PERDIMO, MAS CLASSIFIQUEMO

 

(Foto: Site Oficial CAP)

 

Havia uma máxima há alguns anos atrás entre os torcedores rubro-negros, de que o Athletico “jogava como nunca e perdia como sempre”.

 

Em que pesem as opiniões contrárias, e guardadas as devidas proporções do atual momento em que vivemos, no qual perder com o time principal não é mais tão comum assim, jogamos como nunca, mas perdemos pelo azar de duas mãos na bola convertidas em pênaltis para os bolivianos. Azar esse que foi o grande responsável pela derrota em Cochabamba.

 

Porém, como ao que parece, os deuses do futebol resolveram pairar ao nosso lado, um empate com gosto de vitória daquele que sem dó metemos 3 gols na Arena da Baixada no início do mês nos garantiu a classificação antecipada para as oitavas de final do torneio Continental.

 

Obrigada, BOCA!

 

Como foi o jogo

 

O time principal do Furacão entrou em campo na noite de ontem (24) com Santos, Paulo André, Léo Pereira, Jonathan (príncipe dos stories), Renan Lodi, Camacho, Léo Cittadini, Bruno Guimarães, Rony, Nikão e Marco Rúben.

 

Mesmo na altitude o Furacão jogou aberto, buscando a meta boliviana a todo momento. Mas quem abriu o placar foram os donos da casa, em um momento de descuido do time que, aberto até demais, deixou Pedriel marcar, chutando de longe.

 

(Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo)

 

O gol de empate não demorou, e veio de um gol contra, após cruzamento de Renan Lodi para o meio da área, deixando tudo igual em Cochabamba.

 

O segundo tempo foi de pênaltis: 3 penalidades máximas foram marcadas e convertidas, mas, infelizmente, duas delas contra o Furacão. E as duas foram marcadas em razão da bola na mão dos jogadores, a primeira de Jonathan, a segunda de Paulo André, deixando dúvidas e até abrindo discussões até sobre o tempo de bola e outros fatores influenciados pela altitude.

 

Final de jogo: 3 a 2 para o Jorge Willstermann e, aos atleticanos, coube a torcida pelo Boca Juniors. Uma vitória do Tolima complicaria a situação do Furacão, que jogaria a última rodada, contra o Boca, em plena Bombonera, com a corda no pescoço. Como tudo relativo ao Athletico é sofrido, o time colombiano começou ganhando pelo placar de 2 a 0 do time argentino, deixando a torcida rubro-negra desolada.

 

Mas o Boca não se deixou abater e buscou o empate em 2 a 2, garantindo, desta feita, a classificação antecipada do Furacão, para as oitavas de final da Copa Libertadores da América.

 

O técnico Tiago Nunes elogiou a atuação do time: “Falar em justiça é algo muito particular no futebol. A justiça é de quem ganha. Criamos tanto quanto ou mais que o Jorge Wilstermann. Pecamos um pouco no aproveitamento, sempre tivemos um aproveitamento alto. Mas me sinto orgulhoso da equipe pelo fato de propormos o jogo, não viemos aqui nos escondendo, buscando um resultado por uma bola. Viemos aqui mantendo a nossa identidade”.

 

O próximo jogo do Athletico pela Libertadores será contra o Boca, na La Bombonera, no dia 09 de maio, às 21h30, válido pela última rodada da fase de grupos.

 

Ídolos transcendem rivalidades

 

Faleceu na manhã desta quinta-feira (25), aos 74 anos, o ídolo coxa-branca, Dirceu Krüger, e que em todos esses anos representou muito bem o futebol paranaense, pouco valorizado - ainda - no cenário nacional.

 

Dirceu foi homenageado pela Federação Paranaense de Futebol, que atribuiu ao nome da Segunda Taça ao Flecha Loira, e também pelos torcedores, que em 2016 encabeçaram uma campanha para construção de uma estátua do jogador, no estacionamento do Estádio Couto Pereira.

 

Como amantes do futebol, não poderíamos deixar de lamentar o falecimento do ídolo coxa-branca - e até abrir um espacinho para prestar a devida homenagem - e de ressaltar a importância de valorizarmos nossos ídolos, aqueles que se doaram pelo nosso futebol, enquanto ainda estão entre nós.

 

(Foto: Gazeta do Povo)

 

Os nossos ídolos são a melhor ponte entre os feitos do presente e as glórias do passado.  

 

Daiane Luz e Aline do Valle