeiro, aquele velho e bom clichê de aniversário. O aniversário é seu, jogador, mas quem ganhou o presente fui eu. E esse é um dos motivos pelos quais irei sorrir hoje.

Faz sete anos que eu vejo a minha estrela se cumprir, e me orgulho disso, de não ter desistido. Se o seu sonho não existisse, o meu também não existiria. Então termino desejando que você seja muito mais feliz do que é hoje. Que mal nenhum te alcance. Que Deus esteja sempre em primeiro lugar e que não te falte paz e saúde. Que você tenha sempre foco, força e fé para alcançar os seus objetivos e realizar os sonhos que você almeja a cada dia.

Eu vou seguir aqui, querendo sempre estar por perto, te mandando energias positivas. Boas vibrações geram boas vibrações, né? Você também me ensinou isso. Feliz aniversário, um abraço apertado e muitos sorrisos. Você merece uma vida recheada de felicidades.  Se cuida, tá bom? Te amo ♥️

 

(Foto: Arquivo Pessoal)

 

Por Raiane Vieira