OMISSÃO E QUEDA LIVRE – ATÉ QUANDO?

 

 

Foto: Rui Santos / Paraná Clube

 

 

O Paraná Clube entrou em campo na noite de quarta-feira (9), para encarar o Figueirense e saiu derrotado pelo placar de 0x2. O duelo marcou uma briga direta contra a ZR e, aproveitando as oportunidades que apareceram, o time catarinense conquistou a vitória e deixou o Tricolor apenas a 1 ponto de entrar na zona de rebaixamento.

Precisar explicar o inexplicável é algo realmente difícil. Ter que lidar com tantas derrotas, com tantos erros, falta de vontade e, principalmente, o descaso de nossa diretoria, é algo que realmente não esperávamos para esse ano.

Voltamos a bater na tecla de que sabíamos de todas as limitações de nosso elenco. Além disso, ainda precisamos lidar com a pandemia e o surto de casos positivos de COVID dentro de casa. Ao total, tivemos 10 baixas por conta do vírus. Se o elenco já não vem apresentando bons resultados, sem os titulares a situação fica ainda mais complicada.

Em pouquíssimo tempo, nos deparamos com duas trocas técnicas, talvez um dos maiores erros que essa diretoria possa ter cometido esse ano. Não me entendam mal, não estou aqui para defender o trabalho que Allan Aal vinha fazendo, pois também me tornei uma crítica de seus resultados, mas, a saída do treinador, da forma como aconteceu, fez com que o elenco, que estava 100% fechado com ele, se colocasse contra quem estava chegando.

 

 

Foto: Rui Santos / Paraná Clube

 

O resultado foi uma queda livre na tabela de classificação. Nosso elenco não demonstra o mínimo de vontade de vencer, de buscar uma recuperação no campeonato e, para piorar, parece que ninguém ali dentro se importa caso tenhamos a pior campanha da história do Paraná Clube ou com a série C se apresentando como uma realidade.

Não temos absolutamente nenhum ponto positivo, nenhum elogio, nenhum lampejo de bom futebol que possa trazer o mínimo de esperança ao torcedor. Pouco tempo atrás, sonhávamos com um novo acesso, era possível enxergar a garra com que o time entrava em campo e não desistia de nenhuma partida. Esse time aguerrido não existe mais.

Estamos nas mãos de pessoas que não se preocupam de verdade, que anseiam por um contrato encerrado para seguir em frente enquanto o clube luta contra um pesadelo. O que nos resta agora é torcer para que tenham o mínimo de vergonha na cara e honrem a história do clube que abriu as portas e ofereceu uma oportunidade, que vistam a camisa e respeitem o Paraná Clube.

Nós jamais iremos abandonar ou virar as costas, mas não esperem silêncio absoluto e conivência de quem tem total direito de cobrar.

 

Por Gabrielle Bizinelli


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