PABLO FELIPE OU PABLO PICASSO?!

 

 

 

Com direito a uma pintura de Pablo Felipe em seu 150º jogo com a camisa do Furacão e outro do estreante Rony, o Atlético venceu novamente, desta vez o Bahia, na Arena da Baixada, na tarde chuvosa deste domingo (02).

Com mais esta vitória, o Furacão de Tiago Nunes engata uma sequência de quatro vitórias seguidas em casa (contra Flamengo, Grêmio, Vasco e Bahia), além de nove jogos sem perder (cinco vitórias e quatro empates).

Como há muito não se via na Arena, no finalzinho do jogo a torcida entoou o nome de cada um dos jogadores do elenco, e ovacionou quando chegou a vez de gritar o nome do TÉCNICO DE GUERRA.

COMO FOI O JOGO

O Furacão iniciou a partida com Santos; Jonathan, José Ivaldo, Léo Pereira e Renan Lodi; Wellington, Bruno Guimarães, Raphael Veiga e Nikão; Marcinho e Pablo.

Desde o primeiro tempo, o Atlético dominou. Não deixou a defesa do Bahia respirar e nem mesmo o ataque de Zé Rafael e Vinicius funcionou contra o Furacão de Tiago Nunes.

O gol só não saiu no primeiro tempo por azar do ataque e mérito do goleiro Douglas que fez grandes defesas impedindo o Furacão de abrir o marcador. Renan Lodi atacava o tempo todo, mantendo a pressão pela esquerda.

O goleiro do Bahia se machucou e não retornou para o segundo tempo, entrando ainda Nino Paraíba na lateral direita, com o intuito de conter Renan Lodi.

Mantendo a proposta do primeiro tempo, o Atlético continuou agressivo, contando com a segurança de Zé Ivaldo e Léo Pereira atrás. E foi nessa toada que aos 22 minutos Pablo marcou um golaço, uma verdadeira pintura digna de Picasso.

O atacante recebeu o passe de Nikão e com um toquinho tirou o marcador, mandando direto para o gol, abrindo o placar na Arena da Baixada e correndo para o abraço da torcida.

 

(Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo)

A partir daí o Bahia acordou, começou a martelar e buscar a meta atleticana. Mas não conseguiu converter. Ao contrário, o “pintor Pablo” decidiu virar “garçom Pablo” e cruzou a bola na medida para o estreante Rony marcar o segundo aos 32 minutos e sair comemorando no melhor estilo “mortal de cuesta”.

 

(Foto: Miguel Locatelli/ Site Oficial do CAP)

 

Destaque no jogo para Renan Lodi que na opinião do técnico é um “expoente”: “A gente tem o Renan um jogador mais agressivo, e o Jonathan, um atleta mais experiente, que atua mais como um armador, um articulador. Renan é um expoente, mas não vou elogiar muito, porque daqui a pouco alguém leva ele embora, brincou o treinador”.

Os cartões amarelos saíram para Jonathan e Raphael Veiga (com o terceiro amarelo é desfalque no próximo jogo) do Atlético e Elton e Élber do Bahia.

Com mais essa vitória, o Atlético é o 9º colocado no Brasileirão e agora, verdadeiramente distanciado da ZR, começa a pensar na vaga para Sul-americana de 2019, e quem sabe na vaga para a Libertadores 2019?! Estão deixando a gente sonhar!

O próximo confronto acontece em São Paulo, contra o Palmeiras, às 21 horas de quarta-feira (05).

BAHIA PERDE EM CAMPO, MAS GANHA NO QUESITO VALORIZAÇÃO DE SEUS ÍDOLOS

O Esporte Clube Bahia iniciou um programa de auxílio financeiro para os atletas que marcaram a equipe, resgatando a história do Clube e mostrando o reconhecimento pelos seus ídolos.

Pelas bandas do Água Verde as coisas são bem diferentes. No sábado, dia 1º de setembro, comemoramos 50 anos da estreia de Sicupira no Atlético. Há meio século, nosso maior artilheiro iniciava sua trajetória no rubro-negro, com um golaço de bicicleta.

Mas o Clube nem lembrou. Ou se lembrou, deu de ombros.

No Museu do Futebol, em São Paulo, há uma frase do nosso artilheiro, estampada ao lado de outras frases de célebres goleadores:

(Foto: @fhatleticopr)

 

No Atlético? Nada! Nem ao bandeirão da Fanáticos, que estampava o rosto de Barcímio foi permitida a entrada.

Assim, fica aqui a minha homenagem a esse cara sensacional e jogador excepcional, que eu não vi jogar, mas que tive a honra de conhecer.

 

(Foto: Acervo Pessoal)

 

Por Daiane Luz